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25 de novembro de 2013
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F, emoes e imaginao 6d1165
C. S. Lewis foi um dos mais influentes pensadores do cristianismo moderno. 50 anos aps sua morte, Ricardo Barbosa discorre sobre uma das consequncias positivas da obra de Lewis: a valorizao da imaginao na vivncia da f crist. Este artigo foi publicado na atual edio da revista Ultimato, e estava aos s. A partir de agora, est disponvel a todos os leitores do portal Ultimato.
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F, emoes e imaginao: 50 anos sem C. S. Lewis
Um dos escritores que mais influenciaram o cristianismo no sculo 20 no foi um telogo, nem um pastor ou missionrio, no ocupou grandes plpitos, no viajou pelo mundo afora pregando em grandes catedrais. Foi um professor universitrio de literatura, tmido e que, at a sua converso, aos 31 anos, fora um ateu convicto. Clive Staples Lewis (18981963), conhecido como C. S. Lewis, tornou-se um dos maiores pensadores do cristianismo moderno.
Uma pesquisa realizada h alguns anos entre os leitores da revista americana Christianity Today mostrou que, depois da Bblia, o livro que mais influenciou suas vidas foi Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis. Uma das razes para a influncia contnua dos seus livros entre os cristos, na minha opinio, a forma como ele relaciona a razo com a emoo e a imaginao na experincia da f.
Para Lewis, se a razo era o meio natural para se compreender a verdade, a imaginao era o meio que dava o seu significado. A melhor forma de dar significado a conceitos ou palavras estabelecer uma imagem clara para nos conectar com a verdade. Ele acreditava que a aceitao das coisas como elas se apresentam ao nosso intelecto revela uma fraqueza e um empobrecimento da compreenso da realidade.
Esse tema retratado em Surpreendido pela Alegria, no qual ele narra sua experincia de converso e descreve o crescente conflito entre a razo e a imaginao em sua formao: Assim, tal era o estado da minha vida imaginativa; em contraste com ela, erguia-se a vida do intelecto. Os dois hemisfrios da minha mente formavam acutssimo contraste. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um racionalismo volvel e raso. Praticamente tudo o que eu amava, cria ser imaginrio; praticamente tudo o que eu cria ser real, julgava desagradvel e inexpressivo. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um racionalismo volvel e raso. Foi sua impressionante capacidade de reconhecer o valor de ambos que contribuiu para a riqueza de sua obra.
Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, ao falar sobre a relao entre a f e as emoes, ele aborda o tema criando o seguinte cenrio: Um homem tem provas concretas de que aquela moa bonita uma mentirosa, no sabe guardar segredos e, portanto, algum em quem no se deve confiar. Entretanto, no momento em que se v a ss com ela, sua mente perde a f no conhecimento que possui e ele pensa: Quem sabe desta vez ela seja diferente, e mais uma vez faz papel de bobo com ela, contando-lhe segredos que deveria guardar para si. Seus sentidos e emoes destruram-lhe a f em algo que ele sabia ser verdadeiro.
O problema da f no est na razo como meio para se compreender a verdade, mas na forma como respondemos a essa verdade emocionalmente. Para que a f seja consistente, ela precisa conectar a razo com as emoes, e isso se faz por meio da imaginao. Ele reconhece que no a razo que me faz perder a f: pelo contrrio, minha f baseada na razo A batalha se d entre a f e a razo, de um lado, e as emoes e a imaginao, de outro.
A f como expresso lgica da razo atrofia a alma num cristianismo rido. Contudo, a f como expresso de sentimentos e emoes envolve a alma numa espcie de balo, levado por qualquer vento, para qualquer lugar. O uso da imaginao integra a razo com os sentimentos e oferece f um significado real, para um mundo real.

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F, emoes e imaginao: 50 anos sem C. S. Lewis

Uma pesquisa realizada h alguns anos entre os leitores da revista americana Christianity Today mostrou que, depois da Bblia, o livro que mais influenciou suas vidas foi Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis. Uma das razes para a influncia contnua dos seus livros entre os cristos, na minha opinio, a forma como ele relaciona a razo com a emoo e a imaginao na experincia da f.
Para Lewis, se a razo era o meio natural para se compreender a verdade, a imaginao era o meio que dava o seu significado. A melhor forma de dar significado a conceitos ou palavras estabelecer uma imagem clara para nos conectar com a verdade. Ele acreditava que a aceitao das coisas como elas se apresentam ao nosso intelecto revela uma fraqueza e um empobrecimento da compreenso da realidade.
Esse tema retratado em Surpreendido pela Alegria, no qual ele narra sua experincia de converso e descreve o crescente conflito entre a razo e a imaginao em sua formao: Assim, tal era o estado da minha vida imaginativa; em contraste com ela, erguia-se a vida do intelecto. Os dois hemisfrios da minha mente formavam acutssimo contraste. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um racionalismo volvel e raso. Praticamente tudo o que eu amava, cria ser imaginrio; praticamente tudo o que eu cria ser real, julgava desagradvel e inexpressivo. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um racionalismo volvel e raso. Foi sua impressionante capacidade de reconhecer o valor de ambos que contribuiu para a riqueza de sua obra.
Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, ao falar sobre a relao entre a f e as emoes, ele aborda o tema criando o seguinte cenrio: Um homem tem provas concretas de que aquela moa bonita uma mentirosa, no sabe guardar segredos e, portanto, algum em quem no se deve confiar. Entretanto, no momento em que se v a ss com ela, sua mente perde a f no conhecimento que possui e ele pensa: Quem sabe desta vez ela seja diferente, e mais uma vez faz papel de bobo com ela, contando-lhe segredos que deveria guardar para si. Seus sentidos e emoes destruram-lhe a f em algo que ele sabia ser verdadeiro.
O problema da f no est na razo como meio para se compreender a verdade, mas na forma como respondemos a essa verdade emocionalmente. Para que a f seja consistente, ela precisa conectar a razo com as emoes, e isso se faz por meio da imaginao. Ele reconhece que no a razo que me faz perder a f: pelo contrrio, minha f baseada na razo A batalha se d entre a f e a razo, de um lado, e as emoes e a imaginao, de outro.
A f como expresso lgica da razo atrofia a alma num cristianismo rido. Contudo, a f como expresso de sentimentos e emoes envolve a alma numa espcie de balo, levado por qualquer vento, para qualquer lugar. O uso da imaginao integra a razo com os sentimentos e oferece f um significado real, para um mundo real.

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Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristo de Estudos, em Braslia (DF). colunista da revista Ultimato e autor de A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja,Pensamentos Transformados, Emoes Redimidas eO Caminho do Corao.
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