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11 de agosto de 2016
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Quando a alma sabota a f 3b5ze

interessante o contraste entre as descries de Deus e de si mesmo. Deus minha salvao, meu Deus (42.5,11), Deus vivo (42.2) concede a sua bondade (42.8), o meu cntico (42.8), minha rocha (42.9), minha fortaleza (43.2), minha grande alegria (43.4). Por outro lado, o salmista diz, derramo a minha alma (42.4), minhas lgrimas tm sido meu alimento (42.3), minha alma tem sede de Deus (42.2). Ele pergunta, quando irei e verei a face de Deus? (42.2), por que te esqueceste de mim? (42.9), por que ando lamentando por causa da opresso do inimigo? (42.9; 43.2), por que me rejeitaste? (43.2).
Como algum que cr em Deus como rocha, salvao e grande alegria pode lamentar dizendo por que me rejeitas? Por que ando lamentando? Por que te esqueceste de mim?
As figuras que o salmista usa para descrever Deus denotam solidez, confiana, proteo. Deus rocha, fortaleza, meu auxlio, minha salvao. Mas as perguntas e a descrio de sua prpria situao denotam fragilidade, necessidade, perturbao, fraqueza. A alma tem sede, est longe de Deus, o salmista foi esquecido e rejeitado por Deus e est sob opresso.
Vejo nesses salmos e em outros salmos de lamento aquilo que chamo de a alma no respeitar nossa f. Pela f afirmamos e queremos confiar que Deus rocha, fortaleza, minha grande alegria. Queremos esperar nele que nosso auxlio e nosso Deus. Porm os conflitos, aflies e sofrimento nos abalam e perturbam a ponto de ns estranharmos nossas emoes. como se intensos sentimentos, emoes e pensamentos estivessem sabotando nossa confiana em Deus. O salmista estranha a sua alma e tenta convencer a si mesmo a esperar em Deus a quem ele ainda haveria de louvar.
Esse salmo tem uma boa notcia e uma m notcia. A m notcia que parece que as circunstncias no mudaram. Pelo menos no h nenhuma indicao nesses salmos (42, 43) de que a situao do salmista tenha mudado, isto , que a opresso do inimigo tenha cessado. Pelo contrrio, ele suplica que Deus defenda a sua causa diante da nao mpia (43.1), que envie a sua luz e verdade par ao guiar (43.3), e se compromete a no futuro ir louvar a Deus em seu altar (43.4).
A boa notcia que embora as circunstncias no tenham mudado, a sua confiana est sendo restabelecida. Enquanto suas lgrimas tomavam conta dele noite e dia (42.3), as lgrimas so substitudas pela bondade durante o dia e pelo canto noite (42.8). A orao no levou a uma mudana imediata das circunstncias, mas revigorou sua confiana.
O lamento, o luto, a queixa diante de Deus tm essa capacidade transformar nosso choro em sorriso ainda que as circunstncias no tenham mudado.
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Pensamentos Transformados, Emoes Redimidas
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Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento
Foto: Geralt / Pixabay.com
Pastor presbiteriano e doutor em Antigo Testamento, professor e capelo no Seminrio Presbiteriano do Sul, e tradutor de obras teolgicas. autor do livro O propsito bblico da misso.
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