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13 de maro de 2008
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Filho de alcoolista precisa de auxlio 1ri3q
(ENVOLVERDE) Traos fbicos, insegurana e dificuldade de assumir sua prpria identidade, separada das identidades paternas. Essas so algumas das conseqncias na psique do adolescente filho de pai alcolico. Porm, preciso que as equipes psicolgica e mdica ajudem o jovem a construir conotaes positivas, principalmente a partir do potencial criativo desenvolvido para ar as adversidades.
As concluses so da psicloga Eliana Villar, que defendeu sua tese de doutorado no departamento de psicologia da Universidade de Braslia (UnB). A pesquisadora avaliou o sofrimento psquico de seis jovens, trs meninas e trs meninos, todos filhos de pais alcolicos que freqentavam o atendimento pblico para drogadio (Alcolicos Annimos).
A pesquisa foi qualitativa, combinando entrevistas e grupos focais, fruto do prprio trabalho da autora que h 14 anos atua auxiliando alcoolistas. Inicialmente, selecionei 187 filhos de alcolicos, mas acabei optando pela metodologia qualitativa, justamente para melhor entender essa viso to prxima do adolescente sobre seu pai e sua vida, diz.
Segundo Eliana, os jovens, com idades que variavam entre 12 e 17 anos, apresentaram traos comuns em suas falas, denotando grande sofrimento psquico. Eles tinham muito medo do futuro e eram inseguros, qualidades comuns na dinmica familiar do alcoolista pautada pelo ciclo da bebida. E, de certa forma, eles assumem a culpa pela condio dos pais, explica.
Como a responsabilidade imposta muito grande, Eliana explica que o adolescente acaba tendo dificuldades no processo de individuao conceito da Psicologia que delimita o momento no qual o jovem se separa da identidade dos pais para assumir e experimentar sua prpria personalidade. Eles esto sempre cuidando da famlia, buscando manter a ordem do ambiente privado e acabam no prestando ateno em si mesmos, diz a pesquisadora, lembrando que na adolescncia fundamental que o jovem possa exercer sua independncia e tarefas prprias do crescimento. O que acontece que eles acabam parentalizados, ou seja, assumindo a responsabilidade de criarem os prprios pais, complementa.
Eliana pontua que no caso dos meninos o problema ainda mais grave, pois muitas vezes eles acabam assumindo o papel de substitutos maritais, ou seja, assumindo a posio do pai (como esposo e chefe de famlia), responsveis por proteger a me. Esta por sua vez aparece idealizada tanto para os meninos, quanto para as meninas. Elas so heronas por serem vtimas; representam um cone herico de sofrimento. E no so questionadas pela dependncia do pai ou manuteno do casamento, explica.
Diferenas
Embora o medo do futuro e a insegurana no presente pautem a vida dos filhos de alcolicos, os meninos e meninas entrevistados assumiram algumas caractersticas particulares, ligadas majoritariamente questo de gnero e papis sociais. Os meninos, embora refutem o alcoolismo do pai, acabam muitas vezes por repeti-lo. Eles vem no lcool o smbolo de masculinidade e virilidade. Percebi at que eles reproduzem o pai na prpria linguagem sexual e corporal, avalia.
Nas meninas, embora permanea uma grande aflio de se envolverem afetivamente com outras pessoas, no futuro, elas acabam escolhendo parceiros e relacionamentos similarmente abusivos. E, como os entrevistados eram de classes com rendimentos menores, estavam permanentemente expostos violncia urbana e abusos sexuais.
Reinveno
Embora o sofrimento psquico dos filhos de pais alcolicos seja grande, Eliana pontua que eles muitas vezes desenvolvem grande potencial criativo para lidar com as adversidades. Foi o caso de um dos jovens que via no Rap uma forma de extravasar seus sentimentos e trabalhar sua relao com seu pai. Cabe ao psiclogo identificar esse potencial criativo e incentiv-lo, reitera.
Para ela, fundamental trabalhar para que os jovens no se sintam culpados pela condio de alcoolistas dos pais, mas que tambm no os culpem excessivamente pelas bebedeiras, diz, lembrando que no prprio sistema de sade, o alcolico ainda no visto como doente e sim como um beberro. Os jovens no gostam do ambiente hospitalar que normalmente tem pouca ou nenhuma estrutura para lidar com a questo, complementa.
No Brasil, menos de 5% dos alcoolistas tm atendimento na rede pblica hospitalar e so poucos os hospitais que tm psiquiatras ou psiclogos no Pronto-Socorro espao para onde normalmente so encaminhados, por estarem envolvidos em acidentes ou comas alcolicos. preciso uma organizao de rede, unindo a famlia, a escola e o atendimento hospitalar no trabalho tanto deste jovem, quanto de seus pais, conclui.
Fonte: www.envolverde.ig.com.br
As concluses so da psicloga Eliana Villar, que defendeu sua tese de doutorado no departamento de psicologia da Universidade de Braslia (UnB). A pesquisadora avaliou o sofrimento psquico de seis jovens, trs meninas e trs meninos, todos filhos de pais alcolicos que freqentavam o atendimento pblico para drogadio (Alcolicos Annimos).
A pesquisa foi qualitativa, combinando entrevistas e grupos focais, fruto do prprio trabalho da autora que h 14 anos atua auxiliando alcoolistas. Inicialmente, selecionei 187 filhos de alcolicos, mas acabei optando pela metodologia qualitativa, justamente para melhor entender essa viso to prxima do adolescente sobre seu pai e sua vida, diz.
Segundo Eliana, os jovens, com idades que variavam entre 12 e 17 anos, apresentaram traos comuns em suas falas, denotando grande sofrimento psquico. Eles tinham muito medo do futuro e eram inseguros, qualidades comuns na dinmica familiar do alcoolista pautada pelo ciclo da bebida. E, de certa forma, eles assumem a culpa pela condio dos pais, explica.
Como a responsabilidade imposta muito grande, Eliana explica que o adolescente acaba tendo dificuldades no processo de individuao conceito da Psicologia que delimita o momento no qual o jovem se separa da identidade dos pais para assumir e experimentar sua prpria personalidade. Eles esto sempre cuidando da famlia, buscando manter a ordem do ambiente privado e acabam no prestando ateno em si mesmos, diz a pesquisadora, lembrando que na adolescncia fundamental que o jovem possa exercer sua independncia e tarefas prprias do crescimento. O que acontece que eles acabam parentalizados, ou seja, assumindo a responsabilidade de criarem os prprios pais, complementa.
Eliana pontua que no caso dos meninos o problema ainda mais grave, pois muitas vezes eles acabam assumindo o papel de substitutos maritais, ou seja, assumindo a posio do pai (como esposo e chefe de famlia), responsveis por proteger a me. Esta por sua vez aparece idealizada tanto para os meninos, quanto para as meninas. Elas so heronas por serem vtimas; representam um cone herico de sofrimento. E no so questionadas pela dependncia do pai ou manuteno do casamento, explica.
Diferenas
Embora o medo do futuro e a insegurana no presente pautem a vida dos filhos de alcolicos, os meninos e meninas entrevistados assumiram algumas caractersticas particulares, ligadas majoritariamente questo de gnero e papis sociais. Os meninos, embora refutem o alcoolismo do pai, acabam muitas vezes por repeti-lo. Eles vem no lcool o smbolo de masculinidade e virilidade. Percebi at que eles reproduzem o pai na prpria linguagem sexual e corporal, avalia.
Nas meninas, embora permanea uma grande aflio de se envolverem afetivamente com outras pessoas, no futuro, elas acabam escolhendo parceiros e relacionamentos similarmente abusivos. E, como os entrevistados eram de classes com rendimentos menores, estavam permanentemente expostos violncia urbana e abusos sexuais.
Reinveno
Embora o sofrimento psquico dos filhos de pais alcolicos seja grande, Eliana pontua que eles muitas vezes desenvolvem grande potencial criativo para lidar com as adversidades. Foi o caso de um dos jovens que via no Rap uma forma de extravasar seus sentimentos e trabalhar sua relao com seu pai. Cabe ao psiclogo identificar esse potencial criativo e incentiv-lo, reitera.
Para ela, fundamental trabalhar para que os jovens no se sintam culpados pela condio de alcoolistas dos pais, mas que tambm no os culpem excessivamente pelas bebedeiras, diz, lembrando que no prprio sistema de sade, o alcolico ainda no visto como doente e sim como um beberro. Os jovens no gostam do ambiente hospitalar que normalmente tem pouca ou nenhuma estrutura para lidar com a questo, complementa.
No Brasil, menos de 5% dos alcoolistas tm atendimento na rede pblica hospitalar e so poucos os hospitais que tm psiquiatras ou psiclogos no Pronto-Socorro espao para onde normalmente so encaminhados, por estarem envolvidos em acidentes ou comas alcolicos. preciso uma organizao de rede, unindo a famlia, a escola e o atendimento hospitalar no trabalho tanto deste jovem, quanto de seus pais, conclui.
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