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Os critrios do amor 351142

Paulo Brabo

Este um mundo de retribuio, em que ningum ama quem no tem nada a oferecer. Quem so nossos favoritos? Os notveis, os talentosos, os destacados, os fluentes, os bonitos, os ricos, os famosos, os sbios, os espirituais, os afinados, os inteligentes, os que lembram o nosso nome. Quanto mais irveis nos parecerem as qualidades de algum, mais naturalmente mais inevitavelmente essa pessoa parecer merecedora do nosso amor.

Nossa tendncia mais natural amarmos as pessoas pelo que so capazes de fazer, seja essa capacidade efetiva ou potencial. Nisso consiste o que chamo de Lei Crua do Amor: no amamos as pessoas, amamos as suas competncias.

Com raras excees, a Lei Crua do Amor rege todos os nossos relacionamentos e afeies. Sei muito bem aqueles que me sinto tentado a amar: os virtuosos, os comivos, os articulados, os bonitos, os fluentes, os criativos, os destemidos, os galantes, os que sabem danar, os indomveis, os modestos, os heris que no conhecem o seu prprio valor. So essas as competncias que esto no topo da minha lista, mas cada pessoa estabelece o seu prprio critrio de seleo. O que temos todos em comum a tendncia de amar aqueles que demonstram ter as competncias que iramos.

A Lei Crua do Amor:
No amamos as pessoas, amamos as suas competncias.

A Lei Crua do Amor determina ainda o modo como estimamos o nosso prprio papel num relacionamento nosso valor. por isso que tememos tanto a doena e a velhice, porque sabemos que esto espreita, esperando o momento de arrancar de ns as competncias que nos so mais caras, aquelas ao redor das quais construmos nossa identidade. Os primeiros sinais bastaro para nos colocar em parafuso: a primeira falha de memria, a primeira barbeiragem no trnsito, a primeira incontinncia urinria, a primeira desafinada, a primeira queda de cabelo.

Por que tememos dessa forma a perda das nossas competncias? Acontece que sabemos muito bem que as competncias dos outros determinam em grande parte nossa afeio por eles. Intumos, pela natureza inclemente dos nossos prprios critrios, que a perda de uma competncia far com que nos tornemos menos atraentes e menos dignos de amor aos olhos dos outros.

Aqueles que no tm alguma competncia para oferecer os feios, os desajeitados, os que no sabem cantar, os que no sabem falar, os que no sabem escrever, os que no sabem jogar bola, os que no sabem agradar intuem, por sua vez, que nunca sero amados de forma unnime e intensa como os notveis. No tm competncias em grau ou quantidade suficientes para merecerem o nosso amor, e sabem disso.

Jesus viveu, naturalmente, para denunciar a Lei Crua do Amor. Ele convidava, de forma singela, a que adotssemos um novo e notvel critrio, que , incrivelmente, a ausncia de qualquer critrio.

A mensagem de Jesus deixa claro, em primeiro lugar, que na perspectiva de Deus, na perspectiva do universo, as competncias que tanto celebramos e redundantemente iramos equivalem a precisamente nada talvez menos. Se Deus fosse premiar a competncia no premiaria ningum. por isso, por no julgar as pessoas pelas competncias que tm para oferecer, que Deus faz chover sobre justos e injustos. com base no rigoroso critrio do critrio algum que ele derrama do seu sol sobre heris e marginais.

Jesus opina que na perspectiva divina a nica competncia que de fato conta a competncia moral, a capacidade de no fazermos o mal aos outros e a habilidade correspondente de fazermos o bem a eles. Todo o resto rio e deve ser descartado do nosso caderninho de iraes. Deus, no entanto, conhece-nos o bastante para no decidir julgar-nos nem mesmo por essa competncia essencial. Na verdade, explica Jesus, a mais contundente demonstrao de competncia moral est precisamente na nossa disposio em amar os outros, e assim o crculo se fecha.

O Filho do Homem desafia-nos a sermos nisso singulares (santos) como Deus , disparando amor arbitrariamente, como metralhadoras, abandonando definitivamente os critrios usuais de competncia. Essa regra divina a Lei Distributiva do Amor, que pode ser expressa desta forma: ningum merece, por isso todos podem ter.

A Lei Distributiva do Amor:
Ningum merece, por isso todos podem ter.

Quem ser capaz de sentir-se atrado pelos que no tm coisa alguma para oferecer? Quem ser capaz de aceitar os desprovidos de competncias? Talvez aquele que desperte para a conscincia de que tem o que no merece; esse ousar, quem sabe, distribuir.

Esse estar alterando a tessitura do mundo.


Paulo Brabo ilustrador, leitor compulsivo e mora em Campina Grande do Sul, Paran. www.baciadasalmultimato-br.diariomineiro.net

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