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A contribuio nica da mulher, conforme os propsitos de Deus 5595r
Por Isabelle Ludovico

O alijamento da mulher gerou um mundo desenvolvido tecnologicamente, em detrimento das relaes interpessoais e da qualidade de vida. Tournier convoca a mulher a ocupar seu lugar, reequilibrando o mundo com sua afetividade. Mas tal proposta mantm a dicotomia: o homem pensa e a mulher sente. Por isso escrevi O Resgate do Feminino A fora da sensibilidade e ternura em homens e mulheres, propondo que ambos deem lugar ao corao. Pois o machismo amputou os homens de sua sensibilidade. E o movimento feminista, que no incio buscou, acertadamente, igualdade de direitos com os homens, acabou priorizando a carreira profissional, promovendo atitudes competitivas e gerando mulheres masculinizadas.
O mundo est beira do colapso porque o princpio feminino foi censurado nos homens e negligenciado pelas mulheres. Assim, a misso continua sendo reumanizar o mundo e reequilibrar a sociedade pela prioridade das pessoas sobre as coisas. Mas afetividade e intuio, atribudas socialmente mulher, esto em todo ser humano, j que fomos criados imagem de um Deus que ama. Reconciliar-se com Deus e tornar-se discpulo abrir mo do poder e, em troca, tornar-se apto a amar e servir, uma proposta na contramo da sociedade.
As mulheres precisam se libertar das imagens estereotipadas impostas pelo machismo e pelo feminismo para encontrar sua verdadeira identidade no em papis, mas em sua essncia. Uma caracterstica do feminino o anseio por intimidade e pessoalidade. O princpio feminino tem por funo acompanhar o ser humano num caminho de interioridade, na descoberta de seu espao interior, onde ele pode se encontrar com Deus, deixar-se amar e compartilhar esse amor.
Ouvir a Deus e o prprio corao permite desenvolver uma maior intimidade, pois Deus se revela para quem se aproxima com reverncia e humildade. Diante de um Deus que me acolhe como sou, posso baixar as armas, reconhecer minha fragilidade e me perceber amada incondicionalmente. No preciso mais das identidades artificiais impostas pela sociedade e baseadas na aparncia, no desempenho e nos recursos materiais.
A mulher, por sua biologia, tem predisposio para acolher e proteger a vida. Esse acolhimento se amplia no exerccio da hospitalidade e da receptividade, que gera trocas transformadoras. Em vez de mendigar afeto e reconhecimento, ela transborda de amor quando se deixa suprir pelo Pai. Sabendo de onde vem e para onde pode voltar, a mulher pode amar desinteressadamente e servir, conforme o exemplo de Jesus. Em contato com suas emoes, ela capaz de se identificar com a alegria ou a dor do outro. Seus sentidos so vivificados, de forma a ver, ouvir, tocar, saborear e sentir com o corao. Torna-se fecunda e criativa, no apenas por meio da maternidade biolgica, mas tambm desenvolvendo uma maternidade espiritual, que a leva a cuidar de si, do outro e da natureza com doura e delicadeza. A sensibilidade no a impede, do contrrio, a fortalece para encarar a vida e a morte, pois quem evita a dor acaba se privando da vida. O homem constri UTIs, mas a mulher, como Tereza de Calcut, que acompanha os moribundos, ou como Elisabeth Kbler-Ross, que estuda as fases do fim da vida.
A mulher convocada a exercer sua cidadania conforme os valores do reino para construir uma sociedade mais fraterna, inclusiva e sustentvel, priorizando qualidade de vida, simplicidade, despojamento, generosidade e gratido, caractersticas dos que se sabem repletos do amor do Pai. a coerncia de vida que nos torna agentes efetivos de mudanas culturais, sociais e polticas. Como protagonista e empreendedora, a mulher contribui para a preservao da vida e a construo de relaes interpessoais fundamentadas no respeito e no compromisso.
sa de nascimento e brasileira de corao, psicloga e terapeuta sistmica. Aprendeu com a filha a separar o lixo e com o filho um estilo de vida mais simples.
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