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09 de maio de 2013
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A Cincia e os cientistas 4i66l
Por ocasio da morte, nesta quarta-feira, dia 08, do filsofo e escritor cristo, Dallas Willard, republicamos o prefcio que ele escreveu para o livro Cincia, Intolerncia e F, de Phillip Johnson uma sensata reflexo sobre a cultura cientfica contempornea. No texto, Willard advertia que a cincia no diz nada. Ela mesma no pode fazer declaraes. Somente os cientistas dizem as coisas. E estes podem ser surpreendentemente nada cientficos e muitas vezes cometem erros incrveis. Leia o texto completo a seguir.
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A razo a capacidade humana de determinar, por meio do pensamento, o que ou no real. Sculos atrs, o pensador honesto tinha de estar disposto a seguir a pergunta ainda que esta conduzisse a um Universo sem Deus. O mesmo se d com o pensador honesto de hoje. Ele tem de se dispor a seguir a pergunta ainda que esta conduza a um Universo governado por Deus. Atualmente, esta ltima possibilidade o motivo de aqueles que se julgam responsveis por tudo que razovel e certo se tornarem intolerantes e arrogantes. Eles no am estar errados sobre a no existncia de um Deus real, pois agora todo o nosso sistema educacional baseado nessa suposio, como h algum tempo tinha como base a hiptese da existncia de Deus.
Assim, como Phillip Johnson explica e ilustra to bem, a razo vem sendo trocada pela racionalizao. E racionalizar usar o raciocnio para assegurar que se chegue ao lugar certo. No faz muito tempo, os intelectuais achavam que o mais importante era avaliar a concluso pelo mtodo que fora empregado para se chegar at ela. Caso o mtodo fosse aprovado, a concluso receberia aceitao, mesmo que provisria. Hoje em dia, infelizmente, o que se avalia se o mtodo conduz concluso certa, em conformidade com o consenso institucional firmado em torno de grandes personalidades. Se no chegamos concluso correta, nosso mtodo errado, e, provavelmente, somos maus. E, sendo assim, aro a usar de ironia ao se referir a ns.
claro que essa conduta algo muito antigo na histria humana, mas sempre difcil identific-la. As certezas atuais nunca parecem racionalizaes, seno, no seriam convices contemporneas. O carter da racionalizao se oculta sob uma capa de autoridade benigna.
Para ns hoje, a autoridade a cincia. A cincia, nos disseram, declara isso ou aquilo. melhor acreditarmos nisso. Entretanto, a cincia no diz nada. Ela mesma no pode fazer declaraes. Somente os cientistas dizem as coisas. E estes podem ser surpreendentemente nada cientficos e muitas vezes cometem erros incrveis como os eventos sempre revelam com o tempo. Alm do mais, muitos porta-vozes da cincia no so cientistas ou no possuem qualificaes dentro da rea em que se pronunciam. Contudo, se conseguem assumir de alguma forma uma aura de cientfico, so capazes de racionalizar vontade e, com isso, ainda encontrar quem os oua.
Phillip Johnson implacavelmente lgico. Isso quer dizer que ele insiste que se tenha uma boa ou, pelo menos, uma mnima evidncia para se sustentar uma alegao apresentar evidncia contrrio ao mtodo que conduz concluso chamada correta. Essa caracterstica irritante, e muitas pessoas se incomodam com sua insistncia na apresentao de evidncia. Mas essa persistncia o que, desde a Antiguidade, caracterizou a obra cientfica no um conjunto de concluses que deva ser defendido a todo custo. a evidncia que dirige a cunha da verdade.
Na cultura ocidental de hoje, a questo real saber quem tem o direito de estabelecer as normas polticas. O conhecimento confere o direito de agir e de dirigir. Ento, a pergunta se torna esta: Quem pode dizer o que conhecimento? Quem consegue definir o conhecimento de forma bem-sucedida, de forma que suas convices sejam tidas como conhecimento e as dos outros no o sejam, essa pessoa conseguir estabelecer as normas polticas e dirigir a vida humana.
Contudo, se o indivduo conseguir definir com sucesso o conhecimento em termos de cincia materialista, no haver mais conhecimento para nortear a vida, pois a cincia interpretada de forma materialista nada diz sobre como a vida deve ser vivida. S pode ajud-lo se ele j souber como a vida deve ser vivida. exatamente isso o que o naturalismo, de forma inconsistente, ite, porque as suas respostas a respeito de como a vida deve ser vivida e certamente ele as tem no podem derivar da cincia que ele proclama ser a fonte de todo conhecimento. Desse modo, leva-se racionalizao em vez do raciocnio. E assim, como perspectiva intelectual, tem-se apenas um estilo, sem nenhum contedo.
Ao ler este livro, examine a evidncia e aspire a intelectualidade que mantm a mente genuinamente aberta.
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Dallas Willard era filsofo e escritor cristo. Faleceu nesta quarta-feira, dia 08, vtima de cncer.
Em tempo: No prximo ms, Ultimato vai lanar Teste de F os cientistas tambm creem, um livro com reflexes de renomados cientistas cristos sobre a f. Aguarde.
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