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Pastores no choram? 6d3p1t

Por Sergio Fortes

Meus heris eram os meus pastores

Fui levado pelos meus pais igreja com oito dias de idade para consagrao, h mais de seis dcadas. Assim como acontecera com o Menino Jesus. ei minha infncia e adolescncia sob total influncia da igreja.

Meus heris eram os meus pastores. Como se vestiam, como falavam, como oravam, como pregavam, como viviam. Eram minhas referncias. Mais tarde descobriria que eram tambm referncias exemplares de meus pais. Mame orava pedindo a DEUS que Ele me transformasse como um deles.

No de se estranhar que, ao final da minha adolescncia, estava convicto de um chamado divino e queria ser como um deles.

Solidariedade regada a lgrimas

Um dos aspectos que me marcaram profundamente era ver esses homens, culto aps culto, pregao depois de pregao, reunio de orao aps reunio de orao, chorando na presena de DEUS, com tal angstia de alma, que terminavam o culto, a pregao, a orao com olhos inchados e vermelhos.

E o que mais me tocava profundamente era o fato de que eles no choravam por causa de suas necessidades materiais e estas eram inmeras e srias mas era a favor da igreja em geral e das pessoas em particular.

Nas visitas s casas de membros e no membros, doentes, presos, necessitados em geral, que aconteciam regularmente ao longo da semana e excepcionalmente em qualquer dia e hora, tambm eram marcados com atos de solidariedade que iam desde o choro diante da tragdia, da dificuldade e da tristeza alheia, como o repartir do pouco que tinham, ou at mesmo ficam sem para que o outro pudesse ter sua necessidade mitigada.

Os anos se aram e o exerccio do ministrio pastoral foi tomando outras formas, outros matizes. E como ele difere hoje, em termos gerais, em relao do que acontecia h quatro, cinco dcadas atrs!

Chamado pastoralversus planos de carreira

O ministrio pastoral moderno tornou-se profissional. Pouco se fala em chamado. Quase nenhuma preocupao com a vocao. O encanto do chamado e a inspirao da vocao, premissas fundamentais para o exerccio ministerial, deram lugar a projetos de sucesso familiar e planos de carreira inspirados em exerccios bi-vocacionais.

Os desafios da Igreja-Empresa aram a exigir homens e mulheres profissas, capazes de istrar com eficincia, pragmatismo e competncia, como em qualquer outra atividade que precisa ser auto-sustentvel, para no dizer lucrativa.

O trato cotidiano das mazelas existenciais, o lidar intenso com a dor, o choro, a tristeza, as perdas, os infortnios, as desgraas alheias, so hoje tratadas com parcimnia e o mnimo de envolvimento emocional e afetivo. Somente o indispensvel para dar um toque de humanidade e manter uma salutar impresso de sensibilidade.

Chorar coisa rara para um pregador hoje?

No se costuma ver hoje um pregador chorando no plpito enquanto transmite sua mensagem. Coisa rara. A gente fica at assustada e sem saber o que fazer de to incomum que .

A mensagem , via de regra, consubstanciada com todos os recursos necessrios de embasamento tcnico e teolgico (nem sempre exegtico e muito menos doutrinrio), extrados de fontes respeitveis, geralmente pelo eficiente processo Ctrl C, Ctrl V.

Faz sentido isso.

Pois raramente essa mensagem gerada com dores de parto, ao longo de horas a ss na presena de DEUS, na quietude do quarto fechado, joelhos no cho, gemidos de alma.

Os pastores da minha adolescncia no tinham bibliografia alguma, nenhum comentrio bblico, um ou outro possua uma surrada Chave Bblica olhe l! nem compndios, muito menos recursos de Internet, Google, sites especializados.

Eu me lembro de um deles, citando um autor de que no me lembro, afirmar que, aquele que orou bem, se preparou bem. E assim, na dependncia de DEUS, o Esprito Santo os conduzia como canais, como verdadeiros instrumentos.

Discursos empolgados, mas quase sempre com olhos secos

As oraes de hoje se contrapem s de outrora. Discursos empolgados, inflamados, alguns absurdamente gritados. Mas quase sempre com olhos secos. Com gritos, mas sem gemidos. Com empolgao, mas sem intercesso.

Por isso, pastores de outrora eram homens de olhos molhados pelas lgrimas. Lgrimas de quem entendia a essncia do ministrio. De quem carregava, como Jesus, os pecados do rebanho e por ele, intercedia como Moiss, disposto a renunciar vida, caso DEUS no fosse atender tal intercesso.

Hoje predomina o ministrio de olhos secos. Secos de lgrimas. Secos de comprometimento. Secos de solidariedade.

O Jesus que chorou ao avistar Jerusalm, chorou diante das irms de Lzaro e deve ter chorado outras tantas vezes quando a Palavra diz que Ele foi movido de ntima compaixo espera seguidores que no exeram um ministrio de olhos secos.

Sergio Fortes formado em teologia, direito e istrao, sendo mestrando em Cincia das Religies. Atua como Consultor em logstica e assuntos estratgicos. Serve como leigo na Igreja Batista Central de So Bernardo do Campo.

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