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Como no transformar pedras em pes 2i84

Manda que esta pedra se transforme em po (Lc 4.3)

Tente sentir o ambiente do deserto pedregoso, o terreno acidentado, o vento seco, a solido. Agora veja Jesus. No o ocidental de muitas igrejas, mas o Jesus do Oriente Mdio, moreno, com nariz semita, mais ou menos trinta anos de idade, sem nada de excepcional ou de belo. Depois de quarenta dias de andanas, jejuns e tentaes; bebendo em rios, meditando e orando. A roupa suja, a barba desfeita (Jesus no um executivo ocidental do sculo 21! um carpinteiro palestino do primeiro sculo, virando mestre religioso hertico.)

Imagine Jesus sentado numa rocha. Um close em seu rosto revela o drama. Nesses quarenta dias, ele tem sido assolado por todo tipo de tentao. Todas as outras opes de vida se desfilaram em sua mente. A batalha foi dura, mas o pior ainda o espera. A batalha fsica tambm chega ao seu auge; aps quarenta dias a fome volta, a inanio comea, o corpo esgota suas reservas. a hora de terminar o jejum; a sade recomenda e a tradio tambm. Ento, o diabo vem primeiro com uma sugesto bvia. Como ela se apresenta? Talvez assim: Jesus est sentado, pensando. Olha para uma pedra sem v-la, como fazemos quando estamos absortos em meditao. De repente, seus olhos focalizam e ele realmente v a pedra. Seria to fcil transform-la em po! E por que no? Que vontade de pegar a pedra e...

O que Jesus via se transformava em sugesto. essa transformao que constitui o substrato da afirmao de que o diabo lhe disse.... Certamente no devemos imaginar alguma apario diablica ou coisa semelhante. A sutileza da tentao que ela vem pelas vias normais da existncia cotidiana. A tentao se apresenta como uma possibilidade natural. O diabo disse a interpretao teolgica do acontecido. Talvez, quando veio a ideia da possibilidade de transformar a pedra em po, Jesus no tenha chegado logo constatao da sua origem diablica.

Para os cristos, a afirmao bblica de que Jesus no pecou muitas vezes leva a uma compreenso artificial de sua santidade, de modo que a sua humanidade se perde. Dificilmente conseguimos imaginar um Jesus que tenha sido realmente tentado. Ora, as tentaes de Jesus so reais e ferozes. Alis, os momentos mais fortes de tentao esto nos dois extremos: ou quando j abrimos a porta e preparamos a nossa queda, ou quando estamos mais prximos de Deus, mais empenhados em sua busca. Por isso, temos de entender que Jesus podia cair, e que sentia uma tremenda vontade de cair, de aproveitar aquela oportunidade que o seu ambiente lhe oferecia. Precisamos humanizar a nossa imagem de Cristo; caso contrrio, nosso cristianismo no nos servir.

importante entendermos que o diabo procura tentar Jesus no nvel da sua obedincia ao Pai, no no nvel da sua conscincia de ser o filho. No est dizendo: Ser que voc filho de Deus mesmo? Duvido!. Est dizendo: J que voc filho de Deus e tem todo esse poder, o que voc vai fazer como filho de Deus">O incmodo da tentao

Imagem: Homem de Dores, de William Dyce, 1860
Autor de "Religio e Poltica, sim; Igreja e Estado, no" e "Nem Monge, Nem Executivo - Jesus: um modelo de espiritualidade invertida", ambos pela Editora Ultimato; e "Neemias, Um Profissional a Servio do Reino" e "Quem Perde, Ganha", pela ABU Editora, Paul Freston, ingls naturalizado brasileiro, doutor em sociologia pela UNICAMP. professor do programa de ps-graduao em cincias sociais na Universidade Federal de So Carlos e, desde 2003, professor catedrtico de sociologia no Calvin College, nos Estados Unidos. colunista da revista Ultimato.
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