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Opinio 3pp3w

Converses, perverses e reconverses 6w3y3y

Rodrigo de Lima Ferreira

O que converso? Segundo os estudiosos em teologia sistemtica, especialmente os que se dedicam ao estudo da soteriologia (a parte da teologia que estuda a questo da salvao), a converso um evento nico na vida de uma pessoa, distinguindo-se da santificao, que um processo que leva toda a vida. A converso um impacto que faz o sujeito mudar sua rota por meio do arrependimento e da f. Bom, foi isso que estudei lendo Berkhof (para a tristeza dos liberais), apesar de no ter concordado com tudo o que esse telogo escreveu (para a tristeza dos fundamentalistas).

Converso, portanto, um processo individual, nunca coletivo. Mas, atravs dela, o cristo chamado a viver uma vida coletiva (a igreja), abandonando seu individualismo. Cada converso nica, assim como nica a histria de vida de cada um.

Alguns, porm, se cansam do caminho da converso e se pervertem; ou seja, partem para o arrependimento (do arrependimento anterior) e para a incredulidade. Alguns retornam (o que telogos chamam de reconverso), outros no, apostatando publicamente da f um dia professada. (Richard Dawkins , talvez, o apstata mais conhecido da atualidade.)

Mas, o que dizer das instituies eclesisticas, que muitos chamam de igrejas, contudo eu prefiro cham-las de instituies ou denominaes ou ainda, segundo Howard Snyder em Vinho novo, odres novos, entidades paraeclesisticas? Ser que, por carregarem pessoas crists so, automaticamente, crists?

Penso que as instituies esto em sria crise de identidade. Apesar de nominalmente carregarem o nome do Crucificado, na prtica muitas se esmeram em posicionamentos que mais se aproximam da turma de Ans e Caifs. Temos paulatinamente nos distanciado da simplicidade e objetividade do Senhor, que ensinava copiarmos os modelos das crianas e das donas de casa que acham moedas perdidas (e que tinha menos problemas com a pecaminosidade explcita de uma mulher moralmente torta que com a ecaminosidade recolhida dos religiosamente retos). Em vez disso, temos tentado emular o grande templo com seus paramentos, seus pensamentos nicos e suas muitas e inmeras regras. Tivemos a Inquisio no ramo catlico do cristianismo, assim como a Bblia nos mostra a Inquisio judaica contra Jesus e os primeiros cristos. Infelizmente temos pequenas inquisies veladas no seio protestante.

Alis, no sei por que temos ainda esse nome. O protestantismo, de fato, nunca foi implantado aqui em toda a sua plenitude. O que veio foi uma diluio estadunidense do j diludo protestantismo que lhes foi ensinado da Europa, juntamente com usos e costumes que perduram at hoje. Muitos no usam batina, mas o terno e a gravata cumprem a mesma funo. Mas contra o qu mesmo protestamos? Contra a corrupo na poltica, especialmente lembrando dos panetones de Braslia? E a corrupo de nossa poltica interna, sem panetones, mas com muitos manjares do rei? Ser que temos protestado contra procedimentos escusos de gente de fora que se diz pertencer ao rebanho de Deus, quando muitos dos nossos tm apresentado os mesmos procedimentos? Por que ser que o que o outro faz condenvel, enquanto que o que um dos nossos faz palatvel?

Entendo que o pecado uma mcula individual. Porm tambm entendo que existe o pecado estrutural; ou seja, as estruturas, por serem feitas por gente pecadora, tambm padecem desse mal que desumaniza a criao de Deus. Entre outras consequncias, o pecado estrutural estimula pastores a abandonarem suas vocaes, transformando-se em meros gerentes, pois assim o mercado demanda. O pecado estrutural tambm metamorfoseia o crente, fazendo-o um cliente exigente e choro.

Enfim, hora de converso, ou reconverso. No espero que as instituies se convertam. Mas espero que as pessoas de dentro dessas estruturas, incluindo a eu e voc, persigam o modelo de Jesus, to desgastado em nosso tempo mercantilista, vil e apstata.


Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO. revdigao.wordpress.com

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Casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, autor de "Princpios Esquecidos" (Editora AGBooks).
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