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23 de setembro de 2016
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Jogos Paraolmpicos e o desafio de incluso da Igreja 6x6o15

Mas seria esta uma maneira justa de avaliar o acolhimento de pessoas com deficincia em nossas igrejas? O que podemos aprender com os Jogos Paraolmpicos para melhorar o nosso cuidado pastoral de pessoas com deficincia?
Eu acho que bom reconhecer desde o incio que ns subestimamos seriamente as pessoas que vivem com deficincia. Podemos conhecer uma ou duas pessoas que parecem ter baixa funcionalidade e tm uma vida limitada. Talvez sejam pessoas idosas que tenham adquirido uma deficincia (ou mesmo diferentes tipos de deficincias) ao decorrer do processo de envelhecimento. Ou podem ter nascido com uma deficincia cognitiva importante e que torna difcil para elas que se expressem, sentindo-se desconfortveis em ambientes sociais.
Ento pergunto: legtimo tentar encontrar novas perspectivas a partir dos Jogos Paraolmpicos?
Acredito que sim. Quero compartilhar com vocs algumas ideias de lies que estou aprendendo enquanto assistia aos jogos do Rio e as reflexes de muitos anos de trabalho com crianas, jovens e adultos que tm experincia em primeira mo com deficincias.
1. As pessoas com deficincia tambm so pessoas com habilidades
Isto pode parecer bvio, mas h sculos temos tratado as pessoas com deficincia como se sua deficincia os definisse e, desta forma, negamos a elas as oportunidades de brilhar em reas nas quais so talentosas.
Mais recentemente, desde os anos 1980, as pessoas com deficincia tm se engajado na luta por seus direitos e pela oportunidade de desfrutar do seu lugar na sociedade.
A conveno dos direitos das pessoas com deficincia da ONU foi assinada por todos os pases da Amrica Latina. Prope direitos legais sobre as condies bsicas para cada pessoa com deficincia para que floresa, mas ainda no vimos as transformaes concretas destas situaes, embora algum progresso esteja em andamento. Ser inevitavelmente uma longa jornada que requer tenacidade e perseverana pelas pessoas que desejam se beneficiar, bem como de suas famlias e apoiadores.
Devemos ser claros sobre quem estamos descrevendo aqu. Deficincia um termo tcnico com duas dimenses importantes. Em primeiro lugar, abrange todos aqueles que tm deficincias que limitam seriamente suas oportunidades de viver como seus pares. Esta uma questo pessoal e muito particular. Em segundo lugar, o termo deficincia tem uma dimenso social na medida em que tambm se refere s barreiras que impedem as pessoas com deficincia na sociedade.
Isso inclui tudo, em todas as situaes e espaos sociais, tais como escadas ou banheiros, ou a falta de uma sinalizao adequada (escrita em letras grandes, com linguagem simples). Este componente social do significado de deficincia ainda mal compreendido por muitos e em nossas igrejas precisamos trabalhar para reconhecer isso em nossas atitudes e melhorar a nossa incluso social. Em muitas situaes, isso significa uma mudana de uma forma paternalista do cuidado para o tipo de incluso que incentiva a proatividade e a participao das prprias pessoas com deficincia.
Isto, obviamente, leva em conta as suas capacidades. Este o nivelamento para igualdade que muitas vezes ouvimos a respeito, mas raramente experimentamos.
H, evidentemente, uma linha tnue em que precisamos andar, entre dar apoio adequado e ter muito controle, mas em geral o antigo modelo mdico paternalista de deficincia agora considerado obsoleto e precisamos observar com ateno como tornar nossas igrejas verdadeiramente inclusivas.
Mas o ponto principal que quero expressar aqui de que enquanto assistimos s Paraolimpadas, estamos espantados por aquilo que as pessoas podem fazer e praticamente no pensamos em suas limitaes. Isso deve influenciar a nossa atitude na igreja. Se vemos algum com uma deficincia entrar em nossa igreja para um culto ou estudo bblico, dedicamos tempo para conhecer a pessoa e saber mais sobre sua vida? Perguntamos o que gostam de fazer, quais suas habilidades e dons?
Quando conhecemos os novos membros de nossa congregao, temos a tendncia de querer descobrir que papel podem desempenhar no corpo, na igreja. Como 1 Corntios 12 nos ensina, recebemos dons do Esprito Santo e somos parte deste corpo. Mas tambm existe uma dimenso de criatividade e dom em cada ser humano, independente de sua condio espiritual. Antes mesmo das pessoas se tornarem parte do corpo de Cristo, elas carregam reas de habilidade e seramos tolos em ignorar esta realidade.
Infelizmente esta no costuma ser a maneira como nos aproximamos daqueles que tm deficincias visveis. Sentimos pena ou preocupao e queremos demonstrar nosso cuidado, ento somos rpidos em oferecer ajuda (e muitas vezes os subestimamos), mas raramente perguntamos a eles como gostariam de nos ajudar. Dificilmente percebemos que eles tm exatamente o que nossas comunidades precisam.
Os competidores das paralimpadas apontam nossos erros. Eu nunca conseguirei nadar, praticar ciclismo ou remar como tantos deles, dedicando enorme energia e demonstrando suas emoes com lgrimas de alegria ou decepo. Claramente, em tantas situaes, eu seria uma pessoa que pediria ajuda a eles.
Isto deve nos estimular a pensar; como posso me aproximar suficientemente de algum com uma deficincia na minha congregao, afim de descobrir como eles poderiam usar seus dons e habilidades em nossa igreja?
2. As pessoas com deficincia so todas muito diferentes
Se voc como eu e est confuso com tantas categorias e habilidades das Paralimpadas, ento voc tambm est procurando entender as complexidades e diversidade de deficincias que cada um destes atletas possui. Somos todos diferentes. A Bblia enfatiza o valor de nossa singularidade e individualidade. O Salmo 139 fala sobre nosso Criador que nos conhece intimamente (vs 1-3), pois nos formou individualmente e no pela linha de produo de uma fbrica. Somos feitos de modo maravilhoso. Ele nos ama e nos fez como somos, um reflexo de sua imagem divina. Ele nosso Criador e estamos sempre em seus pensamentos.
Senhor, tu me sondas e me conheces.
Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos.
Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te so bem conhecidos.
Antes mesmo que a palavra me chegue lngua, tu j a conheces inteiramente, Senhor.
Tu me cercas, por trs e pela frente, e pes a tua mo sobre mim.
Tal conhecimento maravilhoso demais e est alm do meu alcance, to elevado que no o posso atingir.
Para onde poderia eu escapar do teu Esprito? Para onde poderia fugir da tua presena?
Se eu subir aos cus, l ests; se eu fizer a minha cama na sepultura, tambm l ests.
Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar,
mesmo ali a tua mo direita me guiar e me suster.
Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobriro, e que a luz se tornar noite ao meu redor,
verei que nem as trevas so escuras para ti. A noite brilhar como o dia, pois para ti as trevas so luz.
Tu criaste o ntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha me.
Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e irvel. Tuas obras so maravilhosas! Disso tenho plena certeza.
Meus ossos no estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu embrio; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.
Como so preciosos para mim os teus pensamentos, Deus! Como grande a soma deles!
Se eu os contasse seriam mais do que os gros de areia. Se terminasse de cont-los, eu ainda estaria contigo.
(Salmo 139)
Sob esta perspectiva, temos enorme riqueza e diversidade. O que testemunhamos nas Paralimpadas uma escala desta diversidade. mais notvel do que nas Olimpadas, que contm pessoas com deficincias menos visveis. Mas ao mesmo tempo que somos diferentes, no somos to diferentes assim. Temos braos e pernas. Caminhamos sem auxlio de aparelhos. Enxergamos e ouvimos. Geralmente as pessoas no viram a cabea para nos ver ar, pois nossas fisionomias no chamam a ateno. Esta no a realidade daqueles que participaram das Paralimpadas. Muitos usam prteses, no tm uma das mos ou tm pernas e braos de formatos diferentes. Alguns so totalmente deficientes visuais ou tem viso parcial, alguns tiveram alteraes de desenvolvimento de alguma parte do corpo. Percebemos que alguns dos competidores que geralmente usam auxlio para mobilidade, no precisam destes enquanto praticam seus esportes preferidos, como canoagem, remo, equitao. Esta diversidade infinita e nos deixa com a estranha sensao de normalidade e de que nossas vidas so pacatas, pois no temos deficincias visveis. Preciso confessar que assistir aqueles corredores em velocidade na linha de chegada com suas prteses muito mais emocionante do que assistir o corredor mais rpido que tenha suas duas pernas. O lado negativo da diferena que geralmente temos medo do desconhecido. Muitos daqueles que no tm deficincias visveis dizem que a coisa mais difcil que viveram ao encontrar algum com deficincias foi o medo. Em nossas comunidades nos esforamos para no discriminar ou excluir ningum, mas isso pode ser um desafio quando achamos que ser difcil nos aproximarmos de algum, pois temos medo de mago-los com nossas palavras ou aes.
Como devemos tratar algum que usa uma cadeira de rodas? Como ajudamos um deficiente visual a caminhar no prdio da igreja quando o visita pela primeira vez? Como nos comunicamos com algum que tem deficincia auditiva ou uma inabilidade cognitiva?1
Conforme nos familiarizamos com os desafios das deficincias durante as Paralimpadas, encontramos mais recursos para acolher as pessoas em nossas comunidades. Quando assistimos as cenas dos esportistas e escutamos suas histrias de superao, nos identificamos em nossa humanidade. Eles tambm tm esperana e sonhos que se concretizaram nestes jogos.
Como povo de Deus, temos esperana e sonhos para nossas vidas terrenas. Mas nossa maior esperana para o futuro. Sabemos que Deus enviou o Salvador, Jesus Cristo, e que Jesus nos oferece esperana e um futuro para toda a humanidade, incluindo todo aquele que sofre com algum tipo de deficincia. Como podemos ser mais eficazes em compartilhar desta esperana com aqueles que tm deficincias visveis? Precisamos promover mudanas e sair de nossa zona de conforto para abrir nossas igrejas para todos.
3. As pessoas com deficincias florescem quando tm os recursos necessrios e so tratadas com respeito
Algo que podemos ver na televiso a diversidade de recursos, prteses, adaptaes que os atletas tm o para sua melhor performance no esporte e para mobilidade. Existem diversos ajustes que no enxergamos, nos banheiros, quartos, que so to importantes quanto prteses para que possam competir. Em alguns esportes os recursos necessrios so os recursos humanos, quando vemos um deficiente visual ser guiado por algum que possui a viso preservada. O corredor muito rpido, mas teria problemas se no contasse com o apoio da viso de outra pessoa. Adaptaes e aparelhos so desenvolvimentos tecnolgicos e logsticos para as tarefas que realizamos diariamente. Temos carros e outros meios de transporte, culos para enxergar, aparelhos auditivos quando perdemos parcialmente esta capacidade, mas no percebemos sua semelhana com as prteses e cadeiras de rodas dos corredores, ciclistas e jogadores de basquete nos Jogos Paraolmpicos. Precisamos nos lembrar que estamos todos na mesma categoria e cada um merece respeito e oportunidade de disputar por uma medalha nas competies
Jesus nos lembrou da necessidade de aceitao e respeito quando se engajou repetidas vezes com os deficientes visuais ou auditivos, com aqueles que estavam paralticos. Demonstrou no apenas grande amor e cuidado, mas respeito incondicional para cada um como ser humano, no mesmo estado espiritual que cada um de ns, necessitando do toque de Deus em nossas vidas, perdo e reconciliao com o Deus de amor, incluso em uma comunidade redimida. Parte da demonstrao de carinho e respeito acontece quando nos dispomos a utilizar nossos recursos para tornar os ambientes fsicos de nossas comunidades veis de todas as maneiras. No apenas as reas comuns da comunidade, mas tambm as salas de aula, gabinete pastoral, banheiros, reas sociais e a forma com a qual desenvolvemos nossa comunicao. Todas as sinalizaes esto escritas de maneira que aqueles que tm viso parcial conseguem compreender? Existe uma alternativa para os deficientes visuais e auditivos? Como tornar a comunidade receptiva e acolhedora aos que tm deficincias cognitivas? Eles podem ser includos nos grupos de estudos bblicos? Estamos atentos ao uso de linguagem simplificada em nossas conversas com eles? Dedicamos tempo para visitar suas casas, conhecer seus familiares e descobrir suas necessidades? um grande equvoco pensar que estas pessoas no possuem necessidades espirituais e no tm recursos para responder f crist. Eles podem ter dificudlades de ouvir e raciocinar, mas seus coraes esto abertos ao Esprito de Deus e sua f pode nos surpreender e ser um exemplo para muitos.
O apstolo Paulo nos lembra de que aqueles que so descritos pelo mundo como fracos, humildes e desprezados, Deus quer usar em Sua misso no mundo. Nossas prioridades podem nos levar a pensar que os mais rpidos, intelectualmente brilhantes ou mais bonitos podem ser aqueles que consideramos mais, porm Deus tem uma outra maneira de valorizar pessoas. Leia 1 Corntios 1.26-31.
Podemos elogiar os atletas paraolmpicos por suas proezas. Eles merecem nossa irao. No entanto, na jornada espiritual, Deus tem um corao para todos os que se sentem fracos ou no se sentem dignos. Ele acolhe a todos que se aproximam com corao sincero e humilde.
4. Pessoas com deficincias muitas vezes nos mostram a profundidade que nos falta
O sofrimento produz perseverana e maturidade que precisamos para viver. (Tiago 1.2-5). Como a Bblia nos fala neste texto: a prova da f produz perseverana. As provaes existem de vrias maneiras, mas produzem este resultado. Podemos no gostar das provaes e, de fato, seria doentio procurar por elas, mas inevitvel que na vida encontraremos algum tipo de sofrimento. A maneira com a qual enfrentamos e como crescemos em f como consequncia disto o que nos marca. Pessoas com deficincias aprenderam com estas dificuldades que encontraram.
Todos ns enfrentamos dificuldades em algum momento de nossas vidas. Podemos perder gente prxima da famlia ou amigos em uma morte precoce ou repentina. Podemos ser tmidos e achar que difcil fazer amigos, ento nos tornamos socialmente isolados. Podemos ter dificuldade em encontrar emprego ou nossas nicas oportunidades podem ser aquelas que no realizam nossos sonhos. Podemos sofrer bullying na escola e nos sentirmos excludos e indesejados. Podemos adoecer e ar longos perodos da vida em hospitais ou sozinhos em casa. Podemos permanecer solteiros e sem filhos. Podemos ar por uma vida de pobreza e no ter recursos para comprar comida, no ter abrigo ou o sade. A amplitude de possibilidades de perdas e sofrimento infinita, pode ser fsica, emocional, social ou espiritual. Podemos sofrer com os efeitos de causas naturais como terremotos, enchentes ou at mesmo violncia, corrupo e m gesto.
Muitos destes exemplos que dei acima so comuns para aqueles que vivem com deficincia. A maioria tem algum tipo de dor fsica ou emocional que afeta suas vidas desde os primeiros dias. Muitos tambm tm de enfrentar a perda, quando sofre abandono ou a morte de um ente querido. Muitos esto socialmente isolados, pois no podem sair de casa facilmente, muitos no vo se casar ou ter um trabalho gratificante.
Todos estes sofrimentos e tantos outros, resultam na construo de pessoas que so frequentemente vistas como resilientes, perseverantes e positivas. Ao assistir aos jogos, podemos ver essas caractersticas gravadas nos rostos dos atletas.
A fora necessria para aprender a andar com prteses a mesma fora que os faz levantar da cama para treinar diariamente, a atitude positiva de continuar, a experincia do fracasso seguida de um sucesso que os faz recomear aps cada queda, determinados a acertar da prxima vez. A maioria de ns tm medo da dor, no gostaramos de experimentar anos de fracasso. Buscamos o sucesso imediato. No temos um objetivo claro e facilmente desistimos.
Mas em Hebreus 12.1-2 lemos que tambm ns, uma vez que estamos rodeados por to grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverana a corrida que nos proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa f. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, ou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se direita do trono de Deus.
Ter uma deficincia no significa que voc pode ir aos Jogos Paraolmpicos. No quero dar a impresso de que estas pessoas esto imunes s lutas ou que todos que tem deficicncias sero bem sucedidos em qualquer coisa que fizerem. Claramente alguns tm facilidade com esportes e outros podem brilhar em outras reas da vida.
Mas me pergunto se no devemos ter um olhar novo para estas pessoas e suas realizaes e fazer uma auto-reflexo: estamos preparados para ir to longe? Como cristos, somos chamados a perseverar, mostrar amor e dedicao e cultivar esperana para o futuro. Jesus nos deu palavras de encorajamento e consolo para momentos de sofrimento (ele nos promete paz em Joo 14:27, por exemplo) e temos tantos exemplos que nos mostram o caminho, como Pedro, Estevo, Paulo e Timteo.
Assim como os esportistas de hoje, os primeiros cristos estavam preparados para deixar tudo de lado e ganhar o prmio, terminar a corrida era o grande objetivo. Todas as outras coisas, mesmo que legtimas, eram consideradas secundrias. Sacrificaram seu conforto muitas vezes para vencer a corrida. Estamos dispostos a sacrificar nossas vidas para Deus quando necessrio? Para Sua honra e Glria?
5. O Zika um desafio atual para a Igreja
Enquanto assistimos competidores levantando peso e jogando tnis de mesa, pense que em vinte anos podemos ter membros das delegaes paraolmpicas formados por bebs hoje afetados pelo Zika. Nem todos com deficincias praticaro esportes, outros fatores formam um atleta paraolmpico, mas alguns deles podem se dedicar ao esporte.
O mais importante para ns da igreja que todos estes bebs sejam amados, aceitos, respeitados e cuidados em suas necessidades nos anos que viro, para que cresam e se desenvolvam dentro das possibilidades na comunidade da f.
Quando lemos sobre as dificuldades de suas famlias, muitas mes sendo abandonadas por seus maridos conforme as dificuldades se instalam, somos movidos a orar e agir. Nossas oraes precisam estar combinadas com aes, planos precisam ser desenvolvidos agora para que estas crianas sejam acolhidas pela igreja. Precisam estar includas na comunidade da f desde os primeiros anos de vida para ouvir a respeito do Deus que as criou, que as ama e oferece salvao, que fala a elas de maneira especial, com dignidade e valor, feitas imagem e semelhana de Deus. Precisam adentrar na intimidade com Jesus que ir ajud-las a lidar com suas dores e dilemas, que os encorajar a serem homens e mulheres discpulos de Jesus.
Podemos fazer a diferena ao amar as pessoas com deficiencia, com respeito e dignidade, ajudando-as a florescer em seus sonhos e esperana. Podemos promover os cuidados e adaptaes, para que elas no sejam desestimuladas ou menosprezadas, mas para que possam brilhar. Juntos podemos ser o corpo de Cristo interdependente e acolhedor a todos, com ou sem deficincias. Todos somos acolhidos no Reino de Deus quando professamos nosso amor por Jesus, nosso Senhor e Salvador. Jesus Cristo mantm as portas abertas e nos convida gentilmente a entrar.
Brenda Darke missionria da LatinLink. Nasceu na Inglaterra, tem graduao em educao especial pela Universidade de Southhampton. Trabalhou vrios anos com crianas deficientes e ainda trabalha no Centro Regional Viva, onde visa providenciar solues para as crianas em risco. Tambm professora do seminrio ESEPA, na Costa Rica. Mora com seu esposo Ian em So Jos, Costa Rica, e me de Catherine e Christopher.
Nota:
1. Para algumas ideias sobre estas questes veja o meu livro publicado em portugus pela Editora Hagnos Deficiente: o desafio da incluso na igreja.
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Quem leva a Bblia a srio obriga-se a levar tambm a srio a justia social
A Igreja Autntica
A microcefalia e a fora da vida na fraqueza
Foto: www.rio2016.com
Traduo: Karen Bomilcar
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