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Opinio 3pp3w

O colecionador de dias 592p1b

Comentrio de aniversrio ao Salmo 90

Era uma vez um colecionador de dias que descobriu, em seu acervo, peas muito antigas. Mais antigas que sua prpria coleo.

Senhor, tu tens sido o nosso refgio, de gerao em gerao.

Ele encontra misteriosa Presena, diretora e protetora, a marcar as peas herdadas dos pais e avs, como se Deus as tivesse carimbado e esse efeito asse, de alguma forma, s peas mais recentes.

Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu s Deus.

So vrios tipos de peas colecionadas: pea-tempo, pea-dia, pea-ano (ou pea-natalcio). Todo esse repositrio antigo traz uma certa marca do sagrado. Mesmo as que esto catalogadas na seo antes de os montes nascerem.

Tu reduzes o homem ao p e dizes: Tornai, filhos dos homens. Pois mil anos, aos teus olhos, so como o dia de ontem que se foi e como a viglia da noite.

Como guardar essa riqueza, esse legado intangvel, inefvel, se, de repente, tudo nos escapa como se fosse o dia de ontem, como o dia que se foi? Ser que no poderemos reter, para ns mesmos, nada dessa imensa coleo de dias?

Tu os arrastas na torrente, so como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada viceja e floresce; tarde, murcha e seca.

Como gozar, fruir e usufruir, hoje, o bem, o valor, o conforto, a alegria de ontem, que foi levado embora, como por uma torrente? como o galho de roseira que, podado ontem, amanhece seco?

Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniqidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se am na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento.

Parece que Deus est furioso, e no seu furor, somos conturbados. Quando vamos gozar os pais que Deus nos deu, a criana que nasceu ou o presente recebido, j o dia seguinte os pais se foram, a criana cresceu, o presente quebrou. Como em um breve pensamento. Sim, nossos dias so consumidos pelo fogo.

Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles canseira e enfado, porque tudo a rapidamente, e ns voamos. Quem conhece o poder da tua ira? E a tua clera, segundo o temor que te devido?

Ai, ai. De repente, em vez de contar as peas da coleo que temos, somos tentados a contar as lacunas no lbum de figurinhas. Comeamos a temer que esses espaos se preencham logo, pois acaba-se o interesse, termina a brincadeira. E depois, o que ser?

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos corao sbio.

Oh, graas! Existe um sentido nisso tudo! Nossa coleo pode nos ensinar sobre ns mesmos; pode nos ajudar a encaixar nossas peas nesse grande tabuleiro; pode nos trazer sabedoria ao corao. Sim, Senhor, ensina-nos! Ensina-nos a examinar cada pea com os teus olhos.

Volta-te, Senhor! At quando? Tem compaixo dos teus servos. Sacia-nos de manh com a tua benignidade, para que cantemos de jbilo e nos alegremos todos os nossos dias.

Sim, Senhor, que nos alegremos com todas as nossas peas. Que examinemos nossa coleo de dias e nela procuremos a presena do Senhor. Ao descobrirmos, em alguma pea, nova ou antiga, uma graa, uma misericrdia, um ensino, um altar, diremos s nossas almas: o Senhor esteve aqui, e nos alegraremos nela. Nesse momento de revelao teremos alcanado um corao sbio!

Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos amos a adversidade. Aos teus servos apaream as tuas obras, e a seus filhos, a tua glria.

Quem diria, tambm os dias de aflio podem nos alegrar. Algumas peas especiais, peas de aflio, podem revelar a glria de Deus, se Ele nos revelar, na trama da coleo, onde comea a aparecer o desenho geral, as tuas obras. Descobriremos ento, no corao, o valor especial desses anos em que amos a adversidade, na construo da nossa coleo.

Seja sobre ns a graa do Senhor, nosso Deus; confirma sobre ns as obras das nossas mos, sim, confirma a obra das nossas mos.

Amm. Graa do Senhor, sobre ns, finitos e indefesos navegantes do tempo, ser deixar aos nossos filhos e netos a nossa coleo de dias; vestgios de nossa efmera agem pelo tempo. Ser graa do Senhor, tambm, levar conosco nossos tesouros imperecveis. E isso ser possvel se o Senhor carimbar a obra de nossas mos com o selo da eternidade.

Artigo publicado originalmente na seo Ponto Final da revista Ultimato n 289 (julho-agosto de 2004)
Rubem Amorese presbtero emrito na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Braslia. Foi professor na Faculdade Teolgica Batista por vinte anos e consultor legislativo no Senado Federal. autor de, entre outros, Fbrica de Missionriose Ponto Final.Acompanhe seu blog pessoal: ultimato.com.br/sites/amorese.

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