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16 de novembro de 2008
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Estilhaos 4g5o2i
Invariavelmente, o "no" causa uma verberao lancinante no ser humano. Alis, no h nenhuma outra via de negao. Lidar com a sua sonoridade e impacto, traz a tona o aspecto de quo finitos e vulnerveis somos. O "no" desnuda expectativas, pode protelar sonhos e at soterr-los.
Muito embora, estarmos no encectar do to aclamado e afamado Sc. XXI, com a disponibilidade dos mais variados recursos proporcionados pela tecnologia e cincia, o advrbio no causa efeitos ssmicos considerveis. Sem hesitar, receber aquele no, quando o sim parecia certssimo, pode ser cotejado a uma dor que adelgaa a nossa alma. Para no dizer ainda mais acentuada, quando convergirmos mudanas profundas, atravs de certos propsitos. No posso retrucar, nem proceder com recalcitrncia, porque os momentos do no acrescentam e nos ensinam. No h d para fugir da raia, as vicissitudes e as tenses, a dialtica do cotidiano peram pela minha, pela sua e pela histria de cada ser humano. Ainda mais numa realidade da fatos e decises regida pelo provar, comprovar submetida ao martelo do ''sim e no''.
Partindo dessas colocaes introdutrias, lano o convite a fim de vasculharmos os meandros de Eclesiastes 03 e delimitarmos uma reflexo no danadinho no. Ouso, desembarcar no porto de situaes de derrotas no esperadas e quando de todas as nossas intenes, to somente, sobrou resqucios de algo que seria um marco, uma virada, uma guinada e outras expresses de xito. Neste momento nada de confortador, impera as idias fervilhantes e as emoes tresloucadas pra l e c.
Na tentativa de aliviar as bagagens e evitar o naufrgio, assumimos a responsabilidade por tal desfecho e num piscar de olhos inquirimos a Deus, ao destino, ao prximo e por ai vai. Adentramos num turbilho de conjecturas. Setimo-nos numa overdose de clera, um senso de injustia no para de bater em nossa cabea.
Ento, longnquo de qualquer hipocrisia, trago o no para a mesa dos cristos. Ser que reagimos com incontestvel equilbrio diante do no? Ser que a constelao das guas turvas da angstia e do desnimo no nos alcanam? Ser que mantemos convictos na incolumidade das promessas estribadas na palavra de Deus? Indo a palavra-mestra, colhemos uma profuso de pessoas de carne e osso, de alma e sangue.
Torna-se de bom alvitre realarmos e colocarmos em letras garrafais, porque nos livra de concebemos Davi, Abrao, Salomo, Paulo e outros como personagens fictcios. Opostamente, a toda tentativa de caricaturiz-los, foram pessoas que enfrentaram momentos atordoadores do no e das suas consequncias. Deveras, os cristos tambm esto envoltos a situaes marcadas pelo no. O no do divrico. O no do desemprego. O no da perda de um ente-querido. O no do envelhecimento. O no das frustraes profissionais. O no da sequido espiritual. O no dos conflitos existenciais. O no dos desejos escondidos a sete chaves. O no dos possveis desdobramentos da crise econmica instalada, desde setembro.
Agora, h um antdoto para o no? Evidentemente, no sobrepujamos o no de uma hora para outra. Cada ser humano tem um ritmo peculiar de digerir as situaes. E, poucas no so as vezes, principalmente, no meio cristo, incorremos no equvoco dantesco de diante de um convalido, baqueado pelo no, sem d nem piedade, apresentarmos uma cartilha do faa isso, aquilo e acol. Por consequncia, acabamos por sufoc-lo com palavras, versculos a torto e a direita, tentativas incuas de justificar ou atenuar. Ao invs disso, deveramos seguir os ensinamentos de Jesus e sermos ouvidos mais sensveis, respeitarmos os limites do prximo e no v-lo segundo uma tica de comiserao. Lamentavelmente, no atentamos para a postura do mestre, vamos com os nossos veredictos.
Fao tais ponderaes, porque vivemos num contexto enrazado nos preceitos de uma cultura individualista, pragmtica, descartadora e voltada a tratar as pessoas como objetos de consumo.
A situao piorar ainda mais, em virtude de absorvermos uma tica de provar e comprovar. Nisto, buscamos, a todo e qualquer custo, provar a nossa f, santidade, prosperidade, virtude etceres... Por causa dessa corrida impiedosa por provar e comprovar, salpicada pelo discurso evangelical triunfalista e ufanista, acabamos vtimas de um estilo de vida de esteretipos e convenincias.
Deixo bem claro, no aspiro aqui tecer um tratado de cunho existencial ou adotar uma juno entre teologia e psicanlise. Paralelamente, venho na direo oposta, proponho uma elucubrao aberta e sem reservas. Isto implica no fazer do no o fim de tudo, nem aceitarmos as vestes da comiserao, nem nos embrenarnhos na solido, nem ficar choramingando. Falo da importncia de abrirmos o corao e aceitarmos o abrao do Deus amigo e companheiro, sermos embriagado pela Graa e pela vida pulsante no evangelho de Cristo. Ademais, tambm sermos abraados e acolhidos a uma proposta eclesistica de esperana e humanidade.
Muito embora, estarmos no encectar do to aclamado e afamado Sc. XXI, com a disponibilidade dos mais variados recursos proporcionados pela tecnologia e cincia, o advrbio no causa efeitos ssmicos considerveis. Sem hesitar, receber aquele no, quando o sim parecia certssimo, pode ser cotejado a uma dor que adelgaa a nossa alma. Para no dizer ainda mais acentuada, quando convergirmos mudanas profundas, atravs de certos propsitos. No posso retrucar, nem proceder com recalcitrncia, porque os momentos do no acrescentam e nos ensinam. No h d para fugir da raia, as vicissitudes e as tenses, a dialtica do cotidiano peram pela minha, pela sua e pela histria de cada ser humano. Ainda mais numa realidade da fatos e decises regida pelo provar, comprovar submetida ao martelo do ''sim e no''.
Partindo dessas colocaes introdutrias, lano o convite a fim de vasculharmos os meandros de Eclesiastes 03 e delimitarmos uma reflexo no danadinho no. Ouso, desembarcar no porto de situaes de derrotas no esperadas e quando de todas as nossas intenes, to somente, sobrou resqucios de algo que seria um marco, uma virada, uma guinada e outras expresses de xito. Neste momento nada de confortador, impera as idias fervilhantes e as emoes tresloucadas pra l e c.
Na tentativa de aliviar as bagagens e evitar o naufrgio, assumimos a responsabilidade por tal desfecho e num piscar de olhos inquirimos a Deus, ao destino, ao prximo e por ai vai. Adentramos num turbilho de conjecturas. Setimo-nos numa overdose de clera, um senso de injustia no para de bater em nossa cabea.
Ento, longnquo de qualquer hipocrisia, trago o no para a mesa dos cristos. Ser que reagimos com incontestvel equilbrio diante do no? Ser que a constelao das guas turvas da angstia e do desnimo no nos alcanam? Ser que mantemos convictos na incolumidade das promessas estribadas na palavra de Deus? Indo a palavra-mestra, colhemos uma profuso de pessoas de carne e osso, de alma e sangue.
Torna-se de bom alvitre realarmos e colocarmos em letras garrafais, porque nos livra de concebemos Davi, Abrao, Salomo, Paulo e outros como personagens fictcios. Opostamente, a toda tentativa de caricaturiz-los, foram pessoas que enfrentaram momentos atordoadores do no e das suas consequncias. Deveras, os cristos tambm esto envoltos a situaes marcadas pelo no. O no do divrico. O no do desemprego. O no da perda de um ente-querido. O no do envelhecimento. O no das frustraes profissionais. O no da sequido espiritual. O no dos conflitos existenciais. O no dos desejos escondidos a sete chaves. O no dos possveis desdobramentos da crise econmica instalada, desde setembro.
Agora, h um antdoto para o no? Evidentemente, no sobrepujamos o no de uma hora para outra. Cada ser humano tem um ritmo peculiar de digerir as situaes. E, poucas no so as vezes, principalmente, no meio cristo, incorremos no equvoco dantesco de diante de um convalido, baqueado pelo no, sem d nem piedade, apresentarmos uma cartilha do faa isso, aquilo e acol. Por consequncia, acabamos por sufoc-lo com palavras, versculos a torto e a direita, tentativas incuas de justificar ou atenuar. Ao invs disso, deveramos seguir os ensinamentos de Jesus e sermos ouvidos mais sensveis, respeitarmos os limites do prximo e no v-lo segundo uma tica de comiserao. Lamentavelmente, no atentamos para a postura do mestre, vamos com os nossos veredictos.
Fao tais ponderaes, porque vivemos num contexto enrazado nos preceitos de uma cultura individualista, pragmtica, descartadora e voltada a tratar as pessoas como objetos de consumo.
A situao piorar ainda mais, em virtude de absorvermos uma tica de provar e comprovar. Nisto, buscamos, a todo e qualquer custo, provar a nossa f, santidade, prosperidade, virtude etceres... Por causa dessa corrida impiedosa por provar e comprovar, salpicada pelo discurso evangelical triunfalista e ufanista, acabamos vtimas de um estilo de vida de esteretipos e convenincias.
Deixo bem claro, no aspiro aqui tecer um tratado de cunho existencial ou adotar uma juno entre teologia e psicanlise. Paralelamente, venho na direo oposta, proponho uma elucubrao aberta e sem reservas. Isto implica no fazer do no o fim de tudo, nem aceitarmos as vestes da comiserao, nem nos embrenarnhos na solido, nem ficar choramingando. Falo da importncia de abrirmos o corao e aceitarmos o abrao do Deus amigo e companheiro, sermos embriagado pela Graa e pela vida pulsante no evangelho de Cristo. Ademais, tambm sermos abraados e acolhidos a uma proposta eclesistica de esperana e humanidade.
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