Beijai o filho #K7 1l5734

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"Beijai o Filho para que no se irrite, e no pereais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamar a ira." Salmos 2.12

Dos messinicos, o salmo dois um dos mais relevantes. Ele mescla a literalidade de Davi, o rei ungido de Israel, com o Davi proftico Salvador do mundo, e me arrisco a dizer que podemos incluir a igreja do Senhor na individualidade de seus santos, como ungidos para governar destra da Majestade como uma terceira camada de interpretao. Estes tm um inimigo em comum, o imprio das trevas, Satans e seus cidados. Este salmo comea nas tramas do inferno, fala da vigilncia do Senhor dos Exrcitos e explana a respeito do smbolo ureo da intimidade entre o Eterno e seu povo: "Beijai o Filho".

Davi, como poucos, viveu muitas batalhas. Ele lutou contra feras selvagens, contra gigantes, contra traidores, contra o rei e a fora estatal, contra hostis malignas e contra sua prpria carne. Nas suas percepes, ele dissertou exaustivamente sobre suas lutas. A grande maioria de seus salmos envolve a questo "inimigo". Isso no toa, quem se dispe em servir a Deus adquire pra si um inimigo em comum at o fim de seus dias. No incio deste salmo no diferente: "Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vs? Os reis da terra se levantam, e os prncipes conspiram contra Yahweh e seu Ungido..." A trama contra o Eterno, seus planos e seu povo milenar e se estender at o fim dos sculos. Davi v a magnitude desta batalha e sabe que Deus a tudo v.

O verso quatro a resposta: "Rir-se aquele que habita nos cus; o Senhor zomba deles." Deus ri... Hilrio! Este um dos rarssimos textos que mostra esta peculiaridade do Deus de Israel. Ele, l nos cus, no seu trono, observando at a mais profunda das intenses dos coraes, percebe uma trama, uma conspirao, contra Davi, contra Aquele que haveria de vir, contra seu povo e ri, zomba deles. Imagine Jesus e todos os anjos ao seu lado se alegrando com essa atitude irnica do Pai. Inimigos insignificantes, pobres criaturas que, com apenas um sopro, Deus pode fulmin-las. Que cena!

Do verso dez em diante, o conselho do escritor que os povos recebam a advertncia, que mudem os seus caminhos, que se voltem para Deus e o sirvam com "temor e tremor". Ele continua, e diz: "Beijai o Filho"! Na sua licena potica, na sua audcia religiosa, na sua intimidade forjada na dor, nos desertos, na adorao e nos louvores, Davi sorve do que mais belo e representativo dos laos humanos para falar de seu relacionamento com o Pai, o beijo. Que belo!

A intensidade, ou a quantidade, de toques, de olhares, de apertos de mo, de abraos, de afagos, entre tantas outras expresses e, principalmente, do beijo, seja de irmandade ou paixo, demostra nveis de relacionamentos. Davi entrou nesta seara sem medo e sem vergonha, da mesma forma que danou, sendo rei, com todas suas foras entre a multido festiva e foi mal interpretado por sua prpria esposa. Beijar inerente ao homem, uma atitude que pode levar a extraordinrias sensaes. Davi no experimentou esta literalidade com o Deus Eterno, mas teve percepo e anseio como algo que um dia ir ser real. No futuro, logo ali, o veremos face a face, olhos nos olhos, e nele tocaremos. O beijaremos!

Que esta escrita te traga um pouco do que o jovem rei, o pastor apaixonado pelo seu Deus, percebeu e almejou em vida: beijar o Filho de Deus, o Rei de Israel, o Ungido do Senhor, Jesus, o Salvador do mundo. Oua a Davi, repudie o beijo de Judas. Seja como Maria, quebre o vaso, derrame teus perfumes entre beijos e lgrimas de adorao aos ps do Grande Rei.

"Saudai-vos uns aos outros com sculo de amor." 1 Pedro 5.14

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Opinio do leitor 1t5dh