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Carta de Luzinia 4c3r1m

Uma equipe de trabalho do VI Encontro RENAS, ocorrido de 15 a 17 de setembro, em Luzinia (GO) produziu um documento final, uma declarao oficial, chamado Carta de Luzinia, que sintetiza o contedo, as convices e os anseios dos participantes do evento. Abaixo, reproduzimos o documento na ntegra.


Carta de Luzinia

Ns, organizaes filiadas Rede Evanglica Nacional de Ao Social (RENAS) e participantes do VI Encontro Nacional de RENAS, a partir dos desafios expostos nestes dias, nos colocamos diante da sociedade, com todas as nossas inquietaes, desafios e desejo de avanar na promoo da justia e participao social. Lembrados de que devemos clamar ao Pai Nosso, em uma orao que vai frente de nossas aes sociais abrindo caminhos e movendo o no-movvel.

Pai nosso, que ests nos cus, santificado seja o teu nome

A orao do Pai Nosso comea com Deus, o nome de Deus, o Reino de Deus, a vontade de Deus. Oramos dispostos a entrar na batalha com armas espirituais e a fazer aqui, enquanto intercedemos, para que o Pai faa por l o que Ele tem que fazer. entrar na batalha sabendo que nossa arma espiritual nos tornarmos amigos de Deus.

Pai nosso, Pai de nossa Rede. orao comunitria, o ns s possvel quando estamos em comunidade. Uma comunidade transportada para dentro do quarto, tornando minha orao aceitvel a Jesus.

Quando falamos que o Pai nosso e no meu, negamos a ideologia da individualizao, fazendo uma leitura contra cultural das tecnologias e desejos individualistas. Partimos de uma perspectiva crist para reconhecer os ideais coletivos que instigaram, antes de tudo, ao Deus trino. Dizemos que queremos ir juntos, em rede.

Invocamos o nome de Deus e o primeiro desejo do nosso corao santificar o nome dele, pois Jesus a direo, contedo, poder, essncia e glria do ministrio.

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no cu

E desejamos, intensamente, que venha o teu reino e que seja feita a tua vontade, assim na terra como no cu. Nossas aes devem refletir o reino, levando justia ao pobre, ao excludo, queles que sofrem. Ao caminhar em rede, nos unimos pela manifestao do reino de Deus por meio do outro e com o outro, entendemos que a igualdade e a equidade so conceitos presentes no reino dos cus e manifestados na terra. No Brasil, somos sujeitos de direitos, e j alcanamos uma vasta legislao de garantia desses direitos, que precisa avanar, ampliar e ainda incluir.

Lutar pelo direito alimentao, pela possibilidade de um desenvolvimento integral da pessoa humana (crianas, adolescentes, jovens, adultos e idosos), e pela ampliao de o aos direitos j garantidos tm sido pauta de RENAS. Ao participar de espaos como os conselhos de controle social, nos colocamos a servio da sociedade, pensando em aes estruturantes, que corroborem para a diminuio das desigualdades na sua constituio.

Crescemos no dilogo com o poder pblico, e no dilogo com a sociedade civil. Ao reagir contra a explorao sexual de crianas e adolescentes no turismo, RENAS abriu horizontes para um dilogo franco com outros setores do poder pblico e sociedade, estabelecendo novas possibilidades de parceria e aprendizado. Um caminho de grandes desafios e novas perspectivas. Isso nos coloca perto de outros atores e necessidades que, s vezes, negamos, mas que esto diante de ns. o grito dos que sofrem para que possamos nos envolver e colaborar na luta por justia, usando nossa maior arma, o amor, pois ele a manifestao do Reino e da Verdade (Jesus).

O po nosso de cada dia nos d hoje

Estamos dispostos a buscar o po do regaste da dignidade que d ao pobre a chance do dilogo. Compreendemos que ser digno ter raa, ser gente. Compreendemos que no dividir, h o milagre da multiplicao. Desejamos o po do engajamento e da participao nas polticas pblicas, pedimos o po do amor revelado a nossa comunidade de f e pela mobilizao da comunidade evanglica.

Precisamos pensar a sociedade, pensar a transformao dela de forma que os considerados como problema social sejam sujeitos de direitos, atores de sua prpria histria, capazes de sonhar todos os dias, para alm do prato de comida.

Necessitamos do po que nos permita participar no apenas por meio do voto, mas por meio de controle e da participao social.

O po de uma nova gerao, formada por escolas dignas, libertos para uma nova forma de fazer poltica. O po de supostos tericos fortes, para dar forma a nossa prtica, que nos faa fazer poltica.

Precisamos do po de uma igreja lcida, proftica, que seja pequena como os pequenos, que se assuma como igreja pobre, que problematiza a pobreza com os pobres e a misria com os miserveis.

O po que venha de uma cadeia alimentar livre do trfico humano, livre do trabalho escravo, livre do agrotxico, livres das monoculturas, livres da degradao do meio ambiente, livre do trabalho infantil, livres das grandes propriedades de terra. Um po vindo da reforma agrria.

E perdoa-nos as nossas dvidas, assim como ns perdoamos aos nossos devedores

Pedimos perdo como forma de denunciar nossa realidade. Perdo pela especificidade do o a terra.

Perdo por termos sado dos ideais coletivos que marcaram a igreja primitiva e por nos deixarmos ser geridos pelo desejo individual.

Perdo pela penria dos povos indgenas e pelos quatro sculos de escravido negra, pelo tortuoso processo de discriminao e humilhao com o qual subjugamos nossos iguais.
Perdo por negligenciar o sociocentrismo em favor do estadocentrismo.

Por no entendermos que a terra um direito, no favor.

Perdo pelo capitalismo posto em uma lgica desigual, por um Estado capitalista fundado na desigualdade.

Perdo pelas polticas de proteo resultantes do fracasso do Estado Liberal.

Perdo pelo modelo adotado da concentrao de renda.

Perdo pelo sofrimento causado aos indgenas, quilombolas, moradores em situao de rua, atingidos por barragens os que no tm terra, logo no tm endereo.

Perdo pela incgnita da reforma agrria.

Perdo pela misria que a apenas pelo cifro.

Perdo pela igreja da alienao, da magia.

Perdo pela falncia dos sistemas de educao, pelos analfabetos totais e funcionais que produzimos ao termos negligenciado o direito ao conhecimento.

Perdo pela nossa paralisao que se d por achar que sempre h uma necessidade que ainda no foi suprida e por no termos essa conscincia de que Deus nos supre tudo, quando vivemos para aquilo que nos necessrio.

No nos induzas tentao; mas livra-nos do mal

Andar adiante requer reconhecimento do mal que nos assola, do que renunciamos e do que denunciamos. Queremos ser libertos da aparncia, das racionalizaes tolas, queremos falar a verdade. No nos vendermos, no negociarmos o Senhor, o pobre e os valores da cruz.No sermos senhores da verdade. Sermos livres da tentao de a igreja assumir o lugar da velha elite.

Precisamos do livramento do mal da desigualdade no campo, que maltrata a mulher, a criana, o negro, a famlia. Do mal de ver quatro milhes de famlias sem terra. Do mal da realidade da concentrao de terra, do mal do extermnio dos jovens, do mal da explorao sexual de crianas e adolescentes. Do mal de excluir gente mesmo dentro de uma escola.

Porque teu o reino, e o poder, e a glria, para sempre

Chamamos o reinado do Pai para essas circunstncias e realidades. Que venha o reino num novo jeito de ser sociedade, de fazer poltica. Que haja outro caminho, o do arrependimento, o da transformao, o da igreja, de fato, protestante. Um reinado que releve nossa capilaridade de envolvimento, fora e transformao social. Um reino em que ns sejamos eles, eles sejam o que ns somos.

Um reinado em que Jesus a direo, o contedo, o poder, a essncia e glria do ministrio. Venha o reino com as boas novas, com a evangelizao, com a misso cristocntrica. Venha a nossa cidadania espiritual por meio de uma f no antropomorfizada, entendendo que tudo est conectado, toda a criao ecossistemas -, todas as formas de vida interagem.

Que venha o reino na forma poltica contempornea de exerccio do poder nas sociedades democrticas, exigindo e ocupando os espaos participativos, fazendo lobby, fazendo poltica contempornea, a poltica do reino. Que venha o Reino por meio de uma igreja lcida, proftica e disposta a morrer, e a no tirar proveito do Estado. Que venha o reino por meio de uma igreja comprometida com a justia e que junto ao pobre se emancipa e se liberta.

Que venha o reino de Deus que resgata a dignidade. A dignidade que garante o dilogo.

O reino de compromisso com a paz de onde nasce a justia. Ns no queremos vencer, queremos paz, e para ter paz tem que haver direito, tem que haver justia.

Ao Senhor a glria e o poder. Amm!

Luzinia (GO), 17 de setembro de 2011

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