Justia arquiva processo contra pastor 3g5o66

(ALC) A juza Viviana Gazaniga Maia, da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, determinou o arquivamento do processo que o editor do jornal "O Tropeiro", Jlio Csar Gaffree Orviedo, de Rancho Queimado, movia contra o pastor evanglico-luterano da localidade, Ademir Kreutzfeld, acusado de prtica homofbica. O editor renunciou ao direito de queixa-crime.

O pastor telefonou para comerciantes de Angelina, localidade vizinha a Rancho Queimado, a 60 Km de Florianpolis, alertando-os a respeito da linha editorial de "O Tropeiro", que, segundo Kreutzfeld, divulgava a suposta normalidade da prtica do homossexualismo. Comerciantes de Angelina deixaram de anunciar no jornal, o que levou Orviedo a registrar queixa na delegacia local contra o pastor.

Kreutzberg disse, em entrevista ALC, que, mesmo com todos os problemas que teve, repetiria o alerta aos comerciantes de Angelina, se fosse preciso. isso que Deus e a comunidade local esperam de seus pastores. Alm disso, no estou preocupado em ser politicamente correto, porque antes importa agradar a Deus do que a homens.

O pastor sustenta que sua posio est baseada na Palavra de Deus. Eu, de mim mesmo, no posso condenar o homossexualismo. o prprio Deus que, repetidas vezes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, condena enfaticamente a prtica do homossexualismo, disse. Ainda assim, ele afirmou que a pessoa homossexual que se arrepender viver da graa de Deus.

O pastor sinodal Sigolf Greuel, do Snodo Centro Sul-Catarinense, apoiou o colega de Rancho Queimado, pediu a solidariedade da igreja e se props a dialogar com o editor de "O Tropeiro". Greuel afirmou, em carta emitida pelo Snodo, que Kreutzfeld estava sendo acusado de um crime que no cometeu.

Ele no atacou pessoas, mas no uso de seu direito constitucional de manifestar livremente o seu pensamento e no exerccio de sua liberdade de crena e de conscincia, ele no se posicionou contra uma pessoa, mas expressou a viso bblica sobre a homossexualidade, expressou. A Igreja, emendou, no pode calar quando essas liberdades individuais fundamentais so atacadas e esto ameaadas.

Kreutzfeld conhece o documento de estudo emitido pela Federao Luterana Mundial (FLM) sobre matrimnio, famlia e sexualidade humana. O documento incentiva as igrejas-membro do organismo ecumnico internacional a continar o dilogo e a consulta mtua sobre o tema por um perodo de cinco anos.

H consenso nos textos emitidos por igrejas-membro de que a sexualidade humana est reservada a duas pessoas com uma relao de compromisso exclusiva. "Contudo, a questo fundamental em que as nossas igrejas podem discordar consiste na pergunta se os propsitos ou objetivos da sexualidade humana podem ser cumpridos tambm em relaes entre pessoas do mesmo sexo ou de pessoas heterossexuais no-casadas", aponta a comisso da FLM que trabalhou o documento de estudo.

Para incentivar o dilogo entre as igrejas-membro, a comisso pede que elas levem em considerao os numerosos resultados cientficos relevantes para compreender a sexualidade humana em geral e, mais especificamente, a homossexualidade. A orientao sexual talvez no se resuma a uma escolha pessoal ou moral, mas pode estar relacionada a condicionamentos anteriores a tal opo.

O pastor de Rancho Queimado lamenta, no entanto, que a FLM no teve coragem de expor de modo claro neste documento o que a Palavra de Deus diz sobre homossexualismo, ou seja, que essa prtica pecado e antinatural. Sem apresentar os motivos, ele acha que a IECLB no vai discutir o tema nas comunidades, pelo menos, no por enquanto.

Fonte: www.alcnoticias.org