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Opinio 3pp3w

Melvin Banks tinha um sonho 3h6py

Traduo: Sara Tironi

Seu nome pode no ser familiar para quem de fora do ramo das editoras crists, mas poucos impactaram tanto a igreja quanto Melvin E. Banks, o fundador e presidente do Urban Ministries Inc. (UMI). Em 2 de maio, em Colorado Springs, na Conferncia de Liderana anual da Evangelical Christian Publishers Association (EA), Banks foi agraciado com o prmio Kenneth N. Taylor Lifetime Achievement por mais de 50 anos de excelncia, inovao, integridade e compromisso em fazer a mensagem de Cristo o mais amplamente conhecida.

Inspirado por Osias 4:6 em que Deus diz Meu povo est destrudo pela falta de conhecimento, ele fundou a UMI em 1970 com o intuito de criar uma editora crist afro-americana que serviria unicamente a esse pblico. Hoje, a UMI cresce como a maior mdia e provedora de contedo crist afro-americana, servindo a mais de 50.000 igrejas com programas de ensino, livros, revistas, estudos bblicos, vdeos, recursos didticos e mais.
Banks foi reconhecido com o ttulo de doutor honoris causa por sua alma mater, a Wheaton College, onde serviu como conselheiro por muitos anos. Ele tambm foi homenageado como aluno do ano do Moody Bible Institute e tem sido reconhecido por suas conquistas por muitos outros, inclusive pela History Maker Foundation. Sua utilizao inovadora de vdeos na escola bblica de frias tem sido largamente reproduzida e seu trabalho levou muitas empresas a se tornarem mais ticas e racialmente diversas, graas ao alcance e contedo de seus esforos editoriais.

Theon Hill, professor assistente de comunicao na Wheaton College, sentou-se com Banks na sede da UMI para aprender mais sobre sua viso pioneira.

Qual era seu conhecimento de editorao e mdia antes da UMI?

Eu possua muito pouca experincia em editorao antes de meu trabalho com a UMI. No colegial, eu trabalhava no jornal da escola. Durante minha transio do Moody [Bible Institute] para a Wheaton [College], eu comecei a sonhar com uma revista que seria inclusiva para pessoas negras.

A essa altura, eu fui convidado a trabalhar na Scripture Press Publishers, uma das editoras crists daquela poca. Eu resisti inicialmente porque eu no via nenhuma conexo entre o que a Scripture Press era, uma empresa branca localizada onde para mim estavam os Boondocks (subrbio branco), e eu, estabelecido na cidade onde estavam todas as pessoas negras. Mas eventualmente Deus colocou em meu corao que aceitasse a oferta. Esse cargo me introduziu no mercado editorial. Durante minha agem por l, eu aprendi que voc pode usar tinta sobre papel e duplic-lo como forma de produzir grandes quantidades de contedo que podem ser ento distribudos s massas.

Por que importante para pessoas negras verem pessoas que se parecem com elas nos materiais bblicos?

Quando eu me tornei adulto, toda a literatura da escola bblica dominical era produzida por pessoas brancas e toda a redao era feita a partir da perspectiva branca. Todos os personagens bblicos eram retratados como brancos. Comecei a me dar conta de que o material, tal como publicado, no era pertinente. Ele no falava da cultura vivida por afro-americanos e sobre como era seu culto. Isso acendeu meu desejo de produzir um material que fosse mais relevante para o contexto afro-americano.

O centro geogrfico das Escrituras estendia-se do norte da frica para o extremo sul da Europa; ainda assim, a literatura bblica naquela poca apresentava personagens com caractersticas do norte da Europa, de modo que buscamos oferecer representaes bblicas mais precisas.

Quais desafios voc enfrentou quando comeou a UMI?

Naquela poca, Dr. Martin Luther King Jr. estava trabalhando para conquistar direitos civis para afro-americanos. Existia essa atitude de que ns da comunidade negra precisvamos fazer algo para impulsionar esse plano.

Ao mesmo tempo, havia essa noo sendo inculcada de que afro-americanos necessitavam tomar iniciativa, tomar o poder. Essas perspectivas dominaram a Amrica negra durante os anos da dcada de 1960. A necessidade de igualdade e justia social por um lado, e a necessidade de controle e poder afrocntrico por outro. Assim que a UMI comeou, enfrentamos a dificuldade de equilibrar essas perspectivas nos materiais que produzamos.

Que apoio vocs receberam de outras editoras crists?

Curiosamente, um dos meus primeiros contatos no viu a necessidade de produzir material que fosse contextualizado. Na busca por apoio financeiro, um colega me disse Bem ns j estamos tentando integrar [os negros em] nossos materiais e isso tudo que vocs realmente precisam. Colocar algumas pessoas negras em nossos materiais ser satisfatrio.

Felizmente, eu estava trabalhando para a Scripture Press e em um dado momento eles contrataram Jim Lemon, que entendia de nichos de mercado, ento ele me ajudou a comunicar o mrito da minha ideia liderana, de forma que a Scripture Press me auxiliou no incio. Alm disso, outras organizaes como Zondervan e Tyndale House deram e para essa aspirao.

No obstante, e apesar dessa ajuda, ns ainda no possumos os recursos financeiros necessrios. Quando comeamos a publicar, ns tnhamos apenas cerca de 30% do que realmente precisvamos financeiramente. Ns comeamos com f na resposta das pessoas a quem estvamos servindo e com a confiana de que se Deus estivesse nisso, Ele faria acontecer de um jeito ou de outro. Por causa de nossa situao financeira, tivemos muitas experincias difceis para aprender antes de atingirmos um ponto de equilbrio.

O que distingue os materiais produzidos pela UMI?

Um dos grandes dficits que eu vejo entre jovens afro-americanos a falta de autoestima, uma falta de apreo por quem eles so. Eles gostam de abrir um livro e ver pessoas que se parecem com eles. Enquanto estamos ensinando a Bblia, estamos tambm afirmando-os enquanto seres humanos e dizendo a eles que se aceitem como so. Isso se mostrou efetivo em ajudar uma gerao inteira de jovens a aprenderem quem so em Cristo e a aceitarem Jesus Cristo como seu Salvador.

Ns tambm reconhecemos que muitos de nossos jovens no tem conhecimento e irao por nossa histria. Ento, ns priorizamos imagens de inventores, doutores e advogados em nossos materiais. Ns estendemos os horizontes de muitos de nossos jovens para que eles percebam que eles podem alcanar tanto quanto as outras pessoas.

Como a comunidade negra recebeu a UMI?

As pessoas ficaram muito gratas que algum finalmente estava fazendo algo a respeito dessa enorme necessidade. Entretanto, ns descobrimos ncleos de resistncia nossa prtica de no retratar Jesus como sendo branco. Em um certo momento, claro, ns os conquistamos e hoje h muito pouco questionamento em relao a fazer esse tipo de coisa.

Para alm disso, ns enfrentamos batalhas quando desafiamos abordagens tradicionais para ensinar o contedo bblico. Pessoas desenvolveram hbitos os quais no queriam renunciar. Por exemplo, nossa incluso de filmes no programa da escola bblica de frias requereu de ns que convencssemos as igrejas do potencial educativo de filmes nesse contexto, e que realizssemos treinamentos para uma incorporao bem sucedida dessa prtica. Abordagens inovadoras de educao teolgica se tornaram uma marca definitiva do compromisso da UMI com a comunidade negra. Do uso de recursos contextualizados a mdia digital, esses esforos tem fortalecido uma pedagogia na qual as igrejas confiam para compartilhar o evangelho de Jesus Cristo.

Como a igreja negra se modificou desde o incio da UMI?

Esta uma boa pergunta. Dois progressos iniciais me vm mente: a evoluo do papel do pastor e a natureza do engajamento da igreja com questes raciais. Historicamente, o pastor servia como autoridade final em todas as decises. No entanto, cada vez mais, pessoas tem se tornado mais informadas e comeado a questionar o papel absoluto do pastor. Elas comearam a procurar uma liderana mais sensvel s pessoas nos bancos das igrejas.

Em segundo lugar, congregaes negras e brancas tm experimentados uma crescente vontade de dialogar sobre as causas das barreiras raciais ainda existentes. Apesar de termos ocupado o mesmo espao por centenas de anos, a distncia social persiste entre negros e brancos, especialmente na igreja.

Quais so as suas iniciativas mais recentes?

Ns buscamos encorajar pessoas a usarem os talentos que receberam de Deus para impactarem sua vida cotidiana. Uma das iniciativas que ns tomamos nos ltimos anos foi ajudar pessoas a entenderem a relao entre f e vocao para que possam usar suas habilidades em seu local de trabalho. Isso, claro, produzir grandes avanos econmicos. Como todos sabem, a necessidade hoje um desenvolvimento econmico que permita que as pessoas se sustentem e ajudem sua comunidade.

Como voc entende o reaparecimento de tenses raciais?

Se ns tivssemos uma boa resposta, essa pergunta provavelmente no seria feita. A realidade que existe uma questo sobre o que leva esses problemas a existirem hoje. Quando eu ouo as discusses de hoje, como se as pessoas assumissem que toda essa violncia sobreveio de repente comunidade afro-americana; e que tudo que precisamos fazer encontrar o que a desencadeou, e enviar um nmero suficientes de pessoas para a estancar. Essa parece ser a atitude de muitos polticos. Mas eu estou entre aqueles que no pensam que to simples assim, e a UMI pode ajudar a ensinar sobre a complexidade dessas questes.

A violncia em lugares como Chicago origina-se de um longo processo de privao que precisa ser exposto. Isso inclui, claro, ter uma famlia estruturada que ajudaria na transmisso de valores. Isso inclui lidar com desigualdades em termos de moradia, educao, trabalho, discriminao, e vrias outras questes. A ausncia de igualdade nessas reas tem trazido grande quantidade de frustrao.

Eu deveria incluir o encarceramento injusto de muitos de nossos jovens. Eles so presos e saem sem recursos, sem ter para onde ir, sem comida, e alguns recorrem violncia como forma de sobreviverem. Se fssemos combater esses problemas que tm perdurado historicamente, ento ns precisaramos atacar as causas da violncia que toma espao. A menos que estejamos dispostos a lidar com essas fontes subjacentes, nenhum exrcito do mundo resolver o problema.

O que te d esperana de progresso na questo racial nas prximas dcadas?

A UMI comeou durante um perodo de fortes tenses raciais em nossa nao. Martin Luther King Jr., Malcom X e Medgar Evers tinham sido assassinados. Enquanto ns continuamos a lidar com alguns dos mesmo problemas hoje, eu encontro esperana no fato de que as pessoas que antes achavam esse tema irrelevante esto se engajando em questes raciais hoje. Deus acordou seu povo para a centralidade da igualdade, da justia e do amor mensagem do evangelho. Quando eu vejo igrejas [que estavam] anteriormente em discordncia se juntando a ns para colocar em pauta as desigualdades contemporneas na comunidade local; e testemunho pregadores promovendo perspectivas bblicas sobre justia racial em suas congregaes, eu encontro esperana para o futuro.

Nota:
Entrevista por Theon Hill, 22 de junho de 2017, disponvel
aqui.

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