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17 de outubro de 2011
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Mais de 300 jovens sero assassinados no RN at 2013 2e4z62
(Jornal De Fato) Mais de 300 jovens que tm entre 12 e 18 anos devero ser assassinados nas trs principais cidades do Rio Grande do Norte at 2013. Os nmeros so de uma pesquisa feita pelo Governo Federal em 266 cidades brasileiras. No RN, Natal, Mossor e Parnamirim esto em situao preocupante. A pesquisa revela tambm o perfil das vtimas: menino e pobre, moreno, que provavelmente ser morto por arma de fogo. No RN, o risco de esse jovem morrer vtima de tiros quase o dobro da mdia nacional.
O estudo, nomeado Programa de Reduo da Violncia Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), foi feito pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, juntamente com outras entidades que desenvolvem trabalhos de pesquisa e combate violncia infanto-juvenil no Brasil. As trs cidades potiguares surgem na pesquisa porque tm mais de 100 mil habitantes e apontam ndices elevados de risco. Os levantamentos foram feitos com base nas mortes ocorridas entre 2005 e 2007, prevendo que o ritmo nesse binio poder se repetir no perodo 2009-2013.
Nessa perspectiva, a capital potiguar aparece na pior situao entre as trs norte-rio-grandenses. O ndice de mortes entre 12 e 18 anos da primeira cidade do Estado de 2,01, que representa a morte de aproximadamente 240 jovens entre os anos de 2009 e 2013. Em segundo lugar surge Parnamirim, com um ndice de 1,38, representando aproximadamente 35 assassinatos. Em terceiro vem Mossor, com um ndice de 0,71, que representa a morte de 25 adolescentes. Em termos proporcionais (avaliando mortes e nmero de jovens), Parnamirim ter a maior perda e Mossor a segunda.
Juntando as trs maiores cidades potiguares, o estudo mostra que aproximadamente 300 jovens sero assassinados entre os anos de 2009 e 2013. Vale salientar que o nmero de mortes na faixa etria que compreende dos 12 aos 18 anos pode significar uma perda bem maior para o Estado. Essas trs cidades citadas na pesquisa, juntas, correspondem a aproximadamente 40% do nmero de habitantes em solo potiguar. Os outros 60% so representados por 164 cidades. A previso, de acordo com o estudo, refere-se ao quadro verificado entre 2005/2007, podendo mudar para mais ou menos.
Segundo os autores do PRVL, das trs cidades potiguares, a nica que est em "situao inaceitvel" Parnamirim, cujo ndice de risco superior a um (1,3). Mossor, por exemplo, est abaixo de um (0,7), mas se aproxima do que considerado grande risco. O ndice de Homicdios na Adolescncia (IHA) atingiu uma mdia nacional de 2,67, mostrando que Natal, apesar de se encontrar em situao "inaceitvel", est melhor do que a maioria das cidades brasileiras. Em 35% dos municpios brasileiros, o IHA foi inferior a um, 16% obtiveram valores superiores a trs e 12% alcanaram a mdia acima de cinco.
Perfil das vtimas: meninos morenos
O Programa de Reduo da Violncia Letal (PRVL) traz uma anlise, mostrando quais as situaes que os jovens tm maior vulnerabilidade de serem assassinados. A anlise traz uma situao que j vem sendo apresentada em vrios outros estudos. Esto mais prximos da morte meninos de cor morena, com pouca idade.A pesquisa mostra que a possibilidade de um jovem ser assassinado, comparando-se com uma menina, 12 vezes maior, isso na mdia nacional.
Em apenas dez das 266 cidades que foram pesquisadas entre 2007 e 2007, o risco das adolescentes foi maior que o dos meninos. Apesar da preciso dos nmeros, os pesquisadores ressaltam que algumas dessas situaes no tm preciso total - os dados podem estar incorretos ou no representam a real situao.
Quando se avalia os riscos a partir da cor, a pesquisa mostra a necessidade de investir em aes voltadas para os negros.O risco de um adolescente negro ser vtima de homicdio 3,7 vezes maior em comparao com os brancos. Para o conjunto de municpios observados, alguns apresentaram valores bastante extremos, como Macei (AL), onde o risco foi aproximadamente 53 vezes mais alto para os negros em relao aos brancos.Em 79% dos municpios, o risco maior para os negros.
J no quesito faixa etria os jovens entre 12 e 18 anos, alvo da pesquisa, esto em situao mais confortvel.O risco na faixa dos 19 a 24 anos mais de duas vezes superior (2,16) ao dos adolescentes, atingindo o valor mximo entre todas as faixas. J o risco de um adolescente ser morto 33 vezes maior ao de uma criana.
O risco continua alto, embora um pouco menor (1,7), na faixa entre 25 e 29 anos, experimentando uma queda progressiva a partir dos 30 anos. De fato, a partir dos 30, o risco j a a ser inferior ao observado na fase da adolescncia.Para a faixa de 19 a 24 anos, mais de 90% dos municpios revelaram maior perigo para jovens que adolescentes.
De maneira sintetizada, o perfil dos aproximadamente 32 mil jovens que sero assassinados no Brasil : sexo masculino; idade entre 25 e 29 anos; negro; e provavelmente ser assassinado com arma de fogo.
Estudo busca fazer alerta para evitar as mortes
Em 2008, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, o Observatrio de Favelas e o Unicef firmaram uma parceria, em cooperao com o Laboratrio de Anlise da Violncia da Universidade do Estado do RJ (UERJ), para a implementao do Programa de Reduo da Violncia Letal (PRVL).
O objetivo promover a articulao e a mobilizao social para o tema, alm de criar mecanismos de monitoramento dos ndices de violncia contra adolescentes nas 11 regies mais vulnerveis do Brasil.
De acordo com os autores, o PRVL parte da estratgia adotada pelo Programa de Proteo a Crianas e Adolescentes Ameaados de Morte (PPCAAM), implementado desde 2003 pela Secretaria de Direitos Humanos. O programa tem como uma de suas prioridades o fomento pesquisa, "pois considera que a compreenso do fenmeno da letalidade essencial para dar maior visibilidade ao tema e conduzir formulao de uma poltica nacional para a reduo das mortes violentas de crianas e adolescentes, tendo a poltica de proteo a pessoas ameaadas como um de seus eixos", justificam os autores no PRVL.
O ndice de Homicdios na Adolescncia (IHA), que calcula o nmero de adolescentes de 12 anos que so assassinados antes de completar os 19 anos, permite a estimativa de mortes violentas ao longo de um perodo de sete anos (2007-2013).
Na ltima edio do IHA, divulgada em julho de 2010, foram apresentados os dados atualizados para 2007 e a srie histrica do ndice entre os anos de 2005 e 2007, prevendo que deve haver mudanas nas cidades pesquisadas ou os nmeros tendero a se repetir.
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O estudo, nomeado Programa de Reduo da Violncia Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), foi feito pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, juntamente com outras entidades que desenvolvem trabalhos de pesquisa e combate violncia infanto-juvenil no Brasil. As trs cidades potiguares surgem na pesquisa porque tm mais de 100 mil habitantes e apontam ndices elevados de risco. Os levantamentos foram feitos com base nas mortes ocorridas entre 2005 e 2007, prevendo que o ritmo nesse binio poder se repetir no perodo 2009-2013.
Nessa perspectiva, a capital potiguar aparece na pior situao entre as trs norte-rio-grandenses. O ndice de mortes entre 12 e 18 anos da primeira cidade do Estado de 2,01, que representa a morte de aproximadamente 240 jovens entre os anos de 2009 e 2013. Em segundo lugar surge Parnamirim, com um ndice de 1,38, representando aproximadamente 35 assassinatos. Em terceiro vem Mossor, com um ndice de 0,71, que representa a morte de 25 adolescentes. Em termos proporcionais (avaliando mortes e nmero de jovens), Parnamirim ter a maior perda e Mossor a segunda.
Juntando as trs maiores cidades potiguares, o estudo mostra que aproximadamente 300 jovens sero assassinados entre os anos de 2009 e 2013. Vale salientar que o nmero de mortes na faixa etria que compreende dos 12 aos 18 anos pode significar uma perda bem maior para o Estado. Essas trs cidades citadas na pesquisa, juntas, correspondem a aproximadamente 40% do nmero de habitantes em solo potiguar. Os outros 60% so representados por 164 cidades. A previso, de acordo com o estudo, refere-se ao quadro verificado entre 2005/2007, podendo mudar para mais ou menos.
Segundo os autores do PRVL, das trs cidades potiguares, a nica que est em "situao inaceitvel" Parnamirim, cujo ndice de risco superior a um (1,3). Mossor, por exemplo, est abaixo de um (0,7), mas se aproxima do que considerado grande risco. O ndice de Homicdios na Adolescncia (IHA) atingiu uma mdia nacional de 2,67, mostrando que Natal, apesar de se encontrar em situao "inaceitvel", est melhor do que a maioria das cidades brasileiras. Em 35% dos municpios brasileiros, o IHA foi inferior a um, 16% obtiveram valores superiores a trs e 12% alcanaram a mdia acima de cinco.
Perfil das vtimas: meninos morenos
O Programa de Reduo da Violncia Letal (PRVL) traz uma anlise, mostrando quais as situaes que os jovens tm maior vulnerabilidade de serem assassinados. A anlise traz uma situao que j vem sendo apresentada em vrios outros estudos. Esto mais prximos da morte meninos de cor morena, com pouca idade.A pesquisa mostra que a possibilidade de um jovem ser assassinado, comparando-se com uma menina, 12 vezes maior, isso na mdia nacional.
Em apenas dez das 266 cidades que foram pesquisadas entre 2007 e 2007, o risco das adolescentes foi maior que o dos meninos. Apesar da preciso dos nmeros, os pesquisadores ressaltam que algumas dessas situaes no tm preciso total - os dados podem estar incorretos ou no representam a real situao.
Quando se avalia os riscos a partir da cor, a pesquisa mostra a necessidade de investir em aes voltadas para os negros.O risco de um adolescente negro ser vtima de homicdio 3,7 vezes maior em comparao com os brancos. Para o conjunto de municpios observados, alguns apresentaram valores bastante extremos, como Macei (AL), onde o risco foi aproximadamente 53 vezes mais alto para os negros em relao aos brancos.Em 79% dos municpios, o risco maior para os negros.
J no quesito faixa etria os jovens entre 12 e 18 anos, alvo da pesquisa, esto em situao mais confortvel.O risco na faixa dos 19 a 24 anos mais de duas vezes superior (2,16) ao dos adolescentes, atingindo o valor mximo entre todas as faixas. J o risco de um adolescente ser morto 33 vezes maior ao de uma criana.
O risco continua alto, embora um pouco menor (1,7), na faixa entre 25 e 29 anos, experimentando uma queda progressiva a partir dos 30 anos. De fato, a partir dos 30, o risco j a a ser inferior ao observado na fase da adolescncia.Para a faixa de 19 a 24 anos, mais de 90% dos municpios revelaram maior perigo para jovens que adolescentes.
De maneira sintetizada, o perfil dos aproximadamente 32 mil jovens que sero assassinados no Brasil : sexo masculino; idade entre 25 e 29 anos; negro; e provavelmente ser assassinado com arma de fogo.
Estudo busca fazer alerta para evitar as mortes
Em 2008, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, o Observatrio de Favelas e o Unicef firmaram uma parceria, em cooperao com o Laboratrio de Anlise da Violncia da Universidade do Estado do RJ (UERJ), para a implementao do Programa de Reduo da Violncia Letal (PRVL).
O objetivo promover a articulao e a mobilizao social para o tema, alm de criar mecanismos de monitoramento dos ndices de violncia contra adolescentes nas 11 regies mais vulnerveis do Brasil.
De acordo com os autores, o PRVL parte da estratgia adotada pelo Programa de Proteo a Crianas e Adolescentes Ameaados de Morte (PPCAAM), implementado desde 2003 pela Secretaria de Direitos Humanos. O programa tem como uma de suas prioridades o fomento pesquisa, "pois considera que a compreenso do fenmeno da letalidade essencial para dar maior visibilidade ao tema e conduzir formulao de uma poltica nacional para a reduo das mortes violentas de crianas e adolescentes, tendo a poltica de proteo a pessoas ameaadas como um de seus eixos", justificam os autores no PRVL.
O ndice de Homicdios na Adolescncia (IHA), que calcula o nmero de adolescentes de 12 anos que so assassinados antes de completar os 19 anos, permite a estimativa de mortes violentas ao longo de um perodo de sete anos (2007-2013).
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