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Tempo para viver 2m601e

Isabelle Ludovico da Silva

Traduzir este livro profundo com ressonncias de meu mentor, Hans Burki, foi muito inspirador1. Ele trata das razes espirituais da nossa relao com o tempo e de suas implicaes existenciais. Para que a redeno penetre at em nossas agendas, precisamos nos reconciliar com o tempo que Deus nos d.

Diante do estresse provocado por agendas superlotadas, tendemos a buscar tcnicas para dominar o tempo. So ajudas externas. Mas estar em paz com o tempo uma questo espiritual. A maneira como usamos nosso tempo revela o que est no centro da nossa vida; revela nossas crenas e valores mais secretos. Ser que temos conscincia que a agitao da nossa vida sobrevida mal vivida - tem relao com a nossa onipotncia? a nossa maneira distorcida de lidar com o tempo que faz com que ele nos escape. Nossos esforos e boas resolues so inteis. O que salva ouvir o Esprito no recndito do nosso ser e no um melhor desempenho, uma agenda mais organizada. ar do tempo-maldio ao tempo da graa! O pecado querer ser sem limite. Ao experimentar seus limites, o homem reage com ira e busca super-los e ultra-los! A sabedoria do corao mostra-se na aceitao da nossa fragilidade e temporalidade. Pela redeno do tempo dada queles que se reconhecem verdadeiramente mortais, faz-se a experincia que, no lugar da ira de Deus, a sua graa que est sobre ns.

O silncio e a meditao permitem enxergar, atrs da aproximao tcnica, uma realidade escondida: a realidade interior, nossa angustia existencial diante da morte. A prtica meditativa nos convida a ligar o que separamos to frequentemente: pensamento e ao, vida interior e exterior, esprito e corpo, realidade visvel e invisvel, tempo corporal e tempo espiritual. Ela nos faz descobrir regies interiores inexploradas. Enquanto a meditao oriental enfatiza o desapego do mundo, buscando uma dissoluo da identidade pessoal no todo csmico, a meditao crist almeja o silncio e um tempo dedicado a uma presena. Ela visa no o desapego, mas o apego a Deus e aos seres humanos. Leva a uma integrao pessoal que permite se doar mais plenamente a Deus. Seu movimento descendente como o da encarnao: ele nos torna mais humanos, mais inseridos no mundo, que, mesmo no sendo a realidade final, onde o Esprito opera.

A meditao estabelece relaes: ela integra cada evento da nossa vida nossa histria e vocao. Revela a divergncia entre o que afirmamos crer e nossas crenas mais escondidas, que, normalmente, s se manifestam na crise e na adversidade. Por meio da meditao, podemos ir ao encontro destes sentimentos negados, permitindo que o Esprito nos faa avanar no caminho da liberdade. A meditao um despertar em profundidade que desperta profundezas. O silncio um tempo de preparao para que o desejo e a vontade da superfcie entrem em harmonia com nosso ser ntimo. Ele visa nos tornar presentes para Deus, para v-lo agir e para ver como ele v.

Parafraseando a fala de Jesus (o sabat foi feito para o homem e no o homem para o sabat), podemos dizer que o tempo foi feito para o homem. E Jesus termina esta agem com a afirmao: O Filho do homem senhor tambm do sabat. O sabat associado criao, mas tambm um dos dez mandamentos. Na Bblia, respeito do tempo que a palavra santo aparece pela primeira vez. A santidade no est relacionada a um lugar (um monte, uma cidade) ou a uma coisa em particular (tentao de idolatria!), e sim ao tempo. O sabat nos livra da tirania das coisas. Ele nos chama alegria de viver na celebrao da criao. uma festa em famlia, em torno da mesa. O que foi criado no stimo dia? A tranquilidade, a serenidade, a paz e o descanso. a qualidade de vida da eternidade. D-nos o gosto da eternidade. Graas a ele, a eternidade penetra no nosso tempo e o resgata. O sabat permite ao homem um distanciamento libertador do mundo. Ele lhe oferece a oportunidade de voltar a ser mestre e no escravo at mesmo de seu tempo. O homem convidado a livrar-se de suas amarras para entrar num espao de descanso e paz, percebendo a primazia do ser sobre o fazer.

Queremos quase sempre fazer demais, realizar demais... Ser que este desejo vem do centro de ns mesmos, onde Deus habita, ou da presso de expectativas nossas ou dos outros? O sabat nos remete a um descanso que, conforme o relato bblico, anterior queda. Somos convidados a descansar em Deus. na paz da reconciliao que pode nascer uma atividade radicalmente diferente, oriunda do perdo, da gratuidade e da liberdade.

Paradoxalmente, quando aceitamos nossa condio de pecadores, miserveis e mortais, que Deus nos resgata e nos abre a porta de seu reino eterno.

Nota
1. Burki, Hans. Tempo para viver, So Paulo: Arte Editorial, 2009.


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sa de nascimento e brasileira de corao, psicloga e terapeuta sistmica. Aprendeu com a filha a separar o lixo e com o filho um estilo de vida mais simples.
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