Opinio 3pp3w
28 de maro de 2018
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Ame o idoso 3qt3u
Por Augusto Gotardelo
Completo hoje (2 de outubro de 1987) setenta e cinco anos. Segundo Moiss, Salmo 90.10, estou no rol dos robustos. Poucos atingem o cume a que chego. Fazem-me bem estes versos de Alberto de Oliveira: Poucos vingam o cimo em que ora estamos:/ rvores altas no nos tocam os ramos/ O sopro mau que a embaixo os agita./ Bendita e rebendita/ A idade austera e nobre a que chegamos! Tudo aqui em cima paz, calma, infinita.../ Bendita e rebendita/ Seja a velhice, de paixes isenta!.
Vejo-me no alto de um monte, tenho os olhos perdidos na campina percorrida, o corao banhado de luz para reconhecer com ao de graas todos os favores de Deus.
Fala o autor do Salmo 126 da volta jubilosa daqueles que traz em feixes nos braos depois de uma semeadura com lgrimas. Parece - me ver algum sob a luz suave do acaso, em cnticos, feliz, abraado a feixes de trigo, no retorno ao lar, ansioso por encontrar-se dentro dele, no gozo da mansuetude que o envolve. No tem o longevo a terna sensao de volta ao lar de Deus, de segurar molhos imensos que colheu no trigal da esperana, do sonho de realizaes que o Senhor o abenoou? Nesses instantes de luz frouxa, de cansao, de pressa pelo repouso da noite que se avizinha, todos gostam de dirigir a Jesus o pedido que lhe fizeram o peregrino de Emas na hora meritria de um crepsculo de perpetua recordao: Fica conosco, porque tarde e o dia j declina (Lucas, 24.29).
>>Fui Moo, Agora Sou Velho... E Da? <<
Vou sentindo o que experimentaram todos que chegam a estas alturas. Diante do espelho, atentando para as marcas do tempo nos cabelos, nos dentes, na pele, no brilho dos olhos, esboa-se me no esprito certa autorrejeio em completa desarmonia com a resignao crist, com a humildade que deve haver nos que tm a beno da ancienidade. Preciso refletir que at a natureza apresenta contrastes, perdas desgastes clamorosos. O sol tem majestade e gloria no znite; depois no poente, a suavidade do rosicler da aurora.
A longevidade tem alto preo. Digam - no os octogenrios e os nonagenrios, principalmente os que vivem nos asilos, nas clnicas geritricas, longe do carinho domstico, da ternura dos parentes. Solido, impresso de que so inteis, deficincias fsicas e insegurana so alguns dos males que afligem os ancios. Felizes os velhos que tm f abundante, que esperam no Senhor, que podem dizer como Davi: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, no temerei mal nenhum, porque Tu ests comigo, a Tua vara e o Teu escudo me consolam (Salmo 23:4).
No h solido para o velho crente. Se fonte rica de conselhos, de experincias valiosas, nunca intil. No realiza certas obras de puercia, da juventude, mas pode construir algo nobre no corao e na mente daqueles que o cercam.
Mais importante que o basto em que se firma, do que as mos que o amparam, o bordo da f e da esperana em Cristo.
>> Preciso Saber Envelhecer <<
A velhice deve ser o coroamento da existncia humana. Gosto da palavra de Jac a Fara quando este lhe perguntou: Quantos so os dias dos anos de sua vida" />

Vejo-me no alto de um monte, tenho os olhos perdidos na campina percorrida, o corao banhado de luz para reconhecer com ao de graas todos os favores de Deus.
Fala o autor do Salmo 126 da volta jubilosa daqueles que traz em feixes nos braos depois de uma semeadura com lgrimas. Parece - me ver algum sob a luz suave do acaso, em cnticos, feliz, abraado a feixes de trigo, no retorno ao lar, ansioso por encontrar-se dentro dele, no gozo da mansuetude que o envolve. No tem o longevo a terna sensao de volta ao lar de Deus, de segurar molhos imensos que colheu no trigal da esperana, do sonho de realizaes que o Senhor o abenoou? Nesses instantes de luz frouxa, de cansao, de pressa pelo repouso da noite que se avizinha, todos gostam de dirigir a Jesus o pedido que lhe fizeram o peregrino de Emas na hora meritria de um crepsculo de perpetua recordao: Fica conosco, porque tarde e o dia j declina (Lucas, 24.29).
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Vou sentindo o que experimentaram todos que chegam a estas alturas. Diante do espelho, atentando para as marcas do tempo nos cabelos, nos dentes, na pele, no brilho dos olhos, esboa-se me no esprito certa autorrejeio em completa desarmonia com a resignao crist, com a humildade que deve haver nos que tm a beno da ancienidade. Preciso refletir que at a natureza apresenta contrastes, perdas desgastes clamorosos. O sol tem majestade e gloria no znite; depois no poente, a suavidade do rosicler da aurora.
A longevidade tem alto preo. Digam - no os octogenrios e os nonagenrios, principalmente os que vivem nos asilos, nas clnicas geritricas, longe do carinho domstico, da ternura dos parentes. Solido, impresso de que so inteis, deficincias fsicas e insegurana so alguns dos males que afligem os ancios. Felizes os velhos que tm f abundante, que esperam no Senhor, que podem dizer como Davi: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, no temerei mal nenhum, porque Tu ests comigo, a Tua vara e o Teu escudo me consolam (Salmo 23:4).
No h solido para o velho crente. Se fonte rica de conselhos, de experincias valiosas, nunca intil. No realiza certas obras de puercia, da juventude, mas pode construir algo nobre no corao e na mente daqueles que o cercam.
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