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O suicdio e o papel preventivo da igreja 1924v

O suicdio uma questo importante de sade pblica. Setembro Amarelo uma campanha de conscientizao sobre a preveno do suicdio, que tem como objetivo alertar a populao a respeito da realidade do problema no Brasil e no mundo, e discutir as formas de preveno. A preveno precisa comear nas famlias, nas escolas e tambm nas comunidades, como as igrejas.

Tamanho do problema

Segundo relatrios da OMS (Organizao Mundial da Sade) e de Programas de Sade Mental, cerca de 1 milho de pessoas cometem suicdio por ano. Nas estatsticas de tentativas (suicdios no concretizados) este nmero sobe para entre 15 a 25 milhes por ano. Para cada pessoa que comete suicdio, cerca de seis a dez pessoas prximas sofrero de adoecimento emocional decorrente desta situao. Atualmente a segunda maior causa de morte entre jovens (15-29 anos), um alto ndice tambm em idosos e grupos populacionais que incluem pessoas que foram vtimas de violncia. Apesar de sua maior incidncia ser em pases de baixa renda e desigualdade social, vem apresentando crescimento em pases desenvolvidos com o aumento de quadros depressivos e abuso de lcool/drogas. O Brasil hoje o oitavo pas do mundo em nmero de suicdios.

Tabu dentro e fora da igreja

O tema da morte historicamente um tabu ao ser abordado e em muitas culturas evitado a todo custo. Mas o custo do silncio alto. O tema da morte voluntria, como no caso do suicdio, encontra ainda mais estigma e dificuldade de abordagem, por ser muitas vezes atribudo desordenadamente temtica da loucura, ou em crculos religiosos, ao pecado.

Se o tema do suicdio tabu em muitos ambientes e culturas, imagine em comunidades crists! Muitas comunidades cultivam um discurso triunfalista que busca afastar qualquer vestgio de sofrimento e fragilidade, discurso que no condiz com o que realmente vivemos em nossa jornada de discipulado, intimidade com Deus e transformao contnua, tantas vezes permeada pela dor em um mundo cado. Outros tantos atribuem cruelmente as fragilidades falta de f, agravando ainda mais o quadro emocional.

O estigma, a vergonha, a impotncia, a dificuldade em se compreender os fenmenos em sade mental, as distores teolgicas que no abrem espao para o dilogo. Como seres humanos, no estamos imunes aos sofrimentos psquicos e angstias da alma. Leia sua Bblia e encontrar uma diversidade de pessoas em sofrimento e questionamento, vivendo todas estas situaes na companhia e amparo do Eterno.

Temos dificuldade em abordar questes emocionais, da subjetividade, que por tantas vezes nos parecem inveis e inominveis. Os sofrimentos de ordem psquica mostram-se multifatoriais, sejam desequilbrios qumicos, aspectos biolgicos, socioculturais e at mesmo religiosos.

Como comunidade crist, sofremos de maneira geral com a dificuldade de integrao entre temas da sade mental e espiritualidade crist, to necessria e urgente nos dias atuais. Precisamos incentivar o dilogo para auxiliar na preveno desta questo do suicdio, por exemplo, bem como de tantas outras que assolam a sade emocional. A depresso, a ansiedade, o burnout, os transtornos de personalidade, o suicdio, o trauma, a violncia, entre outras questes, afetam pessoas de todas as naes, classes sociais e crenas.

Afetam lderes e liderados, pastores e ovelhas. Precisamos cuidar uns dos outros e de nossas lideranas, tantas vezes exauridas em seus ministrios e necessitando de ateno e tempo disponvel para cuidar dos aspectos de sua sade fsica, mental ,espiritual, etc. Precisamos atuar tanto na preveno quanto no cuidado com aqueles que j sofrem e os que so impactados pelas consequncias desta realidade.

O papel da comunidade

O papel da comunidade no auxlio preveno de singular importncia nestes processos de adoecimento multifatoriais. No podemos caminhar sozinhos em meio dor. Quando a comunidade sai da postura da negao (isso no acontece com discpulos de Jesus quantas vezes escuto isto...) e as pessoas se percebem humanas, frgeis, parte de um mundo cado e que necessita de restaurao e ressurreio interior, a sim, comeamos a dialogar. Quando nos percebemos to necessitados da Graa de Deus e to dependentes Dele, buscando sentido para a vida e razo para a existncia, nos aproximamos do sofrimento do prximo com uma escuta mais amorosa e misericordiosa. Quando nos tornamos conscientes acerca destas questes, a comunidade se torna um espao potencial que pode promover cuidado e restaurao. A construo de vnculos de apoio mtuo, o senso de pertencimento, o contexto para a busca de sentido da vida e o espao frutfero para nutrir a esperana, desfrutando da intimidade de Deus e uns dos outros.

Precisamos da comunidade de amigos e irmos que nos incentivem na vida devocional, nos integrem em servio ao prximo. Comunidade que esteja atenta para discernir os sinais de adoecimento psquico e fatores de risco. Que respeite as fragilidades, que caminhe na direo do outro com ao e orao. O primeiro o nossa abertura para ouvir sobre estes temas e falar abertamente sobre eles. Esta realidade est presente em todas as nossas comunidades.

importante pontuar que precisamos reconhecer nossos limites. Deus age de diversas maneiras. Precisamos de abertura s parcerias e encaminhamentos, agregando todos os recursos que Deus nos doou e disponibilizou nas diferentes reas de conhecimento e atuao, para que o cuidado seja integral. Somos seres bio-psico-sociais-espirituais e precisamos cuidar de todos estes aspectos que compe o todo. Sejam lderes, membros da comunidade, psiclogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, etc, todos contribuindo para que este cuidado seja mais amplo e eficaz.

Saiba mais sobre o Setembro Amarelo

Karen Bomilcar psicloga clnica hospitalar, mestre em Teologia e Estudos Interdisciplinares pelo Regent College (Canad). Atualmente reside em So Paulo (SP) onde serve no discipulado e cuidado pastoral de pessoas de diversas comunidades crists.

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Rede de Sade Mental e Trauma Movimento Lausanne


No ms de agosto, no Encontro de Jovens Lderes de Lausanne, realizado na Indonsia, fui surpreendida positivamente com o encontro da Rede de Sade Mental e Trauma. Nos reunimos representando 18 nacionalidades para conversar sobre a urgncia deste tema em nossas comunidades e como podemos formar novas parcerias com as iniciativas que j vem ocorrendo em nossos pases acerca do tema e a importncia de oferecer espaos para reflexo e alternativas de cuidado holstico.

O Movimento Lausanne define a misso holstica como "misso orientada para a satisfao das necessidades humanas bsicas, incluindo a necessidade de Deus, mas tambm a necessidade de alimentos, amor, habitao, vesturio, sade fsica e mental, e um senso de dignidade humana". Mas ainda h uma lacuna a ser preenchida com urgncia nesta questo: maior nfase nos aspectos relacionados sade mental. Segundo a Rede de Sade Mental e Trauma de Lausanne: questes de sade pblica no mundo tem uma dimenso psicossocial. A pobreza, AIDS, o trfico sexual, refugiados, abuso de lcool e drogas, transtornos psicoemocionais, violncia interpessoal, crianas em risco e as catstrofes naturais envolvem sofrimento psicolgico e muitas vezes trauma, alm de angstia espiritual e fsica. Em todo o mundo, uma em cada cinco crianas / adolescentes tem um problema de sade mental. Em todo o mundo, hoje a depresso a principal causa de incapacidade. Esta iniciativa tem como objetivo mobilizar conselheiros, profissionais na rea da sade e lderes cristos para dialogar sobre estes temas e auxiliar as comunidades locais a conversar sobre o tema de maneira bblica, holstica, sistmica e colaborativa.

Que estas iniciativas sejam multiplicadas e possamos oferecer a todos uma melhor compreenso acerca destes temas e buscar a Deus juntos usando todos os recursos disponveis visando um cuidado integral para a vida plena, caminhando juntos e amparando uns aos outros em meio aos sofrimentos.

Leia tambm

Sobre cuidado e aconselhamento em misso (Declarao da Cidade do Cabo/ Movimento Lausanne 2010)
Por que h tantos suicdios entre os jovens?
Sade emocional e vida crist

Foto: Freeimages.com

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