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11 de maro de 2014
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Um enigma para Nicodemos 2p1go
(Joo 3.1-17)
Na parede da memria essa lembrana o quadro que di mais: /ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. /Nossos dolos ainda so os mesmos,/ e as aparncias no enganam no. /Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais (Belchior).
O dilogo com Nicodemos altera a lgica comum do evangelho: dilogo e testemunho sobre a f autntica. Nicodemos respeita Jesus, mas se encontra dependente da primeira discusso: a f que depende de milagres. A f que exige sinais no corresponde f num mundo novo possvel, sob o governo de Deus. E Jesus prope uma mudana radical, no um novo conceito de renovao da f. No uma renovao, mas uma inovao: comear tudo do zero! Do nada. Desaprender o catecismo! Nascer de novo. Comear como um nascituro, abraar uma natureza nova (natus, nascido procede de natura, no latim).
Nicodemos quer conversar logicamente, como um cartesiano dos dias atuais, utilizando o argumento e da prova. Em pauta gnosis, o conhecimento. A salvao pelo conhecimento. No possvel, diria Jesus. preciso desmontar a doutrina vigente, parafuso por parafuso, e construir tudo de outra maneira. Existencialmente, como diria Heidegger, hoje. O Deus de Jesus est sempre fora do lugar que queremos (u-topos). Ele habita nos sonhos de liberdade e convive com quem imagina ser possvel um mundo novo: vejo vir vindo no vento, o cheiro da nova estao... (Belchior).
Estamos discutindo os graus de intensidade e estabilidade da f (Joo 3.1-17). Uma f incipiente, primria, pode ser dominada pela necessidade de sinais, milagres. Internamente, o eixo se desloca para a insegurana e a deficincia da conscincia humana, uma vez que falta o essencial, que a confiana interior plena (emmunah no hebraico e pisteuo no grego). Deus no v como os homens, estes veem a aparncia. O Senhor v o corao, isto : Deus v o ntimo do homem e das coisas (Pv 15.11; 1 Sm 16.7; Sl 139.1-4).
Perguntas importantes, implcitas, ou subentendidas: "O que eras antes do nascimento? Qual o lugar de onde vens? Que fazes, agora, para dar sentido tua origem">Em busca da espiritualidade

O dilogo com Nicodemos altera a lgica comum do evangelho: dilogo e testemunho sobre a f autntica. Nicodemos respeita Jesus, mas se encontra dependente da primeira discusso: a f que depende de milagres. A f que exige sinais no corresponde f num mundo novo possvel, sob o governo de Deus. E Jesus prope uma mudana radical, no um novo conceito de renovao da f. No uma renovao, mas uma inovao: comear tudo do zero! Do nada. Desaprender o catecismo! Nascer de novo. Comear como um nascituro, abraar uma natureza nova (natus, nascido procede de natura, no latim).
Nicodemos quer conversar logicamente, como um cartesiano dos dias atuais, utilizando o argumento e da prova. Em pauta gnosis, o conhecimento. A salvao pelo conhecimento. No possvel, diria Jesus. preciso desmontar a doutrina vigente, parafuso por parafuso, e construir tudo de outra maneira. Existencialmente, como diria Heidegger, hoje. O Deus de Jesus est sempre fora do lugar que queremos (u-topos). Ele habita nos sonhos de liberdade e convive com quem imagina ser possvel um mundo novo: vejo vir vindo no vento, o cheiro da nova estao... (Belchior).
Estamos discutindo os graus de intensidade e estabilidade da f (Joo 3.1-17). Uma f incipiente, primria, pode ser dominada pela necessidade de sinais, milagres. Internamente, o eixo se desloca para a insegurana e a deficincia da conscincia humana, uma vez que falta o essencial, que a confiana interior plena (emmunah no hebraico e pisteuo no grego). Deus no v como os homens, estes veem a aparncia. O Senhor v o corao, isto : Deus v o ntimo do homem e das coisas (Pv 15.11; 1 Sm 16.7; Sl 139.1-4).
Perguntas importantes, implcitas, ou subentendidas: "O que eras antes do nascimento? Qual o lugar de onde vens? Que fazes, agora, para dar sentido tua origem">Em busca da espiritualidade
pastor emrito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como Pedagogia da Ganncia" (2013) e "O Drago que Habita em Ns (2010).
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