Absolutamente no sei 2w4s3c

Jorge Camargo

Encontro quase que diariamente gente ferida pelas instituies religiosas. Organizaes que estendem seus tentculos e oprimem, controlam, machucam.

Gente do bem, sensvel, amorosa, que cr em Deus, que ama a vida, que ama o mundo. Gente capaz de chorar quando se emociona, de se sensibilizar com a dor do outro; gente, como diria o Bono em sua cano Grace, que finds beauty in everything (encontra beleza em tudo). E gente que acusada, entre outras coisas, de relativizar o que absoluto.

Os guardies das ss doutrinas (seriam elas ss mesmo?) afirmam que vivemos num mundo onde os valores divinos, que so imutveis e absolutos, so desafiados pelo relativismo.

Gostei de uma reflexo que o Brian McLaren fez do conceito de ps-modernidade: A ps-modernidade no relativiza o que absoluto. Apenas ite que, diante do absoluto, nossas interpretaes sero sempre relativas!.

Nada mais humano.

Impossvel no lembrar a voz rouca e angustiada do Renato Russo na cano Monte Castelo, parafraseando 1 Corntios 13: Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem. Agora vejo em parte. Mas ento veremos face a face. E seu complemento, magistral: s o amor, s o amor que conhece o que verdade.


Jorge Camargo, mestre em cincias da religio, intrprete, compositor, msico, poeta e tradutor. www.jorgecamargo.com.br