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Opinio 3pp3w

O corpo, a arte e a vida crist 4w6r2t

Por Edson Munck Jr.

Era 2001. O ltimo dia de um encontro no perodo de carnaval. Milhares de pessoas reunidas na regio metropolitana de Curitiba. O tema era Venha o teu Reino, Senhor. Momentos finais de uma celebrao. Era hora de lembrar o sacrifcio de Cristo por meio da Ceia. Um clima reverente, solene e santo se estabeleceu no local de culto. Uma msica comeou a tocar. Quatro rapazes com os corpos pintados da cabea aos ps entraram naquele espao. Cada um tinha em seu prprio corpo linhas abstratas. Eles caminharam entre o povo de Cristo que ali estava. Nos seus corpos, eles comunicavam. Depois de um tempo, subiram na plataforma frente da grande congregao. Aos poucos, foram se aproximando um do outro e se abraando. Cada qual tomando sua posio formaram um clice e um po na juno de seus corpos. Aos poucos e por meio daquela performance, a igreja ali presente se lembrou do mistrio de Cristo em ns.

Eu no posso negar que essa foi uma das celebraes da Ceia do Senhor que mais marcaram minha trajetria crist. Alm das palavras da instituio, vivi o rito naqueles movimentos, naquelas cores, naquela experincia que me tocou mente e corao. Havia poder naquela performance, no s capacidade de atrair os sentidos, mas de nos lanar aos ps do Cordeiro de Deus e nos levar a ador-lo. Certamente, direcionados pelo poder que vem do alto, aqueles artistas traduziram o mistrio e a revelao que trazer memria o corpo e o sangue de Cristo Jesus.

A despeito de toda a polmica que o corpo tenha em seu histrico, inequivocamente, ele discurso. O corpo referencial artstico, cultural, social e identitrio. Mais do que mera matria, forma e anatomia, o corpo comunica a condio humana e se transforma em texto na medida em que exercita seus potenciais e seus limites. Assim, o corpo linguagem. O discurso que o corpo se relaciona ao discurso que a palavra, a literatura. Os autores bblicos, no Antigo e no Novo Testamento, valem-se das imagens do corpo para textualizarem o prprio Deus. Os olhos do Senhor, os seus ouvidos, a sua face. A boca de Deus, os seus lbios. As narinas do Senhor. O brao dele, a sua mo. Os ps do Senhor (cf. 2Cr 16.9; 2Cr 30.12; Sl 34.15-16; Pv 15.3; Pv 16.1; Is 53.1; Is 58.14; Ez 37.1; Lc 1.66 At 7.49; At 11.21). A textualizao bblica rica de referncias ao corpo humano para falar do Senhor Deus.

Compreender a natureza de Deus algo muito ambicioso para nossas mentes. Assim, associar a revelao divina (infinitude) a imagens relativas ao corpo humano (finitude) um recurso criativo e artstico para permitir uma experincia de compreenso, ainda que incompleta, de realidades bem maiores do que conseguimos conjecturar.

Como linguagem que , o corpo est inserido na comunicao do Reino de Deus. Basta lembrar que a Palavra se fez carne e habitou entre ns. O apstolo Paulo chama os corntios de carta de Cristo (2Co 3.3), ressaltando o carter testemunhal da vida daqueles cristos. Ou seja, os cristos carregam em seus corpos, em todo o seu ser, o Evangelho. E que assim seja conosco tambm! Como discpulos de Cristo, carregamos a tenso de sermos morada do Esprito Santo (cf. 1Co 6.19): nosso corpo a casa daquele que, desde o princpio, move-se sobre o caos. E que o faa-se do Eterno Deus ecoe em ns.

Edson Munck Jr., professor e jornalista, mestre em Estudos Literrios e doutorando em Cincia da Religio.

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