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A tica daqueles que so “do Caminho” 6t6a1k

Por Davi Daniel de Oliveira
possvel pensarmos em termos de uma tica crist sem apelarmos para avaliaes simplistas do tipo pode ou no pode fazer isso ou aquilo? No mundo plural e ps-moderno que vivemos, paradoxalmente, o clamor por pessoas com uma conduta socialmente tica exigida nas mais diversas facetas da vida. As ramificaes so vrias: tica empresarial, tica mdica, tica social... E se incluirmos o conceito de moral essa reflexo, as possibilidades ficam ainda maiores, pois tica e moral so usadas de maneira plenamente intercambivel no senso comum. Contudo, a rigor, h uma diferena entre os termos e adotaremos moral como a conduta dos seres humanos propriamente dita e a tica como a reflexo filosfica sobre essas condutas.
O fato que buscar meios para se regular a ao entre os homens sempre foi uma preocupao presente nas sociedades. Do Cdigo de Hamurabi da Antiga Mesopotmia, aos Dez Mandamentos retratado no livro do xodo, chegando moderna Declarao Universal dos Direitos Humanos; preceitos, comandos, normas de conduta, e proibies sempre foram pautas de reflexo. Toda a sociedade, por mais primitiva que seja, tm suas leis morais e por elas so pautadas.
tica, como objeto de reflexo das condutas da humanidade, talvez tenha ganhado cores mais vvidas a partir do pensamento dos grandes filsofos clssicos. Scrates, Plato, Aristteles, Kant, os estoicos, os cnicos, os epicureus, cada um sua maneira e com sua abordagem, pensaram tica dentro de termos racionalistas e cognitivos. Poderamos adicionar So Toms de Aquino e Santo Agostinho como os grandes proponentes da tica crist fundamentada em Aristteles e Agostinho, respectivamente.
A tica no mundo bblico: histria e relacionamento
Ao mudarmos o foco de nossa ateno para o que se usualmente se categoriza como tica crist, consideremos que o que buscaremos propor diferente das reflexes filosficas, pois ela pautada na revelao e no na racionalidade e cognio. Contudo, temos de considerar que tanto no Antigo Testamento (AT) quanto no Novo Testamento (NT), temos heranas desse pensamento filosfico, tanto de raiz deontolgica-socrtica (i.e.: fazer algo porque o certo e o que se deve fazer) quanto de raiz teleolgica-aristotlica (i.e.: fazer algo tendo por considerao seu fim).
Uma reflexo sobre a Lei tica dos Dez Mandamentos salutar na nossa construo. no contexto de quando Jeov separa um povo maltrapilho para Si, o salva das crueldades do Fara e o conduz ao longo de uma jornada pelo deserto que ele estabelece suas normas de conduta: Eu sou o Senhor, o Teu Deus, que te tirou do Egito, da terra de escravido (xodo 20:2). Tudo o que estaria por vir dependia dessa afirmao e dela no se dissociaria de nenhuma maneira. A tica no mundo bblico, portanto, uma tica que nunca dissociada do contexto e histria do povo de Deus. Consideremos ns, leitores posteriores dos textos fundantes da f, que a Bblia nos ensina tica atravs de histrias. E embora a tentao de encontrar respostas fceis e textos-prova nas Escrituras para legislarmos sobre o que se deve ou no fazer seja grande, nos parece que a Bblia, por ser um livro essencialmente de histrias, busca nos ensinar tica de uma forma muito mais relacional e encarnada do que cognitiva.

No somente Deus nos ensina tica atravs de histrias, mas tambm devemos considerar que conhecimento no mundo bblico, sobretudo no AT, no tem a ver com racionalidade e cognio, mas com relacionamento. O chamado para se conhecer a Deus um chamado para com Ele se relacionar, andar com Ele segundo seus os, guardar Seus conselhos e observar sua palavra. Os inmeros exemplos de personagens que caminharam com Deus (Gnesis 5.22; I Reis 3.14; II Reis 22.2) nos apontam para um paradigma relacional de homens e mulheres de Deus cuja ao no mundo era refletida a partir dos conselhos divinos.
Considerando esses dois aspectos, histria e relacionamento, gostaramos de propor uma tica menos cognitiva e racional, fundamentada na jornada peregrina do cristo, a tica do Caminho.
A tica do Caminho
Nas ameaas de Saulo ao grupo de seguidores de Jesus que emergiam com fora na regio de Jerusalm, avisos foram dados s sinagogas de Damasco: caso encontrassem ali homens e mulheres que pertencessem a seita do Caminho, deveriam ser presos (Atos 9.1-2). Ser do Caminho parece ser uma das nomenclaturas mais antigas dos seguidores de Jesus dentro da Igreja Primitiva, mais antigo que meramente cristos.
Muito mais que uma escolha meramente potica, ser do caminho, implica nos identificarmos com Jesus naquilo que ele fez, em como ele andou. Sou f daquele timo clssico livreto Em seus os o que faria Jesus? de Charles Sheldon, contudo, a segurana do Evangelho est em saber o que Jesus fez. A jornada crist mimtica, um convite imitao (Efsios 5.1). S conseguimos imitar quem vemos, nos relacionamos, andamos juntos.
justamente no contexto do cumprimento da profecia de Isaas que Israel seria renovado onde Jesus forma, envolta de si, o ncleo dessa que seria a nao renovada (Lucas 22.30) na figura dos 12 discpulos. Jesus teria que prepar-los para os desafios que viriam e poderia ter feito isso de vrias formas, numa sala de aula por exemplo, mas o Mestre escolheu simplesmente caminhar com seus discpulos, estar com eles. Nas palavras de Bartholomew e Goheen1, no caminho que se aprende a respeito da vida no reino. Estar com Jesus significa observ-lo e vir a conhecer seu modo de vida, a comunho ntima com o Pai e moldar sua prpria vida de acordo com a vida dEle, capacitada pelo Esprito.
a caminhada com Jesus que molda a vida redimida. Essa caminhada, contudo, tortuosa, cheia de buracos e perigos volta. As verdades do Evangelho so eternas, sim, mas a jornada de cada pessoa nica e carrega uma histria particular. No h respostas fceis para os dilemas da vida, mas confiamos que o Senhor nos sustenta. O quo mais prximos do caminho de Cristo, mais ele revela nossa conscincia o quanto precisamos ser moldados por Ele. Voc quer saber se est andando de acordo com a verdade do Evangelho? Compare sua vida com a de Cristo.
Canes antigas geralmente falam ao meu corao. Quando criana vi minha saudosa me, por diversas vezes e ocasies, com olhos marejados, escutar uma cano que retrata, de forma simples, porm poderosa, o poder transformador da jornada com Cristo e como o caminho nos molda. Na poca no entendia muito, mas hoje impossvel no emocionar-me com Pe. Zezinho em O Povo de Deus.
O povo de Deus no deserto andava / Mas sua frente Algum caminhava
O povo de Deus era rico de nada / S tinha a esperana e o p da estrada

Tambm sou Teu povo, Senhor, E estou nessa estrada
Somente a Tua graa me basta e mais nada!

O povo de Deus tambm vacilava / s vezes custava a crer no amor
O povo de Deus, chorando, rezava / Pedia perdo e recomeava

Tambm sou Teu povo, Senhor, e estou nessa estrada
Perdoa se, s vezes, no creio em mais nada!

O povo de Deus tambm teve fome / E Tu lhe mandaste o po l do cu
O povo de Deus, cantando, deu graas / Provou Teu amor, Teu amor que no a

Tambm sou Teu povo, Senhor, E estou nessa estrada
Tu s alimento na longa jornada!

O povo de Deus ao longe avistou / A terra querida que o amor preparou
O povo de Deus corria e cantava / E nos seus louvores, Teu poder proclamava

Tambm sou Teu povo, Senhor
E estou nessa estrada
Cada dia mais perto da terra esperada!

Senhor, seja nosso Destino e nossa Jornada. Amm.
  • Davi Daniel de Oliveira membro da Igreja Batista Maranata, em So Jos dos Campos, casado com Raquel e pai do Daniel e Benjamim. mestre teologia (M.Div) pelo Seminrio Teolgico Servo de Cristo e licenciado em Filosofia pelo Centro Universitrio Claretiano.

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