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18 de maro de 2025
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A cabeleira da minha me e as folhas novas da oliveira 1s2zn
Ao ver os cabelos da minha me carem sobre o cho fui fraco como Sanso entre os filisteus
Por Timteo Fassoni
A cabeleira ruiva de Davi devia voar ao vento, como velas de um navio. Saul era alto e esbelto, mas Davi, mesmo baixo, carregava uma coroa carmesim sobre sua cabea ainda mais linda que Saul.
A cabeleira longa de Sanso era sua fora divina. Carregava sobre si com pompa e orgulho: era o terror dos filisteus. Mesmo a sua careca reluzente, ao ver nascer as gramneas em seu solo, foi capaz de trazer vitria sobre as aflies e o inimigo.
At Aro, sacerdote da tenda, teve sua longa cabeleira, desde a cabea at a barba, por sobre qual escorria o leo da comunho dos irmos. Cada fio, sagrado e mantido por vontade divina separados um por um para o servio da expiao, da comunho e da bno.
Mas ao ver os cabelos da minha me carem sobre o cho, sendo o prprio Deus que os coletou de sua cabea, fio a fio, fui fraco como Sanso entre os filisteus. Chorei e desfaleci diante dessa divina providncia, como Davi diante da morte de seu amado Jonatas. Mas, pensando em Aro, desejei refletir pela minha face aquela que divina e perfeita, para abenoar a minha me e aqueles que oraram e a sustentam nesse tempo, mesmo tendo somente a barba de Aro.
E minha me? O que seria se Jesus entrasse em seu quarto hospitalar? Ser que poderia ela lavar os ps do Mestre com sua cabeleira? Ser que poderia reclamar as migalhas de po que caem sobre o cho? Ser que poderia v-lo am-la e dizendo que nenhum de seus fios caram sem consentimento de sua perfeita vontade?
Ora, para que choro como um beb diante da providncia divina? Ser que a sentinela tambm chora diante do raiar do sol?

Eu sei que minha me no tem mais aquela cabeleira. Mas, de seus fios de prata, coletados pelo prprio Cristo, a partir da maturao da F na Esperana, o Senhor Deus fez adubo: adubo para as razes de uma frondosa rvore. Razes de uma Oliveira, que minha me.
Sua madeira envelheceu, seus frutos secaram e sua folhagem caiu. Mas Cristo est chorando em seu monte, compadecido, clamando para que lhe seja afastado o clice, porque ele tambm viu sua cabea ferida por espinhos. Cristo est presente, como segundo Ado, cuidando daquela sua rvore que sempre amou, para que sua folhagem venha ainda mais verde, para que sua madeira exiba novamente os seus belos sulcos e seus frutos deem novo azeite untuoso para ser derramado como a gordura sobre o altar.
Tanto sacrifcio, to pouco dele voluntrio. Mas Jesus estava sempre ali, regando a oliveira doente. Estava ali com as oraes dos irmos, estava ali com o sacrifcio do marido, estava ali com o amor dos filhos. Jesus transformou os cabelos de prata da minha me em adubo da oliveira, que cresce, agora sim, com nova medula.
Dou glria a Deus pelos cabelos cados da minha me. Dou glria a Jesus Cristo pelo adubo que ele maturou para ela. Dou glria ao Santo Esprito pelas outras oliveiras plantadas nesse mesmo monte, que no deixaram de clamar por aquela que mais amo.
Os cabelos da minha me so as folhas dessa oliveira. Nunca mais sentirei falta dos velhos, porque os novos chegam junto com o Cristo.
Imagem: Pixabay.
REVISTA ULTIMATO COMO VIVEM OS QUE TM ESPERANA
Com a matria Como vivem os que tm esperana, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que tm esperana atrai outros para a Esperana. Quer lembrar que a comunidade dos que tm esperana deve ser uma ponte para aqueles que am por necessidades, cuja esperana para o futuro no sustentada pela experincia de bno no ado, que no conheceram cura, ou f, ou prosperidade e que no tm esperana.
disso que trata a matria de capa da edio 412 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
Saiba mais:
A Bblia Toda o Ano Todo, John Stott
Gnesis Para Maiores, Antonio Carlos F. Cintra
Encorajamento que Vem do Alto A vida nova que s Deus pode dar, Robert Liang Koo
Por Timteo Fassoni

A cabeleira longa de Sanso era sua fora divina. Carregava sobre si com pompa e orgulho: era o terror dos filisteus. Mesmo a sua careca reluzente, ao ver nascer as gramneas em seu solo, foi capaz de trazer vitria sobre as aflies e o inimigo.
At Aro, sacerdote da tenda, teve sua longa cabeleira, desde a cabea at a barba, por sobre qual escorria o leo da comunho dos irmos. Cada fio, sagrado e mantido por vontade divina separados um por um para o servio da expiao, da comunho e da bno.
Mas ao ver os cabelos da minha me carem sobre o cho, sendo o prprio Deus que os coletou de sua cabea, fio a fio, fui fraco como Sanso entre os filisteus. Chorei e desfaleci diante dessa divina providncia, como Davi diante da morte de seu amado Jonatas. Mas, pensando em Aro, desejei refletir pela minha face aquela que divina e perfeita, para abenoar a minha me e aqueles que oraram e a sustentam nesse tempo, mesmo tendo somente a barba de Aro.
E minha me? O que seria se Jesus entrasse em seu quarto hospitalar? Ser que poderia ela lavar os ps do Mestre com sua cabeleira? Ser que poderia reclamar as migalhas de po que caem sobre o cho? Ser que poderia v-lo am-la e dizendo que nenhum de seus fios caram sem consentimento de sua perfeita vontade?
Ora, para que choro como um beb diante da providncia divina? Ser que a sentinela tambm chora diante do raiar do sol?

Eu sei que minha me no tem mais aquela cabeleira. Mas, de seus fios de prata, coletados pelo prprio Cristo, a partir da maturao da F na Esperana, o Senhor Deus fez adubo: adubo para as razes de uma frondosa rvore. Razes de uma Oliveira, que minha me.
Sua madeira envelheceu, seus frutos secaram e sua folhagem caiu. Mas Cristo est chorando em seu monte, compadecido, clamando para que lhe seja afastado o clice, porque ele tambm viu sua cabea ferida por espinhos. Cristo est presente, como segundo Ado, cuidando daquela sua rvore que sempre amou, para que sua folhagem venha ainda mais verde, para que sua madeira exiba novamente os seus belos sulcos e seus frutos deem novo azeite untuoso para ser derramado como a gordura sobre o altar.
Tanto sacrifcio, to pouco dele voluntrio. Mas Jesus estava sempre ali, regando a oliveira doente. Estava ali com as oraes dos irmos, estava ali com o sacrifcio do marido, estava ali com o amor dos filhos. Jesus transformou os cabelos de prata da minha me em adubo da oliveira, que cresce, agora sim, com nova medula.
Dou glria a Deus pelos cabelos cados da minha me. Dou glria a Jesus Cristo pelo adubo que ele maturou para ela. Dou glria ao Santo Esprito pelas outras oliveiras plantadas nesse mesmo monte, que no deixaram de clamar por aquela que mais amo.
Os cabelos da minha me so as folhas dessa oliveira. Nunca mais sentirei falta dos velhos, porque os novos chegam junto com o Cristo.
- Timteo Fassoni, filho caula de Klnia Fassoni.
Imagem: Pixabay.

Com a matria Como vivem os que tm esperana, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que tm esperana atrai outros para a Esperana. Quer lembrar que a comunidade dos que tm esperana deve ser uma ponte para aqueles que am por necessidades, cuja esperana para o futuro no sustentada pela experincia de bno no ado, que no conheceram cura, ou f, ou prosperidade e que no tm esperana.
disso que trata a matria de capa da edio 412 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
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