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Opinio 3pp3w

Transformao das Tormentas em Boa Esperana 1o6u6h

Estou satisfeito com as marcas imputadas no corao pela participao no 3 Congresso Mundial de Evangelizao. Os pequenos contratempos aqui e acol no so nada, comparados riqueza espiritual, missiolgica, antropolgica e existencial adquiridas na viagem e presena em Lausanne 3 - Cape Town 2010.

H cerca de 2700 navios afundados na regio antes chamada de Cabo das Tormentas. Era o pavor dos marinheiros medievais. A lenda do Holands Voador refere-se a um capito daquela nacionalidade que resolveu enfrentar as tempestades da regio e naufragou depois de horas de lutas contra o mar e os ventos (a silhueta dele ainda apareceria nas nuvens furiosas que invadem a baa em dias de tempestade...). A declarao "mulheres e crianas primeiro" tambm surgiu ali e vem do naufrgio de um navio ingls bem defronte da cidade, onde o capito ordenou o salvamento das mulheres e crianas antes (morreram 400 homens). Depois de muita propaganda, para avanar em direo ao oriente - afinal haviam dito que o mundo plano tinha sua borda pouco adiante e as guas revoltas eram indcio do precipcio... - mudaram o nome do atormentado cabo para Cabo da Boa Esperana. Assim os navegadores conseguiram convencer as tripulaes a se arriscar na aventura de travessia daquela esquina martima.

Para mim o Cabo das Tormentas tambm ou a ser chamado de Cabo da Boa Esperana!

Na verdade, as discusses missiolgicas andavam meio que estagnadas, ainda agarradas na velha dicotomia evangelizao versus ao "social", bem como a nfase gelada vinda do Atlntico Norte, postulando uma evangelizao que mais declarativa que encarnacional. Havia um certo receio que o retrocesso verificado em Lausanne 2 (Manilla, 1989) fosse revivificado em detrimento da Misso Integral. Talvez Cape Town 2010 fosse o fim definitivo no movimento de Lausanne, a p de cal, depositando as expectativas de desenvolvimento de uma missiologia integral num cemitrio onde j jazem tantas naus.

Mas no foi nada disso que aconteceu! Pelo contrrio, a esperana brotou vigorosa, cheia de vio, e proclamao do Evangelho inteiro integraram-se dezenas de testemunhos de boas obras de restaurao de pessoas e de reconciliao de grupos sociais como parte normal da vida e misso da Igreja no mundo. No abdicamos nem da verdade do Evangelho nem da vivncia dos atos do Evangelho em cada contexto histrico contemporneo! Muito significativa essa nfase, justamente naquela terra que havia sido manchada com sangue decorrente das polticas segregacionistas do Apartheid. Na verdade, sepultou-se em Cape Town 2010 a antiga tentativa de separar-se a criao e o cu; o corpo e a alma; o indivduo e o comunal. Em todo tempo, a cada desafio missionrio apresentado, ficou claro que Misso presena, servio, proclamao de Cristo, mas como Cristo.

O Congresso Mundial de Evangelizao foi surpreendente tambm pela organizao. Todos os 4.200 participantes tinham seu lugar numa das 700 mesas de seis lugares (com pessoas de outros pases). Apesar da teologia ter sido, digamos, superficial, isto foi positivo, pois o foco no foi academicista - foram convidados muitos jovens, muitos profissionais e empresrios, muitas mulheres que lideram movimentos cristos no-formais (uma das tendncias o desenvolvimento da liderana feminina), enfim pessoas sem formao teolgica tcnica (mas que tem contribudo muito para a promoo do reino de Deus!) e que possibilitasse assim uma interdisciplinariedade. Havia gente de 198 naes (os 200 chineses foram impedidos de vir pelo governo da China continental) e cerca de 1000 voluntrios de todo mundo servindo aos congressistas, mais visitantes da prpria Cidade do Cabo e centenas de preletores.

A programao consistiu do estudo bblico em grupos internacionais do livro de Efsios, seguido por palestras expositivas tambm de Efsios. Depois haviam temas do dia apresentados por vdeos, peas de teatros, intercalados por duas ou trs pequenas mensagens de 10 a 15 minutos, seguidas de testemunhos (de alto impacto). tarde havia quatro grandes seminrios para mil pessoas (muitos ficaram de fora por falta de lugar) e depois do intervalo dezenas de pequenos grupos para tratar temas especficos. As tardes no funcionaram bem, por falta de espaos, e ausncia de traduo. As noites eram de celebrao, e cada uma foi direcionada a uma regio do mundo (filmes, teatros, testemunhos, pequenas mensagens de novo). No fim da programao ainda havia uma sesso de cinema opcional, mas a maioria j chegava ao fim do dia exausto, e com a mente povoada de novas ideias e perspectivas.

Sem dvida o louvor foi um dos pontos altos do Congresso, instilando no fundo da alma uma sensao maravilhosa de participar de uma famlia internacional de Deus. Um grupo internacional, liderados por um indiano (radicado na frica do Sul?), acompanhado especialmente de umas africanas, conduziram de modo inspirador a adorao ao nosso Deus. A celebrao da Ceia, no fim do congresso, apontou para a realidade escatolgica - uma integrao final de todos unidos em volta da mesa presidida pelo Cordeiro! Os momentos de orao com gente de tudo que lngua foram muito edificantes. Muitas lembranas boas e efeitos na alma ainda a serem discernidos. incrvel a percepo de fazer parte de uma famlia internacional de Deus. Isso deve nos animar a ver as coisas com a mente aberta, para alm do nosso reduzido mundinho cotidiano.

Alm das boas percepes missiolgicas, preciso afirmar que a frica no s o que a gente v na televiso. Os recortes miditicos distorcem a realidade. A frica no so apenas florestas repletas de selvagens e grupamentos humanos marcados pela misria. verdade que h muita pobreza naquele continente, mas a frica do Sul muito mais desenvolvida do que pensava - e em alguns aspectos, inclusive humanos (apesar de enormes problemas), est muito frente do Brasil.

A Cidade do Cabo (Cape Town) - que pudemos conhecer um pouco durante deslocamentos do hotel para local do congresso, nas caminhadas no entorno do centro de convenes, e no tempo livre antes e depois do congresso - uma cidade belssima, os custos so baixos quando comparados com Estados Unidos e Europa, a atmosfera cosmopolita e multicultural cria um ambiente nico (diversos povos negros - Zulus e Xhosas; brancos holandeses, ingleses etc; indianos e malaios; diversos grupos de povos muulmanos; e muitos outros imigrantes). uma interessante mistura de povos, raas e religies. H muitas atraes culturais, belezas naturais - tanto do relevo, como da flora e fauna -, excelentes opes de compras, gastronomia diversificada, vinicultura etc. E um povo louco por esportes. Seria uma tima opo para viagem turstica e uma possibilidade mais vel para jovens estudarem ingls num ambiente internacional.


Christian Gillis casado com Juliana e pai de 3 garotos. Pastor da Igreja Batista da Redeno por 20 anos, envolvido com ministrios relacionados a misses, reflexo e juventude.

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