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02 de maio de 2018
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Como pagar o preo da evoluo tecnolgica 6a213u
Por Mauricio Zgari
A tecnologia faz parte da vida humana desde os primrdios. A primeira meno bblica ao uso de algum tipo de recurso tecnolgico est em Gnesis 3.7, quando Ado e Eva recorrem a um objeto rudimentar no explicitado a fim de costurar folhas de figueira para cobrir sua nudez. De l para c, ainda em Gnesis, vimos o ser humano recorrer tecnologia para construir embarcaes (6.14), desenvolver prticas agrcolas (8.22), erguer obras de engenharia (11.1-8), forjar armas de guerra (10.8), elaborar ferramentas de caa (10.9), tecer tendas para habitao (13.5), extrair minerais do solo (13.2) e realizar muitas outras atividades que contriburam para fazer de ns, hoje, aquilo que gostamos de chamar de civilizados.
A evoluo tecnolgica, no entanto, cobra seu preo. Se as revolues industrial, cientfica e ciberntica nos abenoaram com a internet, smartphones, antibiticos e nibus espaciais, tambm nos condenaram a conviver com ogivas nucleares, poluio atmosfrica, alimentos cancergenos e hackers. Essa dicotomia revela um aspecto importante de toda e qualquer inovao tecnolgica: ela pode ser benfica ou malfica, dependendo de como utilizada.
Naturalmente, a percepo de que a tecnologia pode proporcionar vantagens levou sua incorporao na atividade que costuma consumir a maior parte do nosso tempo: o trabalho. Tais vantagens, diga-se, so inegveis e irrevogveis: a tecnologia acelera a produo, melhora a qualidade dos produtos, reduz custos e facilita a vida das pessoas.
Porm, a tecnologia que abenoa tambm desemprega. Para que tantos caixas de banco se podemos ter terminais de autoatendimento que no fazem greve nem tiram licena-maternidade? Para que tantos agricultores se podemos ter uma colheitadeira que no fica doente e faz o trabalho de cinquenta homens? Para que tantos operrios se os robs do conta do recado com preciso milimtrica sem reduzir a produo por conta do cansao?
O relatrio O futuro dos empregos, publicado em 2017 pelo Frum Econmico Mundial (WEF), previu o fim de 7,1 milhes de postos de trabalho em todo o mundo, at 2020, em decorrncia do processo conhecido como quarta revoluo industrial de desenvolvimento de robtica, inteligncia artificial, impresso em 3D, biotecnologia, computao em nuvem e afins.
Diante dessa realidade, pode parecer que a tecnologia o inimigo. Porm, os estudos mostram que o real vilo outro: a falta de especializao profissional. Os experts do WEF estimam que dois teros das perdas ocorram em reas que exigem menos qualificao profissional, como setores istrativos, cargos de escritrio e nas indstrias de transformao, construo e extrao.
Tanto a tecnologia no o inimigo que os especialistas apontam uma crescente demanda por profissionais qualificados, devido criao de 2 milhes de novos postos, at 2020, para trabalhadores de reas como computao, matemtica, gesto e engenharia. Se as novas tecnologias levam racionalizao de processos, o que reduz a necessidade de mo de obra, elas tambm geram a criao de produtos, servios e empresas a fim de atender as novas demandas. Basta ver o automvel, que desempregou condutores de charretes, mas abriu vagas de emprego em montadoras, e a internet mvel, que provocou demisses nas operadoras de telefonia fixa, mas empregou uma legio de profissionais na at ento inexistente carreira de desenvolvedores de aplicativos para smartphones.
Portanto, se as mquinas tm tomado o espao das pessoas majoritariamente nas reas que exigem menor especializao, a soluo no repudiar a tecnologia, mas investir na qualificao profissional.
Torna-se, necessria, assim, a reflexo: o que ns, cristos, podemos fazer nesse sentido? Qual o nosso papel nessa equao enquanto igrejas, ministrios, organizaes e indivduos? Como podemos amar o prximo, contribuindo para a sua qualificao, de modo a no deixar que ele seja engolido pela desejvel e benfica evoluo tecnolgica? A problemtica est a, resta-nos buscar as respostas certas e bblicas.

A evoluo tecnolgica, no entanto, cobra seu preo. Se as revolues industrial, cientfica e ciberntica nos abenoaram com a internet, smartphones, antibiticos e nibus espaciais, tambm nos condenaram a conviver com ogivas nucleares, poluio atmosfrica, alimentos cancergenos e hackers. Essa dicotomia revela um aspecto importante de toda e qualquer inovao tecnolgica: ela pode ser benfica ou malfica, dependendo de como utilizada.
Naturalmente, a percepo de que a tecnologia pode proporcionar vantagens levou sua incorporao na atividade que costuma consumir a maior parte do nosso tempo: o trabalho. Tais vantagens, diga-se, so inegveis e irrevogveis: a tecnologia acelera a produo, melhora a qualidade dos produtos, reduz custos e facilita a vida das pessoas.
Porm, a tecnologia que abenoa tambm desemprega. Para que tantos caixas de banco se podemos ter terminais de autoatendimento que no fazem greve nem tiram licena-maternidade? Para que tantos agricultores se podemos ter uma colheitadeira que no fica doente e faz o trabalho de cinquenta homens? Para que tantos operrios se os robs do conta do recado com preciso milimtrica sem reduzir a produo por conta do cansao?
O relatrio O futuro dos empregos, publicado em 2017 pelo Frum Econmico Mundial (WEF), previu o fim de 7,1 milhes de postos de trabalho em todo o mundo, at 2020, em decorrncia do processo conhecido como quarta revoluo industrial de desenvolvimento de robtica, inteligncia artificial, impresso em 3D, biotecnologia, computao em nuvem e afins.
Diante dessa realidade, pode parecer que a tecnologia o inimigo. Porm, os estudos mostram que o real vilo outro: a falta de especializao profissional. Os experts do WEF estimam que dois teros das perdas ocorram em reas que exigem menos qualificao profissional, como setores istrativos, cargos de escritrio e nas indstrias de transformao, construo e extrao.
Tanto a tecnologia no o inimigo que os especialistas apontam uma crescente demanda por profissionais qualificados, devido criao de 2 milhes de novos postos, at 2020, para trabalhadores de reas como computao, matemtica, gesto e engenharia. Se as novas tecnologias levam racionalizao de processos, o que reduz a necessidade de mo de obra, elas tambm geram a criao de produtos, servios e empresas a fim de atender as novas demandas. Basta ver o automvel, que desempregou condutores de charretes, mas abriu vagas de emprego em montadoras, e a internet mvel, que provocou demisses nas operadoras de telefonia fixa, mas empregou uma legio de profissionais na at ento inexistente carreira de desenvolvedores de aplicativos para smartphones.
Portanto, se as mquinas tm tomado o espao das pessoas majoritariamente nas reas que exigem menor especializao, a soluo no repudiar a tecnologia, mas investir na qualificao profissional.
Torna-se, necessria, assim, a reflexo: o que ns, cristos, podemos fazer nesse sentido? Qual o nosso papel nessa equao enquanto igrejas, ministrios, organizaes e indivduos? Como podemos amar o prximo, contribuindo para a sua qualificao, de modo a no deixar que ele seja engolido pela desejvel e benfica evoluo tecnolgica? A problemtica est a, resta-nos buscar as respostas certas e bblicas.
- Maurcio Zgari telogo, editor da Editora Mundo Cristo, autor de nove livros publicados, comentarista bblico e jornalista.
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