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Opinio 3pp3w

Sobre a #normalidade que nos cerca 692z4m

O sentimento de estranhamento deveria nos impulsionar a ser uma comunidade que no se conforma com o que v

Por Davi Daniel de Oliveira

No sejam iguais a eles... (Mt 6.8)

Convido voc a um experimento social: v at seu perfil no Instagram e busque por #normalize. No se assuste: as respostas sero as mais distintas, amplas e curiosas. As pessoas querem normalizar tudo: acne, raiva, amamentao pblica, morte, luxria, celulite, cabelos grisalhos, dar cano no trabalho... Poderamos ar horas discutindo o que cada uma dessas hashtags incentivam com esses manifestos, mas esse no o propsito deste texto. Contudo, no deixa de ser sintomtico da poca em que vivemos a necessidade de normalizar coisas e comportamentos, como se tudo que foi feito e pensado anteriormente no atendesse mais s exigncias de nosso tempo e nos tornasse obrigados a buscar novas respostas, antes, anormais, e, agora, normais.

bvio que os desafios da sociedade contempornea exigem respostas diferentes das do ado. Por isso, apesar do uso indiscriminado da expresso, eu apoio a aplicao da normalizao em algumas causas como a autista, por exemplo . Esse texto no fala sobre as importantes mudanas que queremos ver em nossa sociedade. Racismo, igualdade de oportunidades para pessoas de diferentes sexos, cuidado com o meio ambiente, combate fome, ao trabalho escravo e infantil e outros temas devem ser enfrentados, e sua luta normalizada. O Corpo de Cristo no pode tolerar abusos em nenhuma dessas frentes.

O que me choca o fenmeno da normose no seio da igreja brasileira. Caminhamos a os largos para uma completa cauterizao de nossas mentes, para uma indiferena e insensibilidade constantes e completas para com o prximo, caminhamos para uma incapacidade de discernir tempos e os efeitos do pecado na jornada crist. Nos aproximamos to perigosamente da normalidade do mundo que no conseguimos mais distinguir quem quem, quando na verdade o nosso Senhor em seu Manifesto da Montanha nos pede para no sermos iguais a eles (Mt 6.8).



O filsofo espanhol Ortega y Gasset nos lembra que ns somos ns e nossos contextos. Estamos presos ao contexto que nos cerca contexto muitas vezes marcado pela indiferena com as coisas do Reino e, gradativamente, estamos nos tornando igualmente indiferentes. O chamado urgente Igreja para, como o filho prdigo, cair em si (Mt 15.17), incomodar-se com o que a cerca e voltar aos braos do Pai. Frente ao pecado e indiferena, mossa postura no pode ser de normalizao, mas de estranhamento.

Precisamos estranhar os efeitos da corrupo que corri as estruturas de nosso pas.

Precisamos estranhar a violncia que nos faz refns em nossas prprias casas.

Precisamos estranhar a manipulao de sacerdotes que abusam psicologicamente de seu rebanho em nome da f.

Precisamos estranhar os insultos racistas diante da luta empenhada contra o racismo ao longo das ltimas dcadas.

Precisamos estranhar a dita polarizao poltica que mina o tecido social e provoca cises irreparveis entre pessoas que pensam diferente.

Precisamos estranhar a oferta abundante que igrejas fazem de uma graa barata usando o clebre conceito de de Bonhoeffer e estranhar as pseudoteologias da prosperidade e coach.

Precisamos estranhar o consumismo onipresente

So tantas as coisas que precisamos estranhar. Nada disso normal. Pode ser comum, mas, jamais, normal. O sentimento de estranhamento deveria nos incomodar e nos impulsionar a ser uma comunidade que contrasta com seu entorno, que no se conforma com o que v. Sem apatia ou escapismo. Nas palavras de John Stott, em seu comentrio do Sermo do Monte, ser cristos que observam as palavras de Jesus implica em ser contraculturais. Esse sentimento de estranhamento retratado por Pedro na carta, direcionada aos estrangeiros que viviam nas provncias de Ponto, Galcia, Capadcia, sia e Bitnia:
Amados, eu os advirto, como peregrinos e estrangeiros que so, a manter distncia dos desejos carnais que lutam contra a alma. Procurem viver de maneira exemplar entre os que no creem. Assim, mesmo que eles os acusem de praticar o mal, vero seu comportamento correto e daro glria a Deus quando ele julgar o mundo (1Pe 2.11,12).

Estranhar o mundo viver de maneira exemplar, negando-se a si mesmo e aos desejos inoportunos que so rivais caminhada e unio com Cristo. Estranhar o mundo viver de tal forma que nosso procedimento demonstre muito claramente que no somos iguais a ele. Estranhar o mundo viver o Evangelho em sua forma mais simples, mas revolucionria amar ao prximo como a si mesmo.
  • Davi Daniel de Oliveira casado com Raquel e tem dois filhos. Mestre em Teologia (M.Div) pelo Seminrio Teolgico Servo de Cristo; Licenciando em Filosofia e serve no ministrio infantil da Igreja Batista Memorial em Alphaville, campus de So Jos dos Campos.

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Saiba mais:
Como Ser Cristo Um guia prtico para a f crist, John Stott
A Vida em Cristo, John Stott
O Evangelho Em Uma Sociedade Pluralista, Lesslie Newbigin
Seguir a Jesus; uma trilha guiada, edio 373 de Ultimato

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