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A converso de Micnio, historiador da Reforma 6a14b

Por Rute Salviano

Em meus livros sobre a participao feminina na histria do Cristianismo, gosto de colocar textos da poca. So narraes atravs das quais o leitor pode ouvir as vozes do ado.

No livro Histria da Reforma do XVI sculo, de J. H. Merle DAubign, no 1 volume, nas pginas 244 a 247, encontra-se a mais linda histria de converso que j tenho lido. Para mim, descobrir essa narrao foi algo inspirador e relevante e a tenho citado em mensagens e palestras.
Esse acontecimento, ocorrido em um perodo to difcil quanto o que precedeu a Reforma, confirma que a salvao pela graa de Deus e unicamente por meio da f pessoal em Jesus Cristo.

Essa histria se ou em Annaberg, cidade alem, quando Tetzel, frade dominicano e grande comissrio das indulgncias, percorria a cidade vendendo o perdo dos pecados. Entre aqueles que o ouviram encontrava-se um jovem estudante.

Micnio havia recebido uma educao crist e seu pai lhe ensinara a importncia da orao, acrescentando que todas as coisas so ddivas gratuitas de Deus e que o sangue de Cristo era o nico resgate dos pecados de todo o mundo: ainda quando no houvesse mais de trs homens que devessem ser salvos pelo sangue de Cristo, cr, filho meu, e cr com toda a segurana, que tu s um desses trs.

A respeito da venda de indulgncias que ocorria na Alemanha, seu pai lhe dizia que essas indulgncias eram redes de pescar dinheiro e serviam apenas para enganar os simples porque o perdo dos pecados e a vida eterna no se compravam.

Aos treze anos, Frederico Micnio, foi enviado escola de Annaberg, para concluir seus estudos. Pouco depois, Tetzel chegou tambm quela cidade e l permaneceu por dois anos. Ele apregoava que no havia outro meio de alcanar a vida eterna seno pelas obras, mas isso era impossvel ao homem, portanto, devia compr-la ao pontfice romano.
Antes de deixar a cidade, Tezel tornou-se mais contundente e ameaador, dizendo que logo fecharia a porta do cu e apagaria a luz deste sol de graa. Portanto, ningum deveria perder o dia da salvao, o tempo favorvel. Por fim, prometeu que iria distribuir as indulgncias aos pobres gratuitamente e pelo amor de Deus.

O jovem Micnio sentiu ardente desejo de aproveitar aquela oferta, ento, dirigiu-se aos comissrios e lhes disse: Eu sou um pobre pecador, e tenho necessidade do perdo gratuito.

Ao que os comissrios responderam: S aqueles que estendem as mos piedosas igreja, queremos dizer s aqueles que do dinheiro, so os que podem ter parte nos merecimentos de Cristo. Micnio questionou sobre as promessas do dom gratuito, mas os agentes de Tezel responderam que ele deveria pagar pela indulgncia.

Aps muita insistncia e fracassando em seu apelo, Micnio afirmou, indignado: Eu no quero indulgncias compradas, se quisesse compr-las, no teria de fazer mais do que vender um dos meus livros de escola. Quero um perdo gratuito, e s pelo amor de Deus. Vs prestareis contas a Deus de haver deixado, por quatro moedinhas, escapar a salvao de uma alma.

O jovem retirou-se desconsolado, porm, o Esprito Santo tocou seu corao e, entre lgrimas, orou ao Senhor: Meu Deus! J que os homens me tm negado o perdo dos pecados, porque me faltava dinheiro para pag-lo. Tu, Senhor, tem piedade de mim, e perdoa minhas culpas por pura graa.

Micnio relatou que no soube descrever o que experimentou, mas sentiu sua natureza mudada, convertida, transformada e aquilo que antes o agradava, tornou-se para ele um objeto de averso. Viver com Deus e agradar-lhe era seu mais ardente e nico desejo.
Posteriormente, Frederico Micnio tornou-se um reformador e historiador da Reforma.
Essa a verdadeira converso, quando o homem velho sepultado com sua natureza pecaminosa e sua vida interior e, consequentemente, seu comportamento exterior tambm so transformados por Deus. Portanto, no importa a poca, a raa, o gnero ou qualquer outra condio, basta simplesmente que o ser humano reconhea sua necessidade da graa divina e entenda que a certeza de salvao pode existir para todo aquele que cr.
A regenerao, o nascer de novo, equivale a nascer de Deus e no resultado de obra humana, mas uma imputao divina. Tambm no um ato contnuo, mas algo que ocorre de uma vez por todas. A regenerao espiritual retrata um ser morto e insuficiente sendo vivificado.

Meu desejo que todos os que se consideram cristos sejam tambm regenerados e tornem-se novas criaturas, salvas por Deus e herdeiras de Suas promessas.

No por mritos de atos de justia que houvssemos praticado, mas segundo a sua misericrdia, ele nos salvou mediante o lavar da regenerao e da renovao realizados pelo Esprito Santo, que ele derramou amplamente sobre ns por Jesus Cristo, nosso Salvador; para que, justificados pela sua graa, fossemos feitos herdeiros segundo a esperana da vida eterna. (Tito 3.5-7)

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Mestre em teologia e ps-graduada em histria do cristianismo, autora de Vozes Femininas nos Avivamentos (Ultimato), alm de Vozes Femininas no Incio do Cristianismo, Uma Voz Feminina Calada pela Inquisio, Uma Voz Feminina na Reforma e Vozes Femininas no Incio do Protestantismo Brasileiro (Prmio Aret 2015).
  • Textos publicados: 24 [ver]

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