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Tradicional, eu? Conservador? 1q6956

Na sua coluna da edio de maro-abril de 2007 da revista Ultimato, Ricardo Barbosa se confessa tradicional, conservador e ortodoxo. E nos d poucas e boas razes. Confira.


Tradicional, conservador e ortodoxo

Ricardo Barbosa

Houve um tempo, quando eu era jovem, que rejeitava qualquer coisa que me identificasse como tradicional. Naquela poca, ser tradicional significava no ser pentecostal. Os tradicionais eram solenes, reservados. J os pentecostais eram alegres, empolgados com a f, espontneos, exuberantes. Eu no me considerava pentecostal no no sentido clssico do termo , mas tambm no era tradicional.

Hoje confesso que sou tradicional. No perdi a alegria e o entusiasmo que aprendi com os pentecostais, mas agora no ser tradicional ser moderno, que significa romper com a histria, no ter razes, nem tradio. Gosto do meu ado, gosto de cantar os velhos hinos como Rude Cruz, de ouvir pregaes com contedo teolgico, centradas nas Escrituras e que dispensam o personalismo narcisista dos pregadores modernos. Chego a gostar de uma certa solenidade e reverncia no culto. Gosto de saber que a f que professo foi professada por muitos que viveram antes de mim e que a proclamaram sob muito sofrimento. No gosto das inovaes que vejo por a, da agitao nos cultos, das coreografias com tules esvoaantes que no dizem nada; msicas que no inspiram, apenas agitam; pregaes de auto-ajuda.

Na minha juventude, ser conservador era comprometer-se com a direita, apoiar ditaduras totalitrias, resistir s mudanas, apoiar o machismo decadente. No ser conservador era ser revolucionrio, e era isto que eu queria ser. Naquele tempo participei dos movimentos pela volta da democracia, do envolvimento da igreja nos temas polticos e sociais, abracei a teologia da misso integral e vi, com alegria, a igreja e o pas mudando. Ainda guardo comigo este esprito revolucionrio.

Mas hoje o oposto ao conservador o liberal que abriu mo dos valores morais, das verdades teolgicas e do temor a Deus. A vulgarizao e a banalizao do corpo e do sexo, a desvalorizao da famlia e essa imensa e indefinida abertura que vivemos em nada tm contribudo para a sociedade. Toda a luta das mulheres contra a opresso e a explorao do corpo como objeto sexual acabou em um grande mercado ertico de ofertas bizarras. A disciplina e a educao dos filhos foi abandonada pelos pais, delegada para as escolas e depois para as clnicas psicolgicas. A intensificao do individualismo requer, cada vez mais, o direito a toda forma de promiscuidade. Sou hoje um conservador. Ainda luto contra as injustias, mas no me identifico com o esprito liberal dos tempos modernos. Continuo crendo na sacralidade do corpo como templo do Esprito Santo, no sexo como expresso sublime do amor na aliana conjugal. Permaneo convencido de que a famlia o espao criado pela providncia divina onde aprendemos a viver comunitariamente. Creio na contemporaneidade de todos os mandamentos de Deus e no seu poder de preservar a sociedade da autodestruio.

Por fim, vejo tambm que hoje sou ortodoxo na minha f e teologia. Nunca fui liberal, nem fundamentalista; sempre me considerei um evangelical. Porm, diante da nova onda de fundamentalismo, no apenas o religioso, mas, principalmente, o fundamentalismo totalitrio neoliberal, que, em nome de uma pseudo-abertura, impe sua agenda moral e religiosa que no aceita questionamentos, preciso dizer que sou hoje um evangelical ortodoxo. Minha f continua alicerada na autoridade das Escrituras Sagradas, no Credo Apostlico, nas confisses histricas e na longa tradio crist. Creio na morte e ressurreio de Cristo, na sua mediao entre Deus e os homens e que fora dele no h salvao. Creio na autoridade da Bblia como revelao de Deus e dos seus propsitos. Creio na absoluta soberania divina, e me silencio diante do seu mistrio. E creio na igreja, apesar das suas crises e conflitos. assim que me vejo hoje. Tradicional, conservador e ortodoxo.

A recomendao de Paulo aos crentes de Tessalnica muito apropriada para estes dias confusos que vivemos: Portanto, irmos, permaneam firmes e apeguem-se s tradies que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa (2 Ts 2.15).


Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
A Morte do Conservadorismo, Edio297
A Mar Evanglica, Edio 302

Leia o livro
Icabode, da Mente de Cristo Conscincia Moderna, Rubem Amorese
Misso Integral, Vrios autores

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Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristo de Estudos, em Braslia (DF). colunista da revista Ultimato e autor de A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja,Pensamentos Transformados, Emoes Redimidas eO Caminho do Corao.
  • Textos publicados: 55 [ver]

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